quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Desmistificando um São Francisco que nunca existiu

Por: Eduardo Moreira

Os adeptos do modernismo, da Teologia da Libertação e das correntes de pensamento ligadas à defesa extremada dos animais e da natureza tentam muitas vezes usar figuras populares da Igreja Católica para justificar seus péssimos procedimentos. Dentre esses procedimentos está o hábito de dizer que não se devem usar paramentos litúrgicos luxosos e para defender essa posição alegam que São Francisco, um dos sublimes santos que já existiram, viveu pobre.
Que São Francisco viveu pobre, isso é fato. Coisa bem diferente era sua posição quanto aos paramentos litúrgicos. O que lhe faltava em riqueza própria era dado por ele mesmo ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Abaixo divulgamos uma carta desse santo aos membros de sua ordem onde ele mesmo defende o uso do luxo no Culto Divino.

Carta de São Francisco aos Custódios da Ordem Franciscana, sobre o Culto Divino.

               “A todos os Custódios dos frades menores que receberem esta carta, Frei Francisco, pequenino servo vosso em Jesus Nosso Senhor, deseja a salvação com os novos sinais do céu e da terra, que, grandes e excelentíssimos aos olhos do Senhor, são contudo tidos em conta de vulgares por muitos religiosos e outros homens.
               Peço-vos ainda com mais insistência do que se pedisse por mim mesmo, supliqueis humildemente aos clérigos, todas as vezes que o julgueis oportuno e útil, que prestem a mais profunda reverência ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo bem como a seus santos nomes e palavras escritos, que tornam presente o seu Sagrado Corpo.
               Os cálices e corporais que usam, os ornamentos do altar, enfim tudo quanto se relaciona ao sacrifício, sejam de execução preciosa.
               E se em alguma parte o Corpo do Senhor estiver sendo conservado muito pobremente, reponham-no em lugar ricamente adornado e ali o guardem cuidadosamente encerrado segundo as determinações da Igreja, levem-no sempre com grande respeito e ministrem-no com muita discrição.
               Igualmente os nomes e palavras escritos do Senhor deverão ser recolhidos, se encontrados em algum lugar imundo, e colocados em lugar decente.
               E em todas as pregações que fizerdes, exortai o povo à penitência e dizei-lhe que ninguém poder salvar-se se não receber o Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor.                                                                                                                                              .              E quando o sacerdote o oferecer em sacrifício sobre o altar, e aonde quer que o leve, todo o povo dobre os joelhos e renda louvor, honra e glória ao Senhor Deus vivo e verdadeiro.                                                                                                    
               Anunciai e pregai a todo o povo o seu louvor, de modo que a toda hora, ao dobrar dos sinos, o povo todo, no mundo inteiro, renda sempre graças e louvores ao Deus onipotente.                                                                                                                                     
                 E todos os meus Irmãos custódios que receberem esta carta e a copiarem e guardarem consigo e a fizerem copiar para os Irmãos incumbidos da pregação e do cuidado dos Irmãos, e pregarem até o fim o que nela está escrito, saibam que terão a bênção do Senhor Deus e a minha.

               E isto lhes seja imposto em virtude da verdadeira e santa obediência. Amém.