quinta-feira, 24 de maio de 2012

Por que Deus se fez homem? (Artigo IV)

Por Eduardo Moreira.
Quem é o homem e por que ele foi criado?
Continuando os artigos anteriores, é conveniente saber quem é o homem e por que ele foi criado. Não se fala mais hoje sobre o que dizia o pensamento medieval acerca do homem enquanto ser racional, criado a Imagem e Semelhança de Deus para amá-lo, tendo o livre arbítrio para decidir que caminho seguir.
Na obra Por que Deus se fez homem de Santo Anselmo consta que há um número perfeito planejado por Deus a ser preenchido com criaturas racionais para gozarem junto do criador dum paraíso. Logo, os anjos foram criados racionais para desfrutarem desse paraíso divino, mas um número dos anjos caiu e assim o número perfeito ficou distante de ser preenchido.
Falando primeiramente dos anjos, sabemos que os que caíram sofreram a queda por algum motivo. A primeira possibilidade é que foram criados mais anjos que o número perfeito, o que fez com que alguns anjos tivessem que cair posto que Deus não pôde ter calculado mal esse número. Tendo-se que Deus é imensamente sábio e bom, essa hipótese é absurda, pois seria o mesmo que dizer que Deus criou de má fé um número excedente de anjos, já pensando em deixar que alguns caíssem. A segunda possibilidade é que os anjos foram criados para fazerem parte do número perfeito, mas não prevaleceram nesse número e assim usando sua racionalidade e seu livre arbítrio, escolheram sem retorno a queda no pecado. Em outra oportunidade mostrar-se-á o porquê dos anjos caídos não poderem se reconciliar, mas por hora ficará apenas que a segunda hipótese é a mais lógica.
Se havia um número perfeito, esse número deve ser preenchido a fim de manter a perfeição natural querida por Deus. Esse número deve ser preenchido ao menos substituindo o número dos anjos caídos, mas ficará claro adiante que é superior. O número perfeito pode ser atingido mediante a criação de anjos ou de homens, todavia, a geração de novos anjos não pode seguir a reta justiça de Deus.
Os anjos são andróginos e por isso são incapazes de gerar novos anjos. Logo, ou Deus poderia criar novos anjos, ou poderia criar outro ente dotado de raciocínio que fosse capaz ao menos de substituir os anjos caídos e quiçá completar o número perfeito. Assim uma das hipóteses deveria ser cumprida para que a obra de Deus fosse perfeita.
Em uma análise vê-se que se Deus criasse anjos novos seria injusto posto que os anjos caídos, se não tivessem pecado seriam mais dignos de glória que os novos anjos. Os anjos que caíram se não tivessem caído seriam mais dignos do mesmo elogio que os anjos novos. Os antigos anjos que não pecaram, vendo o castigo dos anjos pecadores perseveraram, mas não foi por isso que ficaram de pé e sim por seu estado de plenitude e amor a Deus que escolheram, ou seja, por seu próprio mérito. Se houvesse de cair algum anjo para que os outros se confirmassem na fé, ou todos cairiam ou deveria necessariamente haver a queda de alguns para que os outros perseverassem. Como ambas hipóteses são absurdas, vemos que os anjos confirmados se confirmaram por seu próprio mérito. Assim nota-se que anjos novos e antigos não seriam iguais e isso seria, de fato, indigno.
Pelo raciocínio acima observa-se que novos anjos não podem ser criados para substituir os antigos, pois isso seria injusto e nenhuma injustiça pode vir de Deus. Vários motivos impedem que anjos se reconciliem com Deus, impedindo que anjos maus voltem a fazer parte do número perfeito. Os anjos, ao contrário dos homens, não  descendem de um mesmo anjo e por isso não podem ser remidos por um Deus-anjo comum posto que cada anjo é único em gênero e teria que remir a si mesmo. Deus não pode encarnar em cada anjo caído para remi-lo. Como os anjos não têm descendência, Deus não pode se encarnar em um único anjo para remi-los todos. Anjos não são mortais e assim não existiria o sacrifício de um Deus-anjo bem como não pode haver encarnação de Deus num anjo posto que anjos não têm carne. Por fim, os anjos estão em estado de plena consciência atemporal, conhecendo no ato de sua rebeldia todas as conseqüências dessa sendo assim incapazes de se arrependerem de alguma ação. Logo, uma vez cometido um pecado por um anjo, ele não pode mais voltar atrás e após pecar certamente cairá.
