quinta-feira, 30 de setembro de 2010

“Viver em contato com a palavra de Deus” diz Bento XVI.

“É importante que todo cristão viva em contato e em diálogo pessoal com a Palavra de Deus, que nos foi dada na Sagrada Escritura, não como palavra do passado, mas como Palavra viva que se dirige a nós hoje e nos interpela”: foi o que disse Bento XVI saudando ontem à tarde os funcionários das Vilas Pontifícias, na conclusão da sua permanência na residência de verão em Castel Gandolfo.

De fato, na tarde de hoje o Papa retorna ao Vaticano. O Santo Padre disse também que hoje a Igreja recorda São Jerônimo, “um Padre da Igreja que colocou a Bíblia no centro da sua vida: ele traduziu a Bíblia para o latim, e a comentou em seus escritos. Este eminente Doutor da Igreja advertia que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Bento XVI agradeceu os funcionários pelo trabalho que realizam e assegurou uma constante recordação na oração. (SP)

Fonte:

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Confiabilidade e veracidade do ministério e estadia de Pedro em Roma

Escreve-se muito sobre este assunto, muitos colegas apologistas católicos já argumentaram sobre o tema, mas novamente retomarei as provas do bispado de Pedro em Roma; por que na semana passada ao ter interpelado um protestante sobre o tema, cheguei até expor (I Pd 5,13) e o uso do termo ‘babilônia” usado simbolicamente para designar Roma, a “cidade das sete colinas” como também usará a mesma linguagem o Apostolo João no Apocalipse.

Fato é que vários escritores protestantes e teólogos reformados negam que Pedro tenha ido a Roma ou exercido ministério na cidade, muitos chamam de erro cronológico e ‘tradição’ esta afirmação católica, seria de esperar que eles deturpassem o que sempre foi acreditado pelo Cristianismo desde os primeiros séculos.

O mesmo colega protestante com que conversei até confessou que Pedro sofreu martírio em Roma, mas não acreditava que ele teria sido Bispo e consequentemente fundado a Igreja católica, nem valeu citar a Historia Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia, pois o mesmo apesar de fazer referencia a obra não a conhece profundamente, assim como a uma série ininterrupta de testemunhos sobre o tema, que apresentarei neste artigo.

Pedro estava na Igreja da “babilônia” segundo as Escrituras.

O Apostolado de Pedro e seu martírio em Roma, tem encontro na alusão de Jesus que falou (cf. Jo 21, 18) da morte do apostolo. Outro indicio da ida de Pedro a Roma encontra-se em sua primeira Epístola que alegoricamente e simbolicamente trata da Igreja instaurada em Roma. “A igreja que está em babilônia, escolhida, como vós saúda-vos...” (1Pd 5,13);

O termo “babilônia” cujo a exegese católica atribui-a referente a cidade de Roma, o Apostolo João usa o mesmo termo no Apocalipse quando retrata-se a “cidade das sete colinas” cf. Ap 14, 8; 16, 19; 17,5: linguagem pejorativa utilizada pelo cristãos primitivos para designar Roma nos tempos primeiros da perseguição do Império ao Cristianismo,é bom enfatizar que a cidade da babilônia junto a rio Eufrates, na época não era habitada encontrava-se e ruínas.

Pregação em Roma

Sobre seu ministério em Roma, temos os seguintes testemunhos:

"Lancemos os olhos sobre os excelentes apóstolos: Pedro foi para a glória que lhe era devida; e foi em razão da inveja e da discórdia que Paulo mostrou o preço da paciência: depois de ter ensinado a justiça ao mundo inteiro e ter atingido os confins do Ocidente, deu testemunho perante aqueles que governavam e, desta forma, deixou o mundo e foi para o lugar santo. A esses homens [...] juntou-se grande multidão de eleitos que, em conseqüência da inveja, padeceram muitos ultrajes e torturas, deixando entre nós magnífico exemplo." (São Clemente Bispo de Roma, ano 96, Carta aos Coríntios, 5,3-7; 6,1). Clemente o 3º Bispo de Roma após Pedro, dá testemunho do belíssimo exemplo que o Apóstolo deixou entre os cidadãos Romanos.

"Não é como Pedro e Paulo que eu vos dou ordens; eles foram apóstolos, eu não sou senão um condenado" (Santo Inácio Bispo de Antioquia - Carta aos Romanos 4,3 - 107 d.C). Se Pedro não esteve em Roma, qual é o sentido destas palavras de Inácio de Antioquia?

"Assim, Mateus publicou entre os hebreus, na língua deles, o escrito dos Evangelhos, quando Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja." (Santo Ireneu Bispo de Lião - Contra as Heresias,III,1,1 - 180 d.C)

A edição de Marcos do Evangelho segundo a tradição, fora escrito a pedido dos romanos que tinham sido catequizados por Pedro quando estava em Roma: cujo foi produzido baseado nas exortações de Pedro, e guardadas fielmente por Marcos, outros Padres da Igreja como Papias, Irineu de Lião e Orígenes também confirmam esta tradição.

"Marcos escreveu o seu Evangelho a pedido dos Romanos que ouviram a pregação de Pedro" (Clemente de Alexandria, [215 D.c.] Hist. Ecl. VI, 14).

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica.” (Dionísio de Corinto (170) Fragmento conservado na História Eclesiástica de Eusébio, II,25,8.).

"Logo depois, o supracitado mágico [Simão], com os olhos do espírito impressionados por uma luz divina e extraordinária, após ter sido convencido de suas insídias [cf. At 8,18-23] pelo apóstolo Pedro, na Judéia, empreendeu uma longa viagem além-mar. Fugiu do Oriente para o Ocidente, julgando que, somente ali, poderia viver de acordo com suas convicções. Veio para Roma, onde foi bastante coadjuvado pela potëncia ali bem estabelecida [cf. Ap 17], e em pouco tempo sua iniciativas tiveram êxito, pois foi honrado como um deus pelo povo da região, com a ereção de uma estátua. Mas estas coisas pouco duraram. Imediatamente depois, ainda no começo do império de Cláudio, a Providência universal, boníssima e cheia de amor aos homens, conduziu mão a Roma, qual adversário deste destruidor da vida, o valoroso e grande apóstolo Pedro, o primeiro dentre todos pela virtude. Autêntico general de Deus, munido de armas divinas [cf. Ef 6,14-17; 1Ts 5,8], trazia do Oriente ao Ocidente a preciosa mercadoria da luz inteligível, e anunciava, como a própria luz [cf. Jo 1,9] e palavra da salvação para as almas, a boa nova do reino dos céus" (Eusébio de Cesaréia - HE,III,14,4-6 - 317 d.C)

"Sob Cláudio [Imperador], Fílon [quande historiador judeu] em Roma relacionou-se com Pedro, que então pregava aos seus habitantes." (Eusébio de Cesaréia - HE II,17,1 - 317 d.C)

Este historiador e também filosofo judeu é mais conhecido como Fílon de Alexandria, segundo registros viajou a Roma nos tempos em que encontrava-se Pedro em Roma, e conversou com o Apostolo.

Bispo de Roma

Sobre o Bispado do Apostolo, os testemunhos abaixo dão detalhes sobre os anos e a certeza do ministério por Pedro exercido quando estava em Roma.

"Neste tempo, Pedro exercia em Roma a função de Bispo" (Sulpício Severo, falando do tempo de Nero. His. Sacr., n. 28)

“Pedro, de nacionalidade galiléia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade” ( Eusébio de Cesaréia, HE,III,14,4-6).

"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."(Doroteu, In: Syn.)

Argumentando nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja.” ( Gaio, presbítero romano, em (199) Eusébio, História Eclesiástica, 1125, 7.).

"Simão Pedro foi a Roma e aí ocupou a cátedra sacerdotal durante 25 anos" (S. Jerônimo, De Viris Ill. 1, 1).

"A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...” (Epifânio de Salamina, ii. 27 - Sales, St. Francis de, The Catholic Controverse, Tan Books and Publishers Inc., USA, 1989, pp. 280-282).

"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou." (Optato de Milevo, De Sch. Don).

"Depois do martírio de Pedro e Paulo, o primeiro a obter o episcopado na Igreja de Roma foi Lino. Paulo, ao escrever de Roma a Timóteo, cita-o na saudação final da carta [cf. 2Tm 4,21]." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,III,2 - 317 d.C).

"[...]quanto a Lino, cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em Roma foi registrada na 2ª carta a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de Pedro foi o primeiro a obter ali o episcopado, conforme mencionamos mais acima." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,8 - 317 d.C).

Também citado por S. Agostinho:

"S. Lino sucedeu a S. Pedro" (Santo Agostinho de Hipona, Epist. 53)

"[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo" (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,1 - 317 d.C).

"A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.” (S. Cipriano (+258) Epístola 55,14. Ou De Ecclesiae Unitate)

Martírio em Roma

O Martírio de Pedro é até aceito por alguns protestantes, mais a pergunta que cabe a eles é Pedro exerceu ministério em Roma? Pregou o Evangelho aos Romanos antes de ser crucificado de cabeça para baixo? Organizou a Igreja em Roma junto com Paulo? São perguntas centrais postas as repostas confirmam a apostolicidade da Igreja de Roma.

