quarta-feira, 21 de julho de 2010

Porque existiram as Cruzadas? A Igreja errou em reagir aos ultrajes do Islamismo?

Introdução:


O iluminismo, racionalismo além do laicismo hoje estão enraizados no pensamento histórico atuante no mundo, propagam uma campanha desde o fim do Século XVIII, anticatólica sob pontos históricos e científicos ajudado por muitas outras correntes de pensamento não alinhadas a Igreja, como consequência deste processo, acompanhamos a linha de pensamento dos meios de comunicação no ocidente, fazendo com que em vários círculos acadêmicos e de ensino seja passado uma historia distante de sua verdadeira hermenêutica sendo uma verdadeira desconstrução de acontecimentos e invenção em certos casos, neste cenário o observa-se o que o Pe. W. Devivier argumentou sobre como tratam a historia os inimigos da Igreja.

“dão-se os inimigos do catolicismo, com grande afã, a rebuscar, através dos séculos, os abusos e faltas, necessariamente inerentes à frágil natureza humana, para delas fazerem o grande cavalo de batalha na sua guerra contra a religião e para perpetuamente as estarem lançando em rosto à Igreja.” (DEVIVIER, 1925).

Devendo o católico não se envergonhar de sua historia, e nem das posições da Igreja por cauda daqueles que tomam como cavalo de batalha a inversão dos fatos históricos ou os erros de muitos filhos da mesma instituição divina, para articular guerra contra a imagem da Igreja.

“Incriminar as Cruzadas pelo motivo que suscitou a idéia delas, seria dar prova de uma ignorância crassa ou, o que é pior ainda, de uma imperdoável má fé. Supondo mesmo que a Igreja só tivesse em vista libertar os cristãos do domínio muçulmano no Oriente, já por este título ficaria sendo merecedora do mesmo reconhecimento que os Estados modernos, ao lutarem pela abolição da escravatura ou pela repressão dos morticínios nos países bárbaros.” (DEVIVIER, 1925).

Sobre as cruzadas temos uma total ou radical distorção do que simbolizou ou representou para Ocidente este acontecido empreendido principalmente pela Igreja Católica, asseguram alguns historiadores que foi esta contra ofensiva ao avanço do Islamismo que manteve a civilização Ocidental de pé. No contexto deste episodio da historia, devemos primeiramente destacarmos que o termo, “cruzadas” foi cunhado séculos após os acontecimentos especificamente na metade do século XIII, para designar o que a Igreja na época chamou de “Inter hierosolymitanum.” (viagem à Jerusalém); “Inter sancthi sepulchri” (viagem ao santo sepulcro); Perigrinatio, succursus, passagium; varias são as denominações, para tal evento que ficou conhecido como Cruzadas.

Avanço hostil do islamismo frente ao Cristianismo

Até o século III, Jerusalém assim como a Terra Santa, como será conhecida pelos cristãos séculos depois, mantinha grande influencia cristã a Igreja estava já estabilizada e gozava de uma organização hierárquica firme, mesmo com a presença judaica historicamente já constituída na região desde os primórdios, esta região em meados do século IV, já registrava todos os meses e durante todo os anos visitas continuas de peregrinos vindos de todas as partes da Europa e de outros lugares, para conhecer os lugares santos, onde Cristo havia vivido e os Apóstolos tinha ministrado a boa nova no inicio da Igreja:

No séc. V o maometanos encontram grande expansão no oriente e de 634 até 644, o califa, Osmar, conquista a Palestina, Síria, Pérsia, e o Egito em 638 o califa conquistou Jerusalém, e demais territórios, invadem e destroem as primeiras Igrejas Cristãs de toda a Palestina, nesta caminhada de invasões também se esforçam na destruição e abate das Igrejas e fieis cristãos, no Egito onde magníficas Igrejas de importância histórica para cristianismo do norte da África, já estavam instauradas vindas dos primeiros cristãos, que tiveram também como bispo Santo Agostinho de Hipona e como atesta a tradição S. Marcos havia pregado lá; foram colocadas a baixo.

As raízes cristãs penetradas nestas regiões e levando à quase extinção do Cristianismo nestes territórios, atualmente comprova-se esta consequência através das Igrejas ortodoxas que sobrevivem em meio à hostilidade Islâmica, tendo forte ajuda da Igreja Católica hoje, mas retomando os islâmicos neste continuo progresso de invasão a territórios tomam a Grécia e expandem-se também para a Sicília e investem na Espanha, sem falar na atual Turquia, onde levam a destruição as Igrejas fundadas por São Paulo ainda no I século hoje só subsiste ruínas e a conversão de grandes catedrais e basílicas em mesquitas islâmicas como aconteceu com a Basílica de Santa Sofia em Constantinopla atual Istambul capital da Turquia.