Partindo dos dois parágrafos anteriores vemos que Deus não pode remir os anjos e que não pode criar novos anjos, posto que a criação de novos anjos seria uma desigualdade e uma injustiça no que tange os méritos angelicais. Ver-se-á agora que se os anjos existiam em perfeito número, os homens foram criados apenas para substituí-los. Por outro lado, se não havia anjos em perfeito número, os homens foram criados de forma a substituir os anjos réprobos e completar o número perfeito e, portanto, deverá haver mais homens que anjos prevaricadores.
Se Deus criou os anjos em perfeito número, tem-se que o homem foi criado após os anjos e exclusivamente para substituir esses. Todavia, isso seria perverso, pois não pode ser digno de Deus criar o ser humano unicamente para substituir os anjos caídos, afinal, isso soa como um mero capricho divino. Tem-se que, por outro lado, se homens e anjos foram criados juntos e sendo que anjos não deixam descendência, coube aos homens o papel de completar o número imperfeito e, eventualmente se houvesse queda de anjos, substituir esses anjos que caíram. Ora, o homem então por esse segundo raciocínio, é, embora frágil e mortal, capaz de se elevar ao tão perfeito estado dos anjos e com isso o homem pode certamente substituí-los. Deus certamente em sua infinita sabedoria já estava ciente de que tanto homens como anjos poderiam prevaricar, mas seguramente a defesa de Deus em relação aos homens é maior devido à sua maior fragilidade. Dessa maneira, é mais lógico que homens e anjos foram criados em número imperfeito e cabe aos homens tanto substituir os anjos réprobos como completar o número perfeito.
Outro argumento mostra que seria perverso dizer que os homens foram criados apenas para substituir anjos caídos: se assim fosse a felicidade da salvação dos homens seria a mesma felicidade de se contemplar a queda dos anjos, afinal, aquela dependeria dessa. Deus, que é infinita bondade, não pode criar um ente que se regozije com a desgraça alheia. Logo, homens e anjos foram criados juntos pela infinita justiça de Deus. Alguém pode objetar dizendo que foi pela negação dos judeus que os demais povos conseguiram a redenção, o que seria tão injusto quanto criar homens apenas para completar o número de anjos caídos. Esse argumento é, entretanto falso. O Messias veio para todos os homens, independentemente da aceitação dos judeus ou não. Logo, os apóstolos não pregaram aos gentios porque os judeus não aceitaram a salvação, mas aproveitaram que os judeus negaram o Cristo para levar o Evangelho aos que queriam ouvi-lo, que no caso eram os gentios, pois toda pessoa que teme à Deus e pratica o bem lhe é agradável (At 10, 35).
Se, pois, é um inconveniente que o homem se alegre com a queda dos anjos e se não pode haver inconveniente na Jerusalém Celeste, então é de todo impossível que os homens tenham sido criados apenas para preencher um número de anjos caídos. Além disso, é um número misterioso a soma dos anjos caídos com o número de homens que falta para completar a Cidade Gloriosa, o que parece mais lógico aos insondáveis desígnios de Deus, pois não cabe aos homens saber quantos homens hão de se salvar. É bom dizer aqui também que não é digno de Deus criar homens para que se percam. Deus, portanto, criou os homens sendo todos eles passíveis de alcançarem a Salvação.