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente" (Dionísio de Corinto, ano 170, extrato de uma de suas cartas aos Romanos conforme fragmento conservado na HE II,25,8).

"Eu, porém, posso mostrar o troféu dos Apóstolos [Pedro e Paulo]. Se, pois, quereis ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, encontrarás os troféus dos fundadores desta Igreja" (Discurso contra Probo - Caio presbítero de Roma, + ou - 199 d.C). Eusébio também trata deste escrito em HE II,25,7.

"A Igreja também dos romanos publica - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro." "Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor." "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.” ( Tertuliano (155-222) Scorp. c. 15).

"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo" (Orígenes, +253, conforme fragmento conservado na HE, III,1).

"Quando Nero viu consolidado seu poder, começou a empreender ações ímpias e muniu-se contra o culto do Deus do universo. [...] Foi também ele, o primeiro de todos os figadais inimigos de Deus, que teve a presunção de matar os apóstolos. Com efeito, conta-se que sob seu reinado Paulo foi decapitado em Roma. E ali igualmente Pedro foi crucificado [cf. Jo 21,18-19; 2Pd 1,14]. Confirmam tal asserção os nomes de Pedro e de Paulo, até hoje atribuídos aos cemitérios da cidade." Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,II,25,1-5 - 317 d.C).

"Pedro, contudo, parece ter pregado aos judeus da Diáspora, no Ponto, na Galácia, na Bitínia, na Capadócia e na Ásia [cf. 1Pd 1,1), e finalmente foi para Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE III,2 - 317 d.C)

Indícios arqueológicos

Foram realizadas entre 1940 e 1950 buscas arqueológicas e varias escavações observadas pela Igreja, junto ao subsolo da Basílica de São Pedro no Vaticano onde acreditava-se encontrar o tumulo de Pedro, mesmo local do “Circo de Nero” onde proximamente Pedro sofreu martírio. A coordenação das pesquisas ficou a cargo da italiana Margherita Guarduci, que deparou-se com que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive contendo vários grafitos entre eles a inscrição “Petrós Ení” que significa “Pedro esta aqui” em grego.

Neste sepulcro encontrou-se uma ossatura, um esqueleto quase completo só não tinha os pés e a cabeça que pertenceriam a um homem robusto de 60 a 70 anos. Graças aos testes do Carbono 14, foi datado do I século, encontrou-se também fragmentos de uma estola púrpura com fios de ouro que envolvia o corpo, revelando se a reverencia e honra prestada a ele, denotando sua importância, sabe-se que a veneração a este local assim como as catacumbas de São Sebastião são provenientes do I século.

O Papa Pio XII que acompanhava tudo na época em 23 de Dezembro de 1950 anunciou a descoberta a todo o mundo durante a mensagem de Natal, e reafirmada nas palavras do Papa Paulo VI, no dia 26 de Junho de 1968.

John Lennon J. da Silva
29 setembro de 2010


Referencias:

LAURENTIN, René. Pedro, o Primeiro Papa. [tradução Elizabeth Centeno Maggio] São Paulo: Paulinas, p. 180-183, 1997.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Papa Bento XVI, diz ser ‘peregrino’ em seu pontificado

Papa pede que se ressalte a riqueza de peregrinar aos santuários

"Neste momento histórico, em que, com força porventura ainda maior, estamos chamados a evangelizar o nosso mundo, há que sublinhar a riqueza que provém da peregrinação aos santuários."

Assim destaca o Papa em sua mensagem ao 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que se realiza em Santiago de Compostela desde ontem até a próxima quinta-feira, 30 de setembro, com o lema "E entrou para ficar com eles", tirado da passagem evangélica dos discípulos de Emaús.

Bento XVI destaca, em primeiro lugar, a "extraordinária capacidade de atração" dos santuários, que reúnem "um crescente número de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em situações humanas e espirituais complexas, um tanto distantes da vivência da fé e com uma débil pertença eclesial".

"A todos eles Cristo se dirige com amor e esperança. A aspiração à felicidade presente no espírito encontra n'Ele a sua resposta, e é junto d'Ele que o sofrimento humano encontra um sentido."

Orientações

O Papa afirma que, "como o velho Simeão encontrou Jesus no Templo (cf. Lc 2, 25-35), assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".

Para que se dê essa descoberta, o Pontífice oferece diversas orientações. "É preciso fazer com que os peregrinos não percam de vista que os santuários são lugares sagrados, comportando-se, portanto, neles com devoção, respeito e decoro", pede.

"Desse modo - explica -, a Palavra de Cristo, o Filho do Deus vivo, poderá ressoar com clareza e proclamar-se-á em toda a sua integridade o acontecimento da sua morte e ressurreição, fundamento da nossa fé".

Por outro lado, Bento XVI indica que é preciso "cuidar, com grande esmero, o acolhimento dos peregrinos, dando o justo destaque, nomeadamente, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘tenda de Deus com os homens' (Ap 21, 3)".

Também destaca a importância de cuidar "dos momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; e da atenção às práticas de piedade".

"Ao mesmo tempo - acrescenta -, nunca se insistirá demasiado no fato de que os santuários hão de ser faróis de caridade, incessantemente dedicados aos mais desfavorecidos mediante obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade para escutar."

O Papa sublinha a importância de fomentar nos santuários também "o acesso dos fiéis ao sacramento da Reconciliação, consentindo-lhes participar dignamente da Celebração Eucarística, de tal modo que esta possa ser o centro e o cume de toda a ação pastoral dos santuários".

Assim, "tornar-se-á manifesto que a Eucaristia é, sem dúvida alguma, o alimento do peregrino, o ‘sacramento de Deus, que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direção'", como recordou na homilia da solenidade de Corpus Christi de 2008.

O Bispo de Roma indica que "a celebração da Eucaristia deve ser considerada o ponto culminante da peregrinação".

Exorta também aos que se dedicam a esta belíssima missão a que favoreçam nos peregrinos, "o conhecimento e a imitação de Cristo, que continua caminhando conosco, iluminando com a sua Palavra a nossa vida e partilhando conosco, na Eucaristia, o Pão da Vida".

Dessa forma, "a peregrinação ao santuário será assim ocasião propícia para revigorar naqueles que o visitam o desejo de partilhar com outros a maravilhosa experiência de saber que somos amados por Deus e enviados ao mundo para testemunhar este amor".

O Papa, peregrino

Em sua mensagem, Bento XVI revela que, "desde o início do meu pontificado, quis viver o ministério de Sucessor de Pedro com os sentimentos do peregrino que percorre os caminhos do mundo com esperança e simplicidade, levando nos lábios e no coração a mensagem salvadora de Cristo Ressuscitado e confirmando na fé os seus irmãos".

"É como sinal explícito desta missão que figura no meu escudo, entre outros elementos, a concha de peregrino", explica.

Também recorda: "Eu próprio me deslocarei dentro em pouco como peregrino ao túmulo do Apóstolo São Tiago, o ‘amigo do Senhor', do mesmo modo como tenho dirigido os meus passos a outros lugares do mundo, para onde convergem numerosos fiéis com fervorosa devoção".

A mensagem está dirigida ao presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, e ao arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio, representantes da organização do 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários.

Nela, Bento XVI faz chegar aos congressistas sua "proximidade espiritual, que os alente e acompanhe no exercício de um trabalho pastoral de tanta relevância na vida eclesial".

Alto nível

Participam do congresso cerca de 300 pessoas dos cinco continentes, comprometidas no âmbito da atenção pastoral às peregrinações e santuários, com o objetivo de aprofundar na importância das peregrinações aos santuários enquanto manifestações da vida cristã e espaços de evangelização.

A última edição foi realizada há 18 anos, em Roma. Entre os numerosos expoentes, encontram-se os subsecretários das congregações pontifícias para o clero e para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, o reitor dos santuários de Lourdes e o presidente de Ajuda à Igreja que Sofre.

O Papa confia "à intercessão de Maria Santíssima e do Apóstolo São Tiago os frutos deste Congresso, ao mesmo tempo em que dirijo a minha oração a Jesus, ‘Caminho, Verdade e Vida' (Jo 14, 6), ao qual apresento todos os que, peregrinando ao longo da vida, andam à procura do seu rosto".

Sua mensagem, datada de 8 de setembro, termina com uma oração ao "Senhor Jesus, peregrino de Emaús, que caminhas ao nosso lado, por amor, mesmo se tantas vezes o desalento e a tristeza não nos deixam descobrir a tua presença".



Fonte:

CASTEL GANDOLFO, terça-feira, 28 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – BENTO XVI: VIVO MEU PONTIFICADO “COM OS SENTIMENTOS DO PEREGRINO”. Disponível em: http://www.zenit.org/article-26141?l=portuguese Acesso em: 28 setembro 2010.


sábado, 25 de setembro de 2010

Celibato dos Padres historicamente.

