domingo, 27 de outubro de 2013

A Imitação de Maria: Parte XIV

Do apego inquebrável à Santíssima Virgem

Por: Eduardo Moreira

            Maria é a árvore firme na qual estão ligados os galhos frágeis que somos nós, miseráveis pecadores. Falo da árvore, porque a árvore aponta para o céu em seu crescimento, mas está na Terra. Assim também é Maria, isto é, da Terra, próxima dos homens, mas apontando sempre para o alto, que é Deus, de modo firme e inabalável.
            Aquele que se vincula à Santíssima Virgem se abastece do que ela oferece: a fortaleza espiritual. Quem Dela se aproxima toma parte de seus méritos que ela cede gentilmente e torna-se forte por seu auxílio.
            Os cristãos têm, pois, a missão de tornarem Maria mais conhecida e amada. É falta de caridade de um cristão se este conhecer o segredo da Santidade e não revela-lo. Um cristão que assim se comporta age como o homem que tendo recebido talentos os escondeu, conforme narra o Evangelho.
            Quantas almas se perdem em meio às heresias por terem recusado o auxílio maternal de Maria? E quantas almas poderiam se fortalecer mais se estivessem apegados com a Santíssima Virgem? Quantos méritos poderiam conseguir, se reduzissem seu orgulho a pó e, reconhecendo as virtudes de tão boa mãe, as implorassem?
            Temos que quebrar nosso orgulho e implorar o auxílio de Maria diariamente e várias vezes. Não devemos pedir esse auxílio apenas para nós, mas também para outros, em especial os hereges que julgam conhecer a Cristo sem conhecerem sua bondosa mãe.
            Não consegue se salvar aquele que não busca de todo o coração ser reflexo do Espelho da Justiça que é Maria. Ninguém se salva por seus próprios méritos e de forma idêntica, não consegue se salvar pela conduta que ele mesmo julga adequada. Apenas a força de Deus e capaz de salvar aos homens e essa força se mostra acessível ao homem graças à Virgem Santíssima, que mostra a santidade mais próxima da natureza humana.
            Ter fé e amor inquebrável por Maria não é exagero, é cuidado. Maria, como boa mãe mostra-nos o caminho para a salvação e mostra que é possível ser totalmente humano e ser santo. Se Deus quis depender de Maria para encarnar, porque haveria de não querer depender dela para salvar os homens?
            Maria é o espelho fiel de Deus e Ela pode, por misericórdia, mostrar-nos o Pai. Maria, Mãe de Deus, ensina-nos a amar a Deus e a servi-Lo como filhos e escravos vossos.

Oração pedindo o apego a Maria


Concedei-nos, Senhor, a nós que militamos sob o estandarte da Virgem, aquela plenitude de fé em Vós e de confiança em Maria, que nos assegurem a conquista do mundo. Dai-nos uma fé viva, animada pela caridade, que nos leve a praticar as nossas ações, unicamente por amor de Vós, e a ver-Vos e a servir-Vos sempre no nosso próximo; uma fé firme e inabalável como a rocha, que nos conserve calmos e resolutos no meio das cruzes, trabalhos e decepções da vida; uma fé corajosa que nos anime a empreender e prosseguir, sem hesitação, grandes coisas, por Deus e pela salvação do próximo; uma fé que seja a Coluna de Fogo da nossa Legião que nos guie avante unidos, - para acender em todos a chama do Amor divino, - iluminar os que estão nas trevas e sombras da morte, - animar os indecisos - restituir a vida aos mortos no pecado; e nos dirija os passos no caminho da paz; de forma que, terminada a batalha da vida, a nossa Legião possa reunir-se sem uma só perda, no Reino de Vosso Amor e Glória. Amém.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Desmistificando um São Francisco que nunca existiu

Por: Eduardo Moreira

Os adeptos do modernismo, da Teologia da Libertação e das correntes de pensamento ligadas à defesa extremada dos animais e da natureza tentam muitas vezes usar figuras populares da Igreja Católica para justificar seus péssimos procedimentos. Dentre esses procedimentos está o hábito de dizer que não se devem usar paramentos litúrgicos luxosos e para defender essa posição alegam que São Francisco, um dos sublimes santos que já existiram, viveu pobre.
Que São Francisco viveu pobre, isso é fato. Coisa bem diferente era sua posição quanto aos paramentos litúrgicos. O que lhe faltava em riqueza própria era dado por ele mesmo ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Abaixo divulgamos uma carta desse santo aos membros de sua ordem onde ele mesmo defende o uso do luxo no Culto Divino.

Carta de São Francisco aos Custódios da Ordem Franciscana, sobre o Culto Divino.

               “A todos os Custódios dos frades menores que receberem esta carta, Frei Francisco, pequenino servo vosso em Jesus Nosso Senhor, deseja a salvação com os novos sinais do céu e da terra, que, grandes e excelentíssimos aos olhos do Senhor, são contudo tidos em conta de vulgares por muitos religiosos e outros homens.
               Peço-vos ainda com mais insistência do que se pedisse por mim mesmo, supliqueis humildemente aos clérigos, todas as vezes que o julgueis oportuno e útil, que prestem a mais profunda reverência ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo bem como a seus santos nomes e palavras escritos, que tornam presente o seu Sagrado Corpo.
               Os cálices e corporais que usam, os ornamentos do altar, enfim tudo quanto se relaciona ao sacrifício, sejam de execução preciosa.
               E se em alguma parte o Corpo do Senhor estiver sendo conservado muito pobremente, reponham-no em lugar ricamente adornado e ali o guardem cuidadosamente encerrado segundo as determinações da Igreja, levem-no sempre com grande respeito e ministrem-no com muita discrição.
               Igualmente os nomes e palavras escritos do Senhor deverão ser recolhidos, se encontrados em algum lugar imundo, e colocados em lugar decente.
               E em todas as pregações que fizerdes, exortai o povo à penitência e dizei-lhe que ninguém poder salvar-se se não receber o Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor.                                                                                                                                              .              E quando o sacerdote o oferecer em sacrifício sobre o altar, e aonde quer que o leve, todo o povo dobre os joelhos e renda louvor, honra e glória ao Senhor Deus vivo e verdadeiro.                                                                                                    
               Anunciai e pregai a todo o povo o seu louvor, de modo que a toda hora, ao dobrar dos sinos, o povo todo, no mundo inteiro, renda sempre graças e louvores ao Deus onipotente.                                                                                                                                     
                 E todos os meus Irmãos custódios que receberem esta carta e a copiarem e guardarem consigo e a fizerem copiar para os Irmãos incumbidos da pregação e do cuidado dos Irmãos, e pregarem até o fim o que nela está escrito, saibam que terão a bênção do Senhor Deus e a minha.

               E isto lhes seja imposto em virtude da verdadeira e santa obediência. Amém.