sábado, 12 de maio de 2012

O cerne de uma alma que busca humilhar-se

Por Tiago de Oliveira P. Correia



“Mãe, ensine-me a ser nada, para que Cristo seja tudo em mim. Amém”.

Partindo dessa premissa, eu inicio: ah, se fôssemos humildes como a Mãe de Deus! Ah, grande espelho de virtude, humildade e beleza! Oh, grande exemplo de amor e servidão à Verdade, verdade essa que é imutável e Eterna!

Oh, Virgem Maria, assim como Santa Teresinha disse: “Prestai atenção ao que faz Maria; imitai-a... e esse Deus de bondade recompensará vossa fé". Ah, Deus meu, Deus de bondade, dai-me essa graça!

Sim, minha Mãe, rogue por mim a Deus para que eu possa ser inexorável ao que é imoral e que eu possa estar nos trilhos dos planos de Deus em minha vida, igual à Senhora, minha Mãe, pois não deixou brecha para o pecado em sua vida, ó Cheia de Graça. Mariae, Gratia Plenam Dominus tecum! Foi a Senhora quem disse: “Ecce ancilla Domini; fiat mihi secundum verbum tuum ” (Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se de mim segundo a tua palavra).

Sim, Senhor, dai-me essa graça!

Deus meu, muitas vezes me entristeço, pois, freqüentemente, sou fraco e frouxo! Como S. Josemaría Escrivá disse: "Não sejas frouxo, mole. Já é tempo de repelires essa estranha compaixão que sentes por ti mesmo." Sim, Senhor, quantas vezes fui e sou assim! Quantas vezes fui frouxo e mole, temendo as humilhações e tribulações? O que temo, Pai? Dai-me o desejo de mortificar-me a cada dia mais, dai-me o desejo de ser humilhado por Vós, Senhor! Dai-me um incessante desejo de lutar por Vós, em Vossa defesa, em defesa da Vossa Santa Mãe, dos Vossos Santos, em defesa da Vossa Santa Igreja Católica! Ah, Deus meu! Como eu quero, como eu quero!

Quando poderei dizer o que Santa Teresinha do Menino Jesus disse, Dominum nostrum? "Não tenho decepções, pois a quem só espera sofrimentos a mínima alegria o surpreende."

Como é difícil entender que não devo acreditar nas pessoas, pois elas mudam tão facilmente; mudam como o vento. Só decepção, que insensatez! Sensato mesmo é crer somente em Vós, meu Deus! Decepção nenhuma encontrarei em Vós, Deus de minh’alma!
Ah, Pai, quantas vezes hesito, dai-me vossa graça!

Vejo tantas seitas, tantos hereges, tanta gente que precisa de Vós, oh Pai! Entristece-me muito ver que na sua Santa Igreja existem pessoas com pensamentos rasteiros e mundanos, profanando o templo do Espírito Santo, servindo a satanás e a seus anjos decaídos! Entristece-me ver a falta de humildade dessas pessoas, pois preferem crer na verdade que elas mesmas fizeram e não na Verdade que Sois, não na Verdade Eterna e Imutável! Deus meu, não duvido que, devido à soberba e à pretensão desses homens, um dia dirão que 1+1 não são 2! Piedade, Senhor! Tende misericórdia desses tolos, insensatos, lascivos, néscios e idólatras, pois se fazem como deus.

Sim, Deus meu, como são doces vossas Leis, tão doces e deliciosas quanto o mel.  Como é bom caminhar por este caminho tão estreito e tão longo. Vosso Caminho, Senhor, é ladrilhado com as mais belas e valiosas pedras! Cada pedra representa vossas verdades reveladas à Vossa Santa Igreja Católica, fora da qual não há salvação. Esse conjunto de ladrilhos, Senhor, forma um só caminho, pois como há um Só Senhor, não poderá haver outro Caminho para chegar até Vós; sensato é o que vê, crê, obedece e comunga a fé da Igreja Una.

Em última análise, Senhor, humildade é deixar de lado o nosso querer e submeter-nos ao vosso querer. É ser radical no vosso propósito para conosco, Domine! Humildade é dizer como Santo Inácio de Loyola: “Acredito que o branco que vejo é negro, se a hierarquia da Igreja assim o tiver determinado." Humildade é ser como o doutor angélico, São Tomás de Aquino: “Espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós. Se, por ignorância, fiz o contrário, revogo tudo e submeto todos os meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana.” Aaaaaah, Senhor, quanta humildade, dai-me essa graça.