Historicamente podemos dizer que o celibato dos padres não é uma instituição divina, mais sim de cunho eclesial (disciplinar), a qual entre os séculos formula-se e declara-se, tal posição em manter os que se consagram ao serviço religioso do altar ao celibato clerical, como lei Eclesiástica, formulada pelo Magistério eclesial, sabe se porem que nos primórdios do Cristianismo, nos III primeiros séculos muitos Bispos, Presbíteros e Diáconos da Igreja foram casados, encontra-se esta afirmações e posições nas Sagradas Escrituras que no contexto primitivo da Igreja, quando ainda não tinha se a idéia de celibato por causa numericamente dos adeptos do Cristianismo, que ainda eram poucos e para esta época de um primaria tentativa de organização eclesiástica, surge a concepção de que eles sejam casados uma só vez, ou seja, que tenham uma sólida vivencia e qualificação humana, cf. (I Tim 3,2; e Tt 1, 6:) também vale salientar que havia muitos que já optavam por uma vida afastada desta relação conjugal, mais tarde como vários Monges e Santos que viveram uma vida como eremita, afastados do mundo consagrados a Deus a partir do fim do século II.

Outro grande motivo para que a Igreja afirmasse o celibato entre os padres, foram infelizes acontecimentos e fatos entre o clero, pois que alguns padres no fim do terceiro século, praticavam adultérios, tinham acentuação para a poligamia, até que no século IV, no Concílio Ecumênico de Nicéia em 325, entre as afirmações doutrinarias, pastorais e de organização é declarado o celibato dos padres e a proibição dos mesmos se relacionarem conjugalmente com mulheres, sabe se que esta afirmação também se apoio nos exemplos a qual a Igreja salvaguardava este que se encontrava também entre os apóstolos de Cristo como o apóstolo dos gentios S. Paulo; entre os cânones conciliares havia a seguinte declaração;

“Nenhum deles deverá ter uma mulher em sua causa, exceto sua mãe, irmã e pessoas totalmente acima de suspeita.”. “O grande Sínodo proíbe rigorosamente qualquer bispo, presbítero, diácono, ou qualquer um do Clero, ter uma "subintroducta" morando com ele, excetuadas apenas a mãe, uma irmã ou tia, ou pessoas assim, desde que sejam acima de quaisquer suspeitas.”. (Os Cânones dos 318 Bispos Participantes; I Concílio Ecumênico de Nicéia; Cânon III:).

“A coabitação de mulheres com bispos, presbíteros e diáconos é proibida por causa do celibato desses. Decretamos que nem bispos nem presbíteros viúvos devem viver com mulheres. Não podem eles acompanhá-las, nem se familiarizarem com elas, nem contemplá-las insistentemente. O mesmo decreto é dado em relação a cada padre em celibato, incluídos os diáconos que não têm esposas. Isto deve ser assim, seja a mulher bonita ou não, seja adolescente ou mulher mais velha, seja de elevado status ou órfã acolhida em caridade com o propósito de ajudá-la; Pois que o demônio faz o mal, com tais armas, aos religiosos, bispos, presbíteros e diáconos, e os incita ao fogo do desejo. Mas se a mulher é de idade avançada, uma irmã ou mãe, ou tia, ou avó, será permitido viverem com elas porque essas pessoas estão livres de qualquer suspeita de escândalo.” (Outros Cânones de Nicéia (segundo a versão Árabe); Cânon III).

Entre os instigadores desta pratica e inspiradores para tal concepção canônica de celibato, estão em principio São Paulo, entre suas palavras encontra se a seguinte admoestação a respeito de seu exemplo de homem celibatário; “Aos solteiros e as viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu” (Cor 7, 8;) um dos seus celebres discípulos que se tornará Bispo, Timóteo imitador de S. Paulo também era celibatário, o mesmo São Paulo nos apresenta prerrogativas a favor de tal modelo de vida sacerdotal, ”o que esta sem mulher, esta cuidadoso das coisas do Senhor, como há de agradar a Deus. Mas o que esta casado, está cuidadoso das coisas que são dos mundo, como há de agradar á sua mulher.” (I Cor 7, 32-33;).que sejam os clérigos cristãos seus imitadores como o mesmo foi de Cristo e afirmou isto.

O Proto-Bispo de Roma a qual exerceu estas funções, S. Pedro, segundo a Sagrada Tradição, tornou-se celibatário, ele mesmo confessa isto em seu abandono por Cristo; “Vê nos abandonamos tudo e te seguimos, Jesus respondeu ‘em verdade vós declaro: ninguém há que tenha abandonado por amor ao Reino de Deus, sua casa, sua mulher, seus irmãos, seus pais ou seus filhos, que na receba muito mais neste mundo e no mundo vindouro a vida eterna.” (Lc 18, 28-30.).

Nosso Senhor declara; “Porque há eunucos que são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelos homens e há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus,”. (Mt 19, 12:).

Sendo assim a Igreja toma parte deste modelo de vida para os sacerdotes, os Presbíteros são sim casados com o altar, e com eles devem exercer seu ministério sem passa tempos humanas, servindo o Senhor a qual foram chamados fazendo-se eunucos por amor ao Reino eterno, devemos lembrar que tal posição instituída por intermédio do Espírito Santo, a Igreja pode ser revista pelo Magistério eclesial, pois a mesma Igreja declara que esta lei eclesial sobre o celibato dos padres não é lei divina e pode ser revista pela mesma autoridade conferida a os sucessores dos apóstolos os Bispos, legislados pelo Papa sucessor de Pedro na cátedra de Roma.

Podemos também ressaltar que certas Igrejas particulares (sui juris) que zelam pela comunhão com Roma como a Igreja Maronita de rito Antioquino, onde em seu direito canônico particular observam que os que são padres solteiros não podem casar, mas os que são casados podem ser padres, objeção e exceção para outros cargos eclesiásticos. Mas o direito da Igreja latina observa a prescrição dada e acrescentada por inspiração do Santo Espírito ao Magistério da Igreja de observar o celibato.

Fonte:
 
http://www.apologeticacatolica.com.br/index2.php?pg=noticia&id=12

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Papa lança apelo à oração pelo diálogo com os ortodoxos

Nestes dias se reúne a Comissão Mista para debater a questão do primado de Pedro.

O Papa Bento XVI lançou um apelo hoje a todos os fiéis católicos, para que rezem pelo êxito do diálogo entre católicos e ortodoxos, que nestes dias entra em uma nova e importante fase.

Nesta semana, acontece em Viena (Áustria) a reunião plenária da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto, uma reunião que estava sendo preparada há muito tempo.

"O tema da atual fase de estudo é o papel do Bispo de Roma na comunhão da Igreja Universal, com particular referência ao primeiro milênio da história cristã", recordou o Papa.

"A obediência à vontade do Senhor Jesus e a consideração dos grandes desafios que hoje se apresentam ao cristianismo nos obrigam a comprometer-nos seriamente na causa do restabelecimento da plena comunhão entre as Igrejas."

O Papa exorta todos a "rezar intensamente pelos trabalhos da Comissão e por um contínuo desenvolvimento e consolidação da paz entre os batizados, para que possamos dar ao mundo um testemunho evangélico cada vez mais autêntico".

A Comissão está buscando uma leitura comum dos fatos históricos e dos testemunhos relativos ao primado petrino no primeiro milênio, com o fim de alcançar uma desejável e possível interpretação compartilhada.

A convergência na interpretação histórica do primado no primeiro milênio poderia ajudar a fazer avançar o diálogo entre os católicos e os ortodoxos sobre o tema central que os separa: o exercício do primado do Papa.

De fato, a esperada sessão, que começou no dia 20 e terminará no dia 27 de setembro, aborda pela segunda vez este tema, que também centrou o anterior encontro da Comissão Mista, realizado em Chipre em 2009.

Fonte:

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - Disponível em: http://www.zenit.org/article-26107?l=portuguese Acesso em: 23 setembro 2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por que rezar a Ave Maria?

Esta semana foi perguntado por carta ao apostolado o porquê de rezarmos a Ave Maria, pergunta vinda de um jovem que sente-se pressionado pelos protestantes e suas interpelações, coisa normal nos tempos de hoje em que os hereges vivem a distorcer e denegrir a fé católica, és uma das partes da resposta, toda a carta respondida encontra-se no site www.apologeticacatolica.com.br

Rezamos a Virgem Santíssima, pois desde os primeiros séculos ela foi proclamada pelos cristãos com o titulo Theotokos que significa “Mãe de Deus” e invocada pelos cristãos em seu auxilio perante Jesus Nosso Senhor. Os santos, mártires e patriarcas também foram memorados junto a sua útil interseção perante o cordeiro de Deus no céu em nosso favor, Ele o único Intercessor entre os homens e o Pai Celeste cf. I Tm 2,5. Como amigos de Deus e mais próximos, íntimos em comunhão com o Pai, superaram o pecado e hoje são cidadãos do céu cf. Fl 3,20 receberam a coroa da justiça cf. I Cor 9,25; I Pd 5,4: assim eles vivem a realidade celeste. “Comunhão dos Santos” como proclamada no credo que rezamos e adoram o cordeiro como refletido no livro do Apocalipse por S. João (cf. Cap. 14 do Ap.).