Tempos depois em 1453 o Sultão (Mehmed) Maomé II toma Constantinopla que sucumbe ao Islamismo. O Mediterrâneo e os Bálcãs passam a ser controlados pelos Árabes, tudo isso proposto pela Guerra Santa “Djihâd”, graças a esforços a Itália não se rende e os Islâmicos que são retirados de Viena; neste contexto os Cristãos são violentamente proibidos e ultrajados de visitar os lugares Santos; A Igreja no Ocidente em ato de defesa Reage.

Reação Católica

Perante o concilio de Clermont, realizado na França em 27 de novembro de 1095 o Papa Urbano II, lança apelo aos Cristãos europeus, pela libertação dos lugares santos do cunho Islâmico, milhares de pessoas se mobilizam, o Monge Pedro o Eremita, grande pregador reuniu uma grande multidão e auxiliado pelo cavaleiro Gautier Sans Avoir, organizam todos os que se dispuseram a lutar pela libertação da Terra Santa.

Após longa viagem atravessam a Alemanha, Hungria, Bulgária, Os Bálcãs chegam a Constantinopla, mais cansados pela longa viagem e sendo incentivados a lutar pelo imperador Bizantino Aleixo Comneno, aconselhados a ficarem fora dos muros de Constantinopla, são massacrados pelos por tropas maometanas fora da capital, fato que ficou conhecido como a “cruzada popular ou dos mendigos” após este acontecido, varias outras peregrinações de libertação, seguiriam se historicamente se obtém o numero de oito ou nove, (a nona aqui citada é considerada parte da oitava) a qual em ordem fazemos uma pequena cronologia delas:

I. É organizada e bem treinada militarmente enviada a Jerusalém (1096 à 1099)

II. Foi um fracasso na conquista completa de Jerusalém. (1147 a 1149)

III. É assinado um acordo com Saladino; (1189 a 1192).

IV. As cidades cristãs de Zara são libertadas, se destaca a libertação de Constantinopla; (1202 a 1204).

V. Mais uma vez é derrotada a tentativa de reconquista de Jerusalém; (1217 a 1221).

VI Finalmente são libertados os lugares santos das cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré; (1228 a 1229).

VII. São Luis IX é aprisionado, mas os muçulmanos o liberam depois de pagamento de uma grande quantia exigida. (1248 a 1250).

VIII. São Luis IX morre; resultado final os Árabes acabam triunfando, pela suas técnicas e organização militar: 1270:

IX. Nona e última Cruzada em 1291, também tida como parte integrante da oitava cruzada, Tentativa sem sucesso de levantar o cerco de Acre. Com o abandono das duas últimas fortalezas da Ordem dos Templários na Palestina e ao norte de Beirute, os Estados latinos da Terra Santa são extintos

É bom lembrar que grandes Reis europeus lutaram em defesa do Cristianismo, Felipe Augusto (França): Frederico Barba-ruiva (Sacro Império): Ricardo Coração de Leão, (Inglaterra):

As nossas raízes historiográficas detêm uma clara influencia da propaganda anticatólica, articulada há séculos atrás sobre os incidentes acontecidos durante as peregrinações em libertação de Jerusalém, causando total rejeição ou distorção ao que fora e representou esta ofensiva do Ocidente que manteve em pé a civilização europeia que lamentavelmente instaurou no pensamento de muitos estudiosos e até religiosos poucos formados, apego a tida historia “oficial”. Hoje vemos as calunias melhor dizendo as acusações. Que os agressores da historia foram nós os católicos e a Igreja errou em tomar esta atitude, para uns até vestida de política e que os agredidos foram os infiéis árabes, neste texto demonstramos os motivos deste acontecimento, e a real historia das (Cruzadas).

John Lennon J. da Silva
Caruaru 20 de Julho 2010
Apostolado São Clemente Romano

Referencias:

[1] DEVIVIER, Pe. W. Curso de Apologética Cristã. 3º Edição. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1925.
[2] WIKIPEDIA. Cruzada. Enciclopédia livre. Disponivel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzada Acesso em: 20 julho 2010.
[3]MESSORI, Vittorio. Defendendo as Cruzadas – Agredidos e Agressores. [Jornal Corriere dela Sera, 26 de Julho de 1999] Frente Universitária Lepanto. Disponível em: http://www.lepanto.com.br/dados/NotCruzadas.html Acesso em: 20 julho 2010.