Pauper e humilis, Domine! Sim, Senhor, quero ser pobre e humilde; e, como Santa Teresinha do Menino Jesus: “Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros”.

Santa Teresinha ainda diz: “Não quero ser santa(o) pela metade. Não me faz medo sofrer por Vós. A única coisa que me dá receio é a de ficar com minha vontade. Tomai-a Vós, pois “escolho tudo” o que Vós quiserdes!...”  

 Ah, ser humilde como São Francisco! "Tanto é o bem que espero... que todo sofrimento para mim é alegria.”

Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco de Assis, ora pro nobis, orem para que o Senhor dê-me essa graça e para que eu possa imitá-los, pois imitaram a Cristo!

Sensatos foram os Santos! Ah, sim, Senhor, é belo ver a bravura com que os Santos lutaram por Vós. Quero isso para mim, Pai. Os Santos jogaram os seus nomes na lama por Vós, meu Deus. Dai-me essa graça!

Ah, Senhor, clamo-Vos para que façais Justiça (Ap 6, 10); pois cheguei num momento em que não estou suportando mais! Anseio por aquele dia em que Vós direis: “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.” (Ap 3,15-16)

“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos? Toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Pelos seus frutos os conhecereis.”

“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!” (Mt 7, 16-23).

O Papa São Pio X dizia: "os homens vos acusarão de papistas, retrógrados, intransigentes; Orgulhai-vos disso!" Assim, dai-me a graça de um dia receber a coroa da vitória e da justiça.

Sim, Senhor, desejo isso para mim. Queira o Senhor que um dia possa ver-Vos, junto com Vossa Mãe, todos os Santos, anjos e arcanjos! Amém

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Por que Deus impôs uma prova aos espíritos angélicos?

                                                                                                     Por Carina Caetano*


No artigo passado vimos atributos essenciais a respeito de quem são os anjos, de quem são os demônios, o que caracteriza e faz um e outro.

 Como vimos, os seres angélicos foram, assim como nós o somos hoje, submetidos a um tempo de prova, e no artigo desta semana veremos mais a fundo o porquê Deus quis proceder dessa forma também em relação aos anjos. Seguiremos ainda o embasamento teológico do padre espanhol José Antonio Fortea, exorcista pertencente à diocese do município de Alcalá de Henares, em Madri, e que em 1998 defendeu sua tese de licenciatura “O exorcismo na atualidade”.

 Há três poderosas razões para que Deus concedesse essa prova aos anjos:

 1 – A razão menos importante de todas é que Deus precisava estabelecer uma condição para que cada espírito angélico o contemplasse num determinado grau, visto que Deus é um bem infinito e os anjos, por gloriosos que sejam, possuem uma capacidade finita, ainda que imensa, de contemplá-lO. Logo, Deus concedeu a prova para que cada anjo determinasse por própria vontade, ação e perseverança o grau com que gozaria da plenitude de Deus. É como se cada um dos espíritos angélicos fosse um vazo, o qual cada um tem sua medida para estar cheio até a borda. E essa medida seria determinada pela perseverança e entrega de cada anjo. É um ato de bondade muito grande da parte de Deus. Um bem infinito sendo contemplado por criaturas finitas, permitindo a estas que elas mesmas determinassem o grau de glória com que contemplariam Sua Sagrada Face.

 2 – A fé de cada anjo só poderia ser desenvolvida sem a visão beatífica de Deus, pois uma vez que se contempla a Deus tal como Ele é, a única atitude a se tomar é agradecer pelo que se contempla. Não há mais fé onde há visão, e só a fé, somente a vista parcial de Deus é que poderia permitir aos anjos crescer em perseverança, fé, humildade, súplica, etc.