A carta aos hebreus fala-nos especificamente sobre esta realidade dizendo “Portanto também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o iniciador e consumador da fé, Jesus...” Hb 12,1-2.

Estando mais próximos e em Comunhão com Deus os comunicamos nossas preces afim de que em nossos favores eles intercedem perante Cristo Jesus, estamos todos ligados, pois somos membros de um mesmo corpo, o corpo de Cristo, que é a Igreja como ensina a teologia paulina cf. Cl 1,18-24.

Esta realidade “Comunhão dos Santos” é um verdadeiro baú de graças espirituais e por esta intima ligação e comunhão entre os membros do mesmo corpo a Igreja cf. Ef 4, 16: I Cor 10, 16-17. Em seus três estados escatológicos Igreja Triunfante Anjos, arcanjos e Santos: Igreja Militante o clero, fieis e leigos em geral: Igreja Padecente compostas pelas almas seladas com a salvação, mais que ainda passam por uma purificação final. Todas estas “conexões” podendo assim chamar, cooperaram e usufruem do tesouro infinito da Redenção de Jesus e assim como as virtudes e méritos dos eleitos que o adoram e vêem face a face.

Sugiro que estudes um pouco sobre a “Comunhão dos Santos” entenderas melhor no Catecismo nº 956: 2684, 1055, 1331, 2635; Assim como a Igreja e geral para poder “Pelejar pela fé” Jud 1,3.

Bem a primeira parte da oração Ave Maria, é bíblica encontra-se nos Evangelhos, principalmente no Evangelho de Lucas já a segunda parte da oração foi acrescentada pelo s Padres da Igreja no primeiro Concílio de Nicéia em 325 “Santa Maria Mãe de Deus Rogai por nós pecadores” refletindo toda esta realidade teológica assim a oração não é mais que repetição das palavras encontradas na Bíblia dirigidas a Maria, para que assim como nas Bodas de Caná Cf. Jo 2, 1-8 possa interceder por nós perante Jesus.

Os protestantes podem até alegar que os Santos não intercedem então como ficaria este trecho assim como a outros ver. (Judite 8, 28-29) em que Ozias e os outros anciãos pedem a Judite que ore por eles.

"Disse-me, então, o Senhor: Mesmo que Moisés e Samuel se apresentassem diante de mim, meu coração não se voltaria para esse povo. Expulsai-o para longe de minha presença! Que se afaste de mim!” (Jr 15,1).

No tempo do profeta, vale lembrar que ambos Moisés e Samuel estavam mortos. Que sentido teria este versículo caso não fosse possível que os dois intercedessem por Israel?

Alguns outros exemplos

“Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo...” At 19,11

"Tomai sete touros [...] e ide a meu servo Jó [... o meu servo Jó [...] orará por vós e admitirei propício a sua face" (Jó 42,8 ). Neste trecho, Deus não apenas permite, mas ordena "ide", e promete escutar a prece que Jó há de fazer em favor dos seus irmãos.

Moisés confessa no AT, "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós". (Dt 5, 5): A bíblia atribuindo mediação a Moises.

S. João teve uma visão em que viu os anjos adorando e levando preces a Deus entre elas as “orações de todos os santos no altar...” e estas orações subiam “diante de Deus” Ap 8,3-4

Lembrando que a Bíblia manda louvar as mulheres virtuosos quanto mais a “Mãe do Senhor” Lc 1,43. “bendita entre as nações” Lc 1,48:

“A Mulher que teme a Iahweh merece Louvor! Dai-lhe parte do fruto de suas mãos, e nas postas louvem-na suas obras” Prov 31,31 (Tradução de Jerusalém)

Devemos também lembrarmos dos grandes homens que nem este “mundo era digno de te-los” Hb 11,38. S. Paulo dizia “Sede meus Imitadores assim como sou de Cristo” I Cor 11,1 por isto o temos amor e devoção observado seu exemplo e amor a Cristo que o fizeram vencer o mundo sendo os mesmos modelos sublimes de santidade espelhados em Cristo assim como expressou o Apostolo Paulo.

“Lembrai-vos dos vossos Pais na fé, que vos anunciaram a palavra de Deus. Considerai como terminou a vida deles, e imitai-lhes a fé” Hb 13,7.

Há outros versículos sobre os grandes homens no AT alguns desses escritos foram retirados da bíblia pelos protestantes podendo eles ou não alegar o contrario, seria de esperar que os retirassem ou não aceitassem cf. Tb 2,12: Sb 3: Eclo 44,1-3.15

Fonte:

Apostolado São Clemente Romano. Disponível em: http://www.apologeticacatolica.com.br/index2.php?pg=noticia3&id=4 Acesso em: 22 setembro 2010.

sábado, 18 de setembro de 2010

Vaticano II eclesiologia da continuidade ou Ruptura?

Vaticano II eclesiologia da continuidade ou Ruptura?
Introdução

O Concílio Ecumênico Vaticano II fora convocado e presidido pelo Papa João XXIII e posteriormente, pelo Papa Paulo VI com a morte de seu antecessor. (1962-1965) teve a maior participação clérigos e prelados cerca de 2.540 padres conciliares, nem Calcedônia e Trento não tinham registrado este numero, houve pela primeira vez bispos, especialmente da Ásia e Africano, envolvidos de forma crucial. O concílio foi composto de quatro sessões, resultado após um longo e árduo trabalho na elaboração de 16 documentos. Aprovados canonicamente pelo papa Paulo VI .

Os ultratradicionalistas com suas respectivas posições heterodoxas, alimentam grande contradição nos meios católicos principalmente na Internet Brasileira onde estão em constante avanço mantendo influencias sobre diversos jovens, sua contradição maior gira em torno da Tradição Católica, que sempre zelou a todos os Concílios Ecumênicos, sancionados pelo Papa e seu episcopado o revestimento de infalibilidade, constituindo-se parte integrante do Magistério da Igreja tando ordinario como extraordinario. O caráter não dogmático do Concilio Vaticano II, não exclui sua infalibilidade. O Papa Paulo VI falando sobre esta caracteristica dirigida ao concílio disse que o mesmo mesmo sendo pastoral “conferiu a seus ensinamentos a autoridade do Supremo Magistério da Igreja." (Paulo VI, Discurso na audiência de 12 de Janeiro de 1966). Ou (Compêndio do Vaticano II, ed. Vozes, Petrópolis1969, p. 31.).

O Pe. Servigny, explica “pastoral e dogmático não são mutuamente excludentes. Um ensinamento pastoral é um ensinamento teológico, embora não esteja enunciado de forma puramente intelectual e reservada a teólogos. Melhor dizendo, é um ensinamento transmitido ao mundo cotidiano com a finalidade de alimentar espiritualmente os Cristãos e iluminá-los sobre o mistério de Deus. É este ensinamento que orienta os fiéis, dizendo-nos em que crer e o que devemos fazer para crescer em nosso relacionamento com Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Mas, na verdade, é oportuno esclarecer que o Concílio Vaticano II não pretendeu definir uma doutrina ou dogma, ao magistério ordinário. É bom sabermos também que a Infalibilidade fica também evidenciada quando ensinada expressamente pelo concílio, por exemplo, tratando de uma doutrina como definitiva, ou seja, dogmática. Todo católico não é obrigado apenas a aceitar o ensino infalível conciliar ou de ex-catedra, mas também a aceitar o magistério autêntico da Igreja, ou seja, o magistério ordinário, mesmo se ele não primariamente infalível como no caso do magistério ordinário dos papas que são comumente reverenciados e aconselhados pela Igreja.

A Tradição é um processo vivo, um rio que emana dos apóstolos cuja assistência provém do Espírito Santo, neste processo de guarnição a Igreja é a melhor intérprete de si mesmo e um concílio é a atualização e re-interpretação da tradição entre os séculos. Assim, foi o Concílio Vaticano II quando elaborou esforços para uma interpretação da doutrina da Igreja, sob forma de atualizar a tradição no contexto atual. No II discurso do Papa João XXIII de abertura do Concílio Vaticano II: “é necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo.” Pois bem o Vaticano II deve ser entendido a luz do concílio de Trento.

Cardeal Ratzinger, dez anos após a conclusão do concílio, em 1975, afirmou: sobre esta continuidade e sobre a autoridade do Vaticano II, herança dos concílios e continuidade co-participante da mesma autoridade dos demais "Devemos deixar claro, em primeiro lugar, que o Vaticano II é apoiado pela mesma autoridade que o Vaticano I e o Concílio de Trento, ou seja, o papa e o colégio dos bispos em comunhão com ele. Quanto ao conteúdo, importa referir que o Vaticano II está em estrita continuidade com os dois concílios anteriores e incorpora sua doutrina, literalmente, pontos de viragem" Informe sobre la fe, capítulo 2, por Cardenal Joseph Ratzinger (O Relatório de Ratzinger, capítulo 2, pelo Cardeal Joseph Ratzinger ).

Legitimidade do concilio do Vaticano II, e garantia zelada pelo Magistério Extraordinário

O Vaticano II é sustentado pela mesma autoridade que sustenta o Vaticano I e o Concílio de Trento, a saber, o Papa e o Colégio dos Bispos em comunhão com ele. Também com respeito ao seu conteúdo, o Vaticano II está na mais estreita continuidade com ambos os concílios anteriores e incorpora os seus textos palavra por palavra nos pontos decisivos, ver-se isto nos textos cujos concílios anteriores como Trento e Vaticano I, são citados 20 vezes ao longo dos textos conciliares (Congar, Entretiens d'automne, op cit. p. 10.).

“É impossível para um Católico tomar posição pró ou contra Trento ou o Vaticano I. Quem aceita o Vaticano II, como ele claramente se expressou e se entendeu a si mesmo, ao mesmo tempo aceita a inteira tradição da Igreja Católica, particularmente, os dois concílios anteriores [...] Da mesma forma é impossível decidir a favor de Trento e do Vaticano I mas contra o Vaticano II. Quem quer que negue o Vaticano II nega a autoridade que sustenta os outros concílios e os separa dos seus fundamentos. Isto se aplica ao assim chamado 'tradicionalismo' [...] Uma escolha partidária destrói o todo, a própria história da Igreja, que só pode existir como uma unidade indivisível” (The Ratzinger Report: An Exclusive Interview on the State of the Church by Joseph Cardinal Ratzinger; Ignatius Press, San Francisco, 1985, pgs.28-9).

O Papa Paulo VI, em uma carta redigida em resposta à crítica movimentada a certos textos conciliares pelo depois cismático Arcebispo Lefebvre que duvidava da autoridade dos mesmos textos: disse: “Não se pode invocar a distinção entre dogmático e pastoral com a finalidade de aceitar alguns textos do Concílio e refutar outros”, explica o Santo Padre. “Certamente, tudo o que foi dito no Concílio não demanda um assentimento da mesma natureza; somente o que é afirmado como objeto de fé ou verdade ligada à fé, por atos definitivos, requer um assentimento de fé. Mas o resto é também uma parte do solene magistério da Igreja o qual todos os fiéis devem receber com confiança e aplicar com sinceridade.” (Paulo VI, Carta ao Arcebispo Lefebvre, Nov. 10, 1976).

Com o que foi dito cima pelo Papa Paulo VI, torna-se claro que todos os fieis devem receber ao Vaticano II, como todos os demais concílios não necessitando de distinção ou separação entre dogmatico ou pastora,l como pretexto para aceitar ou rejeitar ou não ser obrigado de observar suas proclamações concíliares. Os tradicionalistas devido as suas posições extremistas e heterodoxas, pois sabemos que o Vaticano II foi sancionado pelo Papa e seu episcopado, constituindo-se parte integrante do Magistério da Igreja. O caráter não dogmático do Concilio Vaticano II, não exclui sua infalibilidade como verificamos desde as primeiras linhas. Essa posição dos tradicionalistas ressalta seu sofisma e inpanse enquanto a comunhão plena com a Igreja. Ao tentarem defender a tradição católica conforme suas concepções particulares, posicionam-se contra o Concílio e consequentemente caíem no grave erro de negar um dos princípios centrais, fundamentais e imutáveis da Fé Católica, a interpretação do Magistério da Igreja que cabe única e exclusivamente ao Romano Pontífice em conjunto com seus Bispos.

Os textos pastorais do Concílio Vaticano II carregam consigo o peso e a autoridade do colegiado de bispos ensinado em comunhão com o Pontífice Romano. Na Pastor Aeternus, a constituição dogmática do Vaticano I, sobre a Igreja, ver-se esta necessidade.

“[...] que o mesmo Pontífice Romano é o sucessor de S. Pedro, o príncipe dos Apóstolos, é o verdadeiro vigário de Cristo, o chefe de toda a Igreja e o pai e doutor de todos os cristãos; e que a ele entregou Nosso Senhor Jesus Cristo todo o poder de apascentar, reger e governar a Igreja universal, conforme também se lê nas atas dos Concílios Ecumênicos e nos sagrados cânones(...)devem-se sujeitar, por dever de subordinação hierárquica e verdadeira obediência, os pastores e os fiéis de qualquer rito e dignidade, tanto cada um em particular, como todos em conjunto, não só nas coisas referentes à fé e aos costumes, mas também nas que se referem à disciplina e ao regime da Igreja, espalhada por todo o mundo,[...]”

Por fim, a Tradição Católica sustenta que devemos nos submeter ao Pontífice Romano em questões de disciplina e governo, o que engloba a aplicação pastoral da doutrina, e não meramente nas questões de fé e moral. Será que poderíamos ser católicos, a exemplo de Martinho Lutero, que, na Dieta de Worms, durante a Reforma no séc. XVI alegava e afirmava “Eu não aceito a autoridade dos papas e concílios porque eles se contradizem mutuamente”.

Hermenêutica da descontinuidade sobre o concílio.

Os tradicionalista possuem um conceito semantico equivocado sobre “Tradição” segundo eles a tradição é algo petrificado e imutável, confundem radicalmente Tradição com tradicionalismo. A verdadeiramente concepção católica de Tradição se expressa no Magistério Vivo da Igreja que conservando as verdades doutrinárias e essenciais da Fé, se adapta aos tempos, locais e costumes é obvio, sem se diluir com o humano mais em conformidade com o sagrado e tradicional com a solida doutrina, de modo a melhor transmitir estas verdades aos homens ensinando-os e santificandoos.

Por isto asseguram os tradicionalistas que o concílio foi uma Obra de Satanas, penetração do modernismo e relativismo, foi uma verdadeira ruptura com os concílios anterios, A Cont. Dogmatica Lumen Gentium, afirma, em nota anexa, que “tendo em conta a praxe conciliar e o fim pastoral do presente Concílio este sagrado Concilio só define aquelas coisas relativas à fé e aos costumes que abertamente declarar como de fé”. Para os tradicionalistas, não houve nenhuma declaração de fé aberta deste tipo o é uma prova da intepretação dos mesmo sobre o concílio.

O Papa Bento XVI, em 2005 sobre este contexto especificou uma "justa hermenêutica" (ou interpretação), em oposição à hermenêutica tradicionalista ou neo-modernista, esta consiste na "justa [...] leitura e [...] aplicação" dos documentos conciliares pelo Papa, o Chefe da Igreja Católica. Ainda segundo Bento XVI, os católicos devem manter-se fiéis ao Magistério do Papa e à Igreja de hoje, que está precisamente expressa nos documentos deste Concílio. (The Ratzinger Report, San Francisco: Ignatius, 1985, 28-29, 31) com o passado, na criação de uma nova Igreja" (Dom Agostino Marchetto; Secretário do Pontifício

O Papa João Paulo II, em 1995, afirma que não há ruptura:

“Graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o património da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época. À distância de trinta anos [do Concílio], é mais do que nunca necessário retornar àquele momento de graça” (Papa João Paulo II - L’Osservatore Romano, 15/10/95).

Bento XVI em 2005 em discurso ao clero.

“Quarenta anos depois do Concílio podemos realçar que o positivo é muito maior e mais vivo do que não podia parecer na agitação por volta do ano de 1968. Hoje vemos que a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce todavia, e cresce também assim a nossa profunda gratidão pela obra realizada pelo Concílio. [...] Assim podemos hoje, com gratidão, dirigir o nosso olhar ao Concílio Vaticano II: se o lemos e recebemos guiados por uma justa hermenêutica, ele pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a sempre necessária renovação da Igreja” ( Discurso de Bento XVI, no dia 22 de Dezembro de 2005).

“O Concílio Vaticano II foi um grande evento, síntese entre a tradição e a renovação que não é uma ruptura com o passado, na criação de uma nova Igreja" (Dom Agostino Marchetto; Secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Roma 10 de Novembro de 2007).

A ‘crise na Igreja’ e os Papas pós-concíliares

O Papa Paulo VI lamentou as ambigüidades assim como João Paulo II que surgiram na Igreja, após o Concílio, perturbando a consciência de muitos fiéis e extenuando o vigor da Fé, invertendo e distorcendo os valores católicos e inacerbando a doutrina da Igreja. Em um de seus discurso ele disse:

"Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus: existe a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, o confronto. Não se tem mais confiança na Igreja; põe-se confiança no primeiro profeta profano que nos vem falar em algum jornal ou em algum movimento social, para recorrer a ele pedindo-lhe se ele tem a fórmula da verdadeira vida. E não advertimos, em vez disso, sermos nós os donos e os mestres [dessa fórmula]. Entrou a dúvida nas nossas consciências, e entrou pelas janelas que deviam em vez disso, serem abertas à luz [...]". "Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia de sol para a história da Igreja. Em vez disso, veio um dia de nuvens, de tempestade, de escuridão, de busca, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos distanciamos sempre mais dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de aterrá-los. Como aconteceu isso ? Confiamos-vos um Nosso Pensamento: houve a intervenção de um poder adverso. Seu nome é o Diabo" (Paulo VI, Discurso em 29 de Junho de 1972)

Como vemos alertou o Papa contra as nuvens, de tempestade, de escuridão causada pelas más inclinações de muitos membros da Igreja, sobre este tempo de relativização da fé, e da influencia e intervenção do Diabo em seu plano para destruir a Igreja. Podemos ver nessa constatação um efeito da "fumaça de Satanás", que poluiu os ambientes eclesiásticos, e um dos meios de autodemolição da Igreja, ou seja, de uma destruição por elementos que nEla se encontram instalados.