Porém, há que se observar que com a liberdade dada aos espíritos angélicos para que evoluam segundo sua entrega em glória, há também a possibilidade do surgimento do mal, uma vez que a liberdade consumada sempre vem acompanhada por suas conseqüências. Deus sabe que a liberdade concedida às Suas criaturas pode fazer surgir tanto uma Madre Tereza de Calcutá como um Hitler. Em contrapartida, percebe-se que o surgimento do mal está longe de ser uma frustração aos planos divinos, haja visto que Deus sabe muito bem que a liberdade que Ele concede a cada criatura pode resultar tanto numa boa escolha como numa má escolha. O resultado depende de cada criatura que usufrui desse livre arbítrio, e não de Deus. Querer que apareça o bem espiritual supõe de antemão aceitar que apareça o mal espiritual.

3 – A razão mais importante e poderosa para pôr os anjos a prova é a de obter o amor de um modo livre. Se Deus não usasse da prova, ainda assim seria glorificado pelos anjos a partir da visão beatífica que estes teriam de seu Criador. Porém, Deus é um ser que ama e que quer ser amado, e esse amor entregue a Ele por parte de suas criaturas não poderia existir se não houvesse uma prova. O mesmo Deus que cria todo o universo, que realiza o impossível, não pode criar esse amor daquele que é provado na fé. O amor a Deus não se cria, é uma doação por parte da criatura.


Fonte: "Summa Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas", por Pe. José Antonio Fortea, Editora Palavra & Prece, São Paulo 2007.



* Colaboração de Caio C. Pereira

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Exorcista padre Rufus Pereira falece na Inglaterra


Por Carina Caetano.

O padre Rufus Pereira faleceu na madrugada dessa quarta-feira, 2, de uma parada cardíaca durante o sono. A informação foi divulgada hoje pela secretária do sacerdote, Érika Gibello.

O sacerdote estava em sua residência em Londres, na Inglaterra, durante esta semana e aparentava estar bem, segundo divulgou a Irmã Kelly Patrícia, do Instituto Hesed, em suas redes sociais. A religiosa esteve com ele no último sábado, 28, e disse que ele "estava radiante, muito feliz".


O corpo de padre Rufus permanecerá na Inglaterra até que terminem os preparativos para levá-lo à Índia, onde será sepultado. A data ainda não foi divulgada.

Padre Rufus que completaria 79 anos, neste domingo, 6, era conhecido no mundo todo por seu ministério de exorcismo. Ele foi vice-presidente da Associação Internacional dos Exorcistas e iniciou a Associação Internacional para o ministério de libertação. Ele esteve várias vezes na sede da Comunidade Canção Nova.

Biografia

Padre Rufus é sacerdote na Arquidiocese de Bombaim, Índia. Estudou Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Roma, onde foi também ordenado em 1956. É doutorado em Teologia Bíblica.

Durante vários anos serviu como diretor de quatro escolas secundárias em Mumbai. Além de pregador de retiros, conferencista e professor de Bíblia, ele é também editor da Revista Nacional Carismática da India “Charisindia”. É professor de Sagrada Escritura em cursos de pós-graduação em vários Institutos Teológicos Pontifícios. É também presidente da Associação Internacional para o Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas. Publicou numerosos artigos bíblicos e teológicos, especialmente, sobre evangelização e cura.

Conheceu a Renovação Carismática Católica (RCC), em 1972, logo quando esse movimento eclesial teve início na Índia. Foi designado pelo Arcebispo Cardeal Gracias para se dedicar exclusivamente a esse movimento. Desde então atua pregando em encontros, retiros e missões por todo o seu país e também pela Ásia, África, Europa e em alguns lugares na América Latina, como o Brasil, onde esteve várias vezes, inclusive na Comunidade Canção Nova.

Padre Rufus também é diretor do Instituto Bíblico Carismático Católico. Foi recentemente integrado ao International Catholic Charismatic Renewal Services (ICCRS), em Roma, como o responsável mundial pelo ministério de cura e libertação.

Fonte:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=286055