Discurso que Paulo VI fez a 7 de Dezembro de 1968:

"A igreja atravessa, hoje, um momento de inquietação. Alguns se exercem na auto crítica, dir-se-ia que até na auto demolição. É como se houvesse um revolvimento interior agudo e complexo, que ninguém teria esperado depois do Concílio. Pensava-se que haveria um florescimento, uma expansão serena dos conceitos amadurecidos na grande assembléia conciliar. Existe também esse aspeto na Igreja, existe o florescimento, mas... nota-se mais ainda o aspeto doloroso. A Igreja é golpeada também por quem faz parte dela".

Papa Paulo VI (Em entrevista ao filósofo francês, seu amigo, Jean Guittton):

"Neste momento, existe um abalo gravíssimo em questão de fé. Quando o filho do homem voltar, por ventura ainda encontrará fé sobre a Terra? Está acontecendo que se publicam livros onde a fé é amesquinhada em pontos importantes. E o episcopado cala-se, e não acha nada de estranho nestes livros. Isto é estranho para mim."

Papa Paulo VI (Ao mesmo amigo, Jean Guittto 08/09/1977):

"Neste momento há na igreja uma grande inquietação. O que está em questão é a fé! O que me perturba quando considero o mundo católico, é que, dentro do catolicismo, algumas vezes, parece predominar o pensamento não católico; pode acontecer que este pensamento não católico, dentro do catolicismo, amanhã seja uma força maior na Igreja".

Veja a confissão parece predominar “o pensamento não católico” como notar-se este pensamento, como o atual papa destacou é nada menos que a má interpretação sobre a fé que muitos cultivam como sendo pensamento católico, cabe ao Papa revigorar o catolicismo e alinhá-lo a uma justa interpretação não só do Vaticano II, mais de sua fé em nossos tempos. Como abaixo veremos o Papa João Paulo II também deu-nos pistas sobre “idéias contrárias as verdades reveladas” tão espalhadas hoje como se fossem testificadas de ortodoxia.

Papa João Paulo II em 1981

"É necessário admitir com realismo e sensibilidade, dolorosa e profunda, que hoje uma grande maioria dos cristãos, sente-se desnorteada, confusa, perplexa, e desiludida. A mãos cheias estão sendo espalhadas idéias contrárias as verdades reveladas, e ensinadas desde sempre. Estão sendo espalhadas heresias verdadeiras contra o credo e a moral, provocando confusão e revoltas solapando a liturgia, afundando num relativismo, intelectual e moral; na permissividade; caindo na tentação do ateísmo; agnosticismo, do iluminismo, de uma moral indeterminada, de um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e moral objetiva." ( 07/02/1981 - Oss. Rom)

Papa João Paulo II em 1980

"Queria pedir perdão em meu nome e no de todos vós, no episcopado, por qualquer motivo, por fraqueza humana [...] que possa ter provocado escândalo e mau estar, acerca da interpretação da doutrina e da veneração de vida para este grande sacramento, a santíssima eucaristia".(Quinta-feira Santa de 1980). Se, estão a interpretar a Eucaristia desta forma pensemos nos textos do Concílio.

Mas sobre a Igreja paira a promessa de Seu Divino Fundador: “As portas do Inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Mesmo com a apostasia, e confusão que fora utilizada pelo Tentador para destruir a Igreja.

A ‘justa hermenêutica da continuidade’ do Magistério, exortada por Bento XVI

A essa altura, é especialmente útil olhar para a tentativa de aplicação da doutrina do Concílio Vaticano II na prática pastoral e doutrinaria de forma coerente e continuada com o ensino da Igreja nos concílios passados como vem propondo Bento XVI a primeira constatação desta necessidade na Igreja aconteceu;

No Sínodo dos Bispos de 1985, que alarmou uma "ignorância não pequena de grande parte dos cristãos para com os conteúdos conciliares". Este sínodo também "afirmou que em muitos contextos o Concílio estava sendo usado de forma manipulada, conforme as necessidades das situações, ou seja, estaria sendo esvaziado de seu sentido original, perigo este não desprezível".

Logo, na Carta Apostólica; Tertio milennio adveniente de 1994, o Papa João Paulo II convidou a Igreja a "um irrenunciável exame de consciência, que deve envolver todas as componentes da Igreja, [e que] não pode deixar de haver a pergunta: quanto da mensagem conciliar passou para a vida, as instituições e o estilo da Igreja?".

O Papa João Paulo II, também em 1995, acrescentou também que o Concílio "não marcou a ruptura com o passado" e até "soube valorizar o património da inteira" Tradição católica. No ano 2000, ele disse ainda que "interpretar o Concílio pensando que ele comporta uma ruptura com o passado, enquanto na realidade ele se põe na linha da fé de sempre, é decididamente desviar-se do caminho" (Discurso do Papa João Paulo II no encerramento d congresso internacional sobre a atuação dos ensinamentos conciliares, 27 de Fevereiro de 2000).

Nesta mesma linha O Papa Bento XVI, em 2005, acrescentou também que "se [...] lemos e recebemos [o Concílio Vaticano II] guiados por uma justa hermenêutica, ele pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a sempre necessária renovação da Igreja". E esta "justa hermenêutica" (ou interpretação), em oposição à hermenêutica tradicionalista ou neo-modernista, consiste na "justa [...] leitura e [...] aplicação" dos documentos conciliares pelo Papa, o Chefe da Igreja Católica. Ainda segundo o atual papa, os católicos devem manter-se fiéis ao Magistério do Papa e à Igreja de hoje, que está precisamente expressa nos documentos deste Concílio. (The Ratzinger Report, San Francisco: Ignatius, 1985, 28-29, 31).

Nesta Indole, o Papa Bento em 8 de setembro de 2006 fundou canonicamente o Instituto Bom Pastor, como sociedade de vida apostólica de Direito Pontifício, conferindo a ele a missão primaria e carinhosa da recepção da Forma extraordinária do rito Latino, e promoção desta rica tradição litúrgica entre os fieis e também como caminho especial para os que voltarem a comunhão com Roma, e instituir paróquias pessoais para celebrar o rito Gregoriano seu rito próprio.

Além de conferir a missão a IBP segundo as palavras do Superior Geral do Instituto Bom Pastor, Pe. Philippe Laguérie, transcritas abaixo: de “sob a condução do Papa, pois somente ele pode fazer isso, de restabelecer a autenticidade da doutrina católica” ou seja o restabelecimento da “autêntica interpretação desse Concílio [Vaticano II]” em meio “Há questões teológicas pontiagudas, em particular aquelas concernentes ao Concílio Vaticano II”. Abaixo alguns trechos do discurso do Pe. Philippe no dia 10 de setembro de 2006. Alguns tradicionalistas salientam que bento XVI deu liberdade de se fazer criticas construtivas ao Vaticano II, mais pelo que podemos notar, não trata-se de criticas dadas a qualquer um, pois nem missão nossa é sim do Papa, que esta conduzindo a IBP como ajudante, para auxiliar em uma justa, e “autêntica interpretação” do Vaticano II.

“Há questões teológicas pontiagudas, em particular aquelas concernentes ao Concílio Vaticano II. Sobre este ponto nós temos a obrigação, também, o que é inesperado, de trabalhar, sob a condução do Papa, pois somente ele pode fazer isso, de restabelecer a autenticidade da doutrina católica”. (Superior Geral do Instituto Bom Pastor, Pe. Philippe Laguérie, em seu discurso proferido na igreja de Saint Eloi, dia 10 de setembro de 2006,)

“Quero dizer com essas palavras que tudo o que há de ambíguo, e até de falso, deve ser restabelecido por nós, tendo em vista dar por fim uma autêntica interpretação desse Concílio. O que supõe de outro lado que essa interpretação não existe totalmente ainda, e vou dar alguns exemplos: a liberdade religiosa fez escorrer muita tinta, vós o sabeis, e efetivamente, há coisas aparentemente e textualmente contraditórias com o Magistério precedente. O Papa Bento XVI, quando era ainda o Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, retificou essa doutrina, quando esteve na Argentina em 1988, por ocasião das sagrações feitas por Monsenhor Lefebvre”. (Superior Geral do Instituto Bom Pastor, Pe. Philippe Laguérie, em seu discurso proferido na igreja de Saint Eloi, dia 10 de setembro de 2006,)

“Eu não desejaria aqui entrar nos pormenores da Teologia, mas, enfim, eu vos citarei ainda um outro exemplo, o famoso, ‘subsistit in’. Está dito, no Concílio Vaticano II que a Igreja fundada por Cristo subsiste na Igreja Católica. Enquanto que a doutrina tradicional é evidentemente que a Igreja fundada por Cristo, é a Igreja Católica”.( Superior Geral do Instituto Bom Pastor, Pe. Philippe Laguérie, em seu discurso proferido na igreja de Saint Eloi, dia 10 de setembro de 2006,)

Código de Direito Canônico, aceitar ou rejeitar o concilio mesmo com seu caráter pastoral e doutrinal?

Por fim queremos ressaltar alguns dados do (CDC), pois dizem os Tradicionalistas que os documentos do Concílio ensinam erros que, nós mesmos não encontrados e que pelo fato do Concílio não ter sido dogmático, alega-se que é legítimo recusar seus ensinamentos “meramente pastorais”.

Ensina o Código de Direito Canônico:

Cân. 337 § 1. O Colégio dos Bispos exerce seu poder sobre toda a Igreja, de modo solene, no Concílio Ecumênico. § 2. Exerce esse poder pela ação conjunta dos Bispos espalhados pelo mundo, se essa ação for, como tal, convocada ou livremente aceita pelo Romano Pontífice, de modo a se tornar verdadeiro ato colegial.

Cân. 341 § 1. Os decretos do Concílio Ecumênico não têm força de obrigar, a não ser que, aprovados pelo Romano Pontífice junto com os Padres Conciliares, tenham sido por ele confirmados e por sua ordem promulgados. § 2. Para terem força de obrigar, precisam também dessa confirmação e promulgação os decretos dados pelo Colégio dos Bispos, quando este pratica um ato propriamente colegial, de acordo com outro modo diferente, determinado ou livremente aceito pelo Romano Pontífice.

O Concílio do Vaticano II foi Ecumênico, como explicamos logo, nele a Igreja exerceu seu poder maximo sobre toda Igreja foi convocado pelo Pontífice Romano, João XXIII conforme o cân. 337. Seus decretos foram confirmados e promulgados pelo Papa, logo tem poder de obrigar toda a Igreja, conforme o cân. 341, ao contrário do que ensinam os tradicionalistas. A confirmação de que toda Igreja também deve aceitar os ensinamentos não dogmáticos encontramos no cân. 752.

Cân. 752 Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela.

Conclusão

Recordemos o ensinamento do Papa Gregório XVI, na sua encíclica Mirari Vos.

“Reprovável seria, na verdade, e muito alheio à veneração com que se devem acolher as leis da Igreja, condenar, somente por néscio capricho de opinião, a doutrina que foi por ela sancionada, na qual estão contidas a administração das coisas sagradas, a regra dos costumes e dos direitos da Igreja, a ordem e a razão dos seus ministros, ou então acoimá-la de oposicionista a certos princípios de direito natural, julgando-a deficiente e imperfeita, ou ainda sujeitando-a à autoridade civil. Constando, com efeito, como reza o testemunho dos Padres do Concílio de Trento (Sess. 13, dec. de Eucharistia in proem.).

Sobre a autoridade do Concílio Vaticano II, o valor dos seus documentos e a maneira de acolhê-los, assim explicou o Papa Paulo VI e vale mais uma vez repetir: “Dado o caráter pastoral do Concílio, ele evitou pronunciar de uma maneira extraordinária dogmas que comportassem a nota da infalibilidade, mas ele dotou seus ensinamentos da autoridade do magistério ordinário supremo; esse magistério ordinário e manifestamente autêntico deve ser acolhido dócil e sinceramente por todos os fiéis, segundo o espírito do concílio concernente à natureza e os fins de cada documento” (Paulo VI, audiência geral de 12 de janeiro de 1966).

A Congregação para a Doutrina da Fé, na Instrução Donum Veritatis, n. 17, de 24 de maio de 1990, assim nos instrui:

“Deve-se, pois, ter em mente a natureza própria de cada uma das intervenções do Magistério e o modo pelo qual é empenhada sua autoridade, mas também o fato de que todas procedem da mesma Fonte, isto é, de Cristo, que quer que seu povo caminhe na verdade plena. Pelo mesmo motivo, as decisões do Magistério em matéria de disciplina, embora não sejam garantidas pelo carisma da infalibilidade, não deixam de gozar também da assistência divina e exigem a adesão dos fiéis cristãos".

John Lennon J. da Silva
Apostolado S. Clemente Romano

Referencias:

[1] WIKIPEDIA. Concílio Vaticano II. Enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_Vaticano_II Acesso em: 26 julho 2010.

[2] LIMA, Alessandro. Pode um católico negar obediência ao Concílio Ecumênico do Vaticano II? Brasília: Apost. Veritatis Splendor: Disponível em: www.veritatis.com.br Acesso em: 27 junho 2007.

[3] ACIDIGITAL. Concílio Vaticano II não está aberto a interpretações livres, precisa autoridade vaticano. [Noticia do dia 10 de Novembro de 2007]. Disponível em: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=11933 Acesso em: 26 julho 2010.

[4] Arráiz, José Miguel. Apologia do Concílio Vaticano II. [tradução livre por John Lennon J. Da Silva] Disponível em: www.apologeticacatolica.org Acesso em: 10 janeiro 2010.

[5] Patrick Madrid e Pete Vere. O Vaticano II foi um concílio “meramente pastoral? [tradução Maite Tosta] Disponível em: http://sobrearochadepedro.blogspot.com/2010/03/o-vaticano-ii-foi-um-concilio-meramente.html Acesso em: 24 julho 2010.

[6] BRODBECK, Rafael Vitola. Algumas questões sobre o Instituto Bom Pastor. Disponível em: http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=OPINIAO&id=opi0179 Acesso em: 22 julho 2010.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bento XVI alerta para a influência de "formas mais agressivas de secularismo"

Primeiro discurso do Papa no Reino Unido frisa que supremacia cultural do país implica responsabilidades no bem comum

No primeiro discurso proferido no Reino Unido, Bento XVI pediu respeito pelas expressões tradicionais e culturais que as “formas mais agressivas de secularismo" não admitem.

“Hoje, o Reino Unido esforça-se por ser uma sociedade moderna e multicultural. Que neste nobre desafio ele guarde sempre o seu respeito pelos valores tradicionais e as expressões da cultura que formas mais agressivas de secularismo não apreciam nem sequer toleram”, assinalou o Papa.

Na alocução pronunciada no palácio de Holyrood, em Edimburgo, Bento XVI pediu para que “não se obscureçam os fundamentos cristãos” que sustêm as liberdades dos povos residentes no país e faz um apelo para que esse património inspire o “exemplo” que o país “dá aos dois mil milhões de membros da Commonwealth e à grande família das nações de língua inglesa”.

Perante a rainha de Inglaterra, Isabel II, que discursou em primeiro lugar, o Papa frisou também que o influência do Reino Unido no contexto mundial “impõe uma especial obrigação de actuar com sabedoria com vista ao bem comum”.

O Papa dirigiu-se também aos meios de comunicação britânicos, que devido à sua audiência “têm uma responsabilidade mais grave do que a maioria e uma maior oportunidade para promover a paz das nações, o desenvolvimento integral dos povos e a difusão dos autênticos direitos humanos”.

Depois de evocar as raízes cristãs do país, Bento XVI aludiu ao seu papel no combate contra o regime de Hitler, especialmente durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

“Podemos recordar como a Grã-Bretanha e os seus dirigentes enfrentaram a tirania nazi que pretendia erradicar Deus da sociedade e negava a muitos a nossa humanidade comum, especialmente aos judeus, a quem não consideravam dignos de viver”, disse.

“Lembro também – prosseguiu – a atitude do regime em relação aos pastores cristãos ou aos religiosos que proclamaram a verdade no amor, opuseram-se aos nazis e pagaram essa posição com as suas vidas.”

O discurso papal realçou a influência positiva que o país teve na pacificação que se seguiu ao conflito: “Há 65 anos, a Grã-Bretanha jogou um papel essencial ao suscitar o consenso internacional do pós-guerra, que favoreceu a criação das Nações Unidas e inaugurou um período de paz e prosperidade até então desconhecido na Europa”.

Bento XVI visita o Reino Unido entre 16 e 19 de Setembro, passando pelas cidades de Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham.

Foto: Bento XVI e Rainha Isabel II no Palácio de Holyrood House, Edimburgo.

Fonte:


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Relançamento da pagina Oficial do Apostolado SCR


Imagem no site

Hoje dia 15 de Setembro de 2010 festividade em honra de Nossa Senhora das Dores, padroeira da Diocese de Caruaru, a qual faz parte o Apostolado São Clemente Romano, neste mensurável dia esta sendo relançado oficialmente a pagina principal do Apostolado SCR.

Visitem e confiram a pagina dedicada a Apologética Católica no Brasil!


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Por que Bento XVI presidira à beatificação de Newman?

Usualmente cerimônia fica a cargo do prefeito da Congregação para as Causas dos Santos

Pela primeira vez, Bento XVI presidirá a uma cerimônia de beatificação. Será no dia 19 de setembro, com a chegada aos altares do cardeal John Henry Newman, no Hyde Park, em Londres.

A última vez que um papa presidiu a uma cerimônia deste tipo foi a 3 de outubro de 2004, quando João Paulo II beatificou na praça de São Pedro Pierre Vigne, Joseph-Marie Cassant, Anna Katharina Emmerick, Maria Ludovica de Angelis e Carlos de Áustria.

Desde o começo de seu pontificado, Bento XVI estabeleceu que as cerimônias deste tipo deveriam se fazer nas dioceses de origem de cada beato. O Papa ordenou que fossem presididas pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em sua representação.

Este mês se celebram outras duas beatificações em diferentes dioceses na Europa: a de frei Leopoldo da Alpandeire Sánchez Márquez, em Granada (Espanha), aconteceu a 12 de setembro, e a de Chiara Badano, no santuário do Divino Amor, em Roma, realiza-se dia 25. Eventos presididos pelo arcebispo Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

O padre Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, em um encontro com os jornalistas na sexta-feira, explicou que a beatificação do cardeal Newman se trata de uma excepção. “Esta cerimônia está muito unida à viagem do Papa ao Reino Unido”, disse.

Bento XVI sente um apreço especial pela figura do cardeal Newman. Em 1990, escreveu o prólogo do livro Apologia pro vita sua, uma autobiografia do futuro beato. O então cardeal Ratzinger confessava no texto a importância do pensamento de Newman durante seus estudos de filosofia no seminário de Freising.

“Para nós, naquele tempo, o ensinamento de Newman sobre a consciência chegou a ser uma base importante do personalismo teológico, cujo desenho nos era oferecido equilibradamente”.

“Nossa imagem do ser humano, assim como nossa imagem da Igreja, ficava penetrada por este ponto de partida”, disse o hoje Papa Bento XVI.

"De Newman aprendemos a compreender o primado do Papa", assegurou. “Liberdade de consciência”, nos dizia Newman, não equivale a ter direito “a prescindir da consciência, a ignorar o legislador e juiz, a ser independente de obrigações invisíveis”.

Por isso, esta beatificação é “um sinal particular de apreço, de interesse e importância que o Papa atribui a esta figura”, disse padre Lombardi.

Fonte:

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 13 de setembro de 2010 (ZENIT.org). Por Carmen Elena Villa. Disponível em: http://www.zenit.org/article-26003?l=portuguese Acesso em 13 setembro 2010.

sábado, 11 de setembro de 2010

Igreja Católica ou a Seita dos Testemunhas?


Alguns pontos distintos a destacar sobre a única Igreja de Cristo e os Testemunhas de Jeová, breve e superficial comparação sobre alguns aspectos da história dos Tjs e da fundação da Igreja de Cristo.

Igreja Católica

Sobre a fundação da Igreja católica única Igreja Fundada a mando de Cristo e entregue a Pedro, disse o próprio Jesus “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mt 18,19, posteriormente Pedro fundou a Igreja em Roma, passou o governo a Lino seu Sucessor e Segundo Papa, de “Apascentar as ovelhas” Jo 21,17 que Jesus tinha passado unicamente a Pedro após a Ressurreição, de lá para cá fora 265 papas em sucessão guardando os mandamentos de Cristo e com a Missão de “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” diga a ela: “que há uma só fé, um só batismo,e um só Senhor” Efésios 4,5. Veja o que Cristo disse que aconteceria após a sua partida junto para Deus pai At 20.29.

Atualmente existem vários grupos, e comunidades religiosas e as tidas “Igrejas” é um sinal da volta de Cristo, escatologicamente profetizada.

“Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição” II Tess 2,3: Apostasia significa: deserção da fé verdadeira, mudança ou abandono de Religião explique a ela, Na Escritura há inúmeras exortações contra os falsos profetas dos últimos dias cf. I Jo 4,1; “Assim como houve entre o povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos doutores que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Eles, renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si uma ruína repentina” II Pd 2, 1: um destes falsos profetas é Charles T. Russell - O profeta e fundador dos Testemunhas de Jeová. Que não o seguem são caluniados, pois a verdade é caluniada “Muitos os seguirão nas suas desordens e serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado” II Pd 2, 2:

“Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.” II Tm 4,3

A Igreja católica é a verdadeira “Coluna e sustentáculo da Verdade” (ITm 3,15) não mente não ensina o erro, e não fora fundada por homens mais sim por ordem do Deus Filho! Ela é a arvore boa que dá bom frutos veja . Mt VII, 15 a 20.

A Seita dos Testemunhas

Enquanto a seita dos Testemunhas, que não acreditam na Divindade do Senhor Jesus, negam a pessoa e divindade do Espírito Santo, e nem muito menos acreditam no dogma da Trindade, dizem que Jesus é o arcanjo Miguel, só o grupo deles serão salvos, o céu será na terra, creem na inconsciência dos mortos, que Jesus não vira novamente em Pessoa, e tampouco ressuscitou em pessoa física, que o homem não possui alma. E muitas outras abobrinhas e heresias.



Sobre sua fundação os testemunhas surgiram nos Estados Unidos em 1874 com Charles Taze Russel que antes tinham pertencido a Igreja Congregacional americana, teve graves problemas psicológicos já na adolescência, depois de uma conversa com um ateu durante este período deixou de acreditar na existência do inferno, posteriormente o pastor Russel fundou os “Testemunhas” ainda mantinha estas crenças na não existência do inferno mesmo com a Bíblia na mão, é tido como um especialista bíblico pelos seus seguidores, “mas frente a um Tribunal no Canadá, jurou a todos conhecer o grego, a língua do Novo Testamento, fato que fora trazido um texto em grego, e assim foi obrigado a confessar que não conhecia esta língua, sendo assim cometeu o pecado de perjúrio, pois jurou em nome de Deus.” (BATTISTINI, Frei. 1991, p. 137,138.).

Extorquiu muito dinheiro do povo com seu estilo de pregador, em 1897 foi acusado de adultério pela sua esposa, a mesma acabou separando-se, sob a acusação de adultério do mesmo com duas mulheres seus atuais seguidores, não mencionam muito seus dados bibliográficos não! O grande propagador de suas doutrinas e outras invenções foi Joseph Franklin Rutherford, esse deu o nome “Testemunhas dc Jeová” esse por fim depois de alguns fatos e muitas profecias não compridas, morreu riquíssimo em 1942.

Por fim concluímos que nem digna é esta comparação, não há de forma alguma como comparar A Igreja de Cristo, a vás filosofias, e comunidades fundadas s mãos de homens falhos e poucos dotados de ortodoxia, que tributam vida e concepções errôneas e heréticas. “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” (1 Coríntios 11:19)

Referencias:

(BATTISTINI, Frei. A Igreja do Deus Vivo. Curso bíblico popular sobre a Igreja verdadeira. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. 1991, p. 137, 138.)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Papa Bento XVI envia mensagem aos fiéis Ingleses

Durante a Audiência Geral na manhã de ontem, na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos fiéis da Grã-Bretanha, na qual expressou sua grande expectativa por sua próxima visita ao Reino Unido, que se realizará entre os dias 16 e 19 de setembro.

“Espero com grande expectativa a visita, dentro de uma semana, ao Reino Unido e saúdo de todo coração o povo da Grã-Bretanha”, disse o Santo Padre. Ele indicou que está ciente do grande trabalho que requer a preparação da visita e agradeceu as pessoas que têm trabalhado e rezado pelo bom andamento da visita e para que Deus derrame muitas bênçãos sobre a Igreja e o povo do Reino Unido.

Nesse sentido, manifestou seu “grande apreço pelos esforços feitos para conseguir que os diversos acontecimentos previstos sejam realmente eventos felizes. Graças às inumeráveis pessoas que rezaram pelo êxito da visita e pela efusão da graça de Deus sobre a Igreja e o povo de sua nação".
Bento XVI também se referiu à beatificação do Cardeal John Henry Newman. Disse que será “um motivo de alegria especial” beatificar “este grande inglês” que “viveu uma vida sacerdotal exemplar e com seus numerosos escritos contribuiu um aporte duradouro à Igreja e à sociedade, tanto em sua terra natal como em muitas outras partes do mundo”.

“Espero fervorosamente e rezo para que cada vez mais pessoas se beneficiem de sua amável sabedoria e se inspirem em seu exemplo de integridade e santidade de vida", disse o Papa.

Em sua mensagem, o Santo Padre também manifestou seu desejo de “reunir-me com representantes das diferentes tradições religiosas e culturais que conformam a população britânica, assim como com seus líderes civis e políticos”.

“Estou muito agradecido à Sua Majestade a Rainha e ao arcebispo de Cantuária por me receberem e desejo encontrar-me com ambos. Embora sinta que há muitos lugares e pessoas que não terei a oportunidade de visitar, quero que saibam que os recordo a todos em minhas orações. Deus abençõe o povo do Reino Unido!”, finalizou o Papa.

Fonte:

Cidade do Vaticano, 09 set (RV). Disponível em: http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=421185 Acesso em 9 setembro 2010.