segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Olhar para Cristo “como um modelo de humildade e de gratuidade” convidou o Papa Bento XVI.

Olhar para Cristo “como um modelo de humildade e de gratuidade”. É o convite feito hoje aos fiéis pelo Papa Bento XVI durante o habitual encontro para a oração mariana do Angelus, comentando as passagens evangélicas e a parábola na qual Jesus afirma que “quando você for convidado para uma festa de matrimônio, não se coloque no primeiro lugar, porque talvez exista um convidado mais digno do que você, e aquele que o convidou pedirá para que você dê o seu lugar.

O último lugar – disse o Papa aos peregrinos reunidos no pátio interno da Residência Apostólica de Castel Gandolfo – pode “de fato, representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual só a encarnação do Filho Único pode reerguê-la”.

“Por isso, Cristo mesmo, - acrescentou Bento XVI citando sua encíclica ‘Caritas in veritate' - tomou o último lugar no mundo - a cruz - e, precisamente com esta humildade radical nos redimiu e nos ajuda constantemente”'.

“Mais uma vez, portanto, - disse o Santo Padre - olhamos para Cristo como modelo de humildade e de gratuidade: d’Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, esperando que Aquele que nos convidou nos diga: ‘Amigo, vem mais perto!’; o verdadeiro bem, de fato, é ficar perto d’Ele”.

O Papa citou em seguida São Luis IX, Rei da França – recordado na última quarta-feira – que colocou em prática o que está escrito no Livro de Sirácida: “Quanto maior você for mais humilde deve ser, e você encontrará graça diante do Senhor”.

Bento XVI lembrou ainda que hoje recordamos o martírio de São João Batista, “o maior entre os profetas de Cristo, que soube renegar a si mesmo para dar espaço ao Salvador, e sofreu e morreu por causa da verdade”. E concluiu pedindo a São João e à Virgem Maria que nos guiem no caminho da humildade, para nos tornarmos dignos da recompensa divina.

Em seguida o Papa concedeu a todos a sua Benção Apostólica...

Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos reunidos em Castel Gandolfo Bento XVI destacou que no próximo dia 1º de setembro celebra-se na Itália o Dia da Salvaguarda da Criação, promovido pela Conferência Episcopal Italiana. É um evento já habitual, importante também no âmbito ecumênico.

“Este ano nos recorda que não pode existir paz sem o respeito pelo ambiente. De fato, temos o dever de entregar a terra às novas gerações em um estado tal que também elas possam dignamente habitá-la e conservá-la. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa”.

Saudando os fiéis de língua espanhola o Papa recordou com afeto os mineiros que se encontram soterrados na mina de São José, na região chilena de Atacama.

“Confio eles e seus familiares à intercessão de São Lourenço, assegurando-lhes minha proximidade espiritual e minhas contínuas orações, para que mantenham a serenidade na espera de uma feliz conclusão dos trabalhos que estão sendo feitos para o seu resgate. E a todos – concluiu o Papa - convido a acolher hoje a Palavra de Cristo, para crescer na fé, na humildade e generosidade”.

Fonte:

Castel Gandolfo 29 ago (RV). ANGELUS: CRISTO MODELO DE HUMILDADE E DE GRATUIDADE. Disponível em: http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=418692 Acesso em: 30 agosto 2010.

sábado, 28 de agosto de 2010

O Valor da Patrística

O termo teológico Patrística aplica-se à era dos Padres da Igreja, sua época e suas Obras. Estende se para todo o trabalho a qual realizaram seja eles Dogmático, doutrinário, sistematizar, filosófico. Encontram-se entre as mais importantes figuras da Igreja, que por seu empenho e suas elaborações doutrinárias. Consolidou-se a doutrina da Igreja em seus aspectos fundamentais, vencem-se as heresias e as controvérsias doutrinárias que ameaçavam a integridade da fé e a continuidade da Igreja.

Foram homens movidos pela providência divina para auxiliar a Igreja em momentos difíceis, foram os verdadeiros Guardas do Deposito de fé, a Tradição.

Defenderam teses complexas que versavam sobre questões como: a divindade plena do Cristo, as duas naturezas de Sua Pessoa divina, sua união hipostática a maternidade divina de Maria, a sua virgindade perpétua, o primado de Pedro, o primado da Sé Romana, a necessidade universal da Graça, a Santíssima Trindade a qual brilhou a luz dos Padres Capadocios, os santíssimos sacramentos, entre muitas outras questões, a qual as Escrituras em sua base não respondem foram eles que quebraram a cabeça durante anos décadas através e pela luz das escrituras e da tradição foi também o ponto crucial tanto nestas resoluções quanto na escolha e na comprovação dos escritos canônicos que hoje compõem a Bíblia, esta mais antiga e salutar em que seus registros datados não contam Na oralidade a qual foram transmitidas pelos apóstolos à seus legítimos sucessores, sejam os Pais apostólicos ou os outros Bispos e Padres que os sucederam.

O objetivo desta seção é, portanto aprofundar os ensinamentos desses grandes teólogos da Igreja, e assim reverenciar as suas vidas e tudo o que fizeram pela fé católica.

A Literatura Patrística (Escritos dos Pais da Igreja) é de altíssima importância para o cristianismo, pois através deles é que podemos saber o que a Igreja primitiva pregava e qual foi à fé dos primeiros cristãos e se esta fé foi continuada podemos tirar a prova se o nosso cristianismo baseado nos ensinos e praticas dos cristãos primitivos a qual a fé e a doutrina foram guardadas pela Patrística.

A Literatura Patrística divide-se basicamente em 3 períodos: depois estudares e veremos este períodos e a atividades dos grupos de Pais da Igreja.

Fonte

Extratos de Patrologia. Apostolado São Clemente Romano.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Hermenêutica da descontinuidade e da ruptura sobre o Vaticano II é tema de encontro do Papa com seus ex-alunos no Castelo Gandolfo

Hermenêutica da descontinuidade e da ruptura sobre o Vaticano II é tema de seminário composto por ex-alunos de Ratzinger no Castelo Gandolfo, que contara com a participação de Bento XVI.

A hermenêutica do Concílio Vaticano II está, neste ano, no centro do tradicional seminário de verão dos ex-alunos de Bento XVI, reunidos no assim chamado Ratzinger Schülekreis.

O encontro se realizará de sexta-feira, 27, até segunda-feira, 30 de agosto, no centro de congressos Mariápolis de Castel Gandolfo. Os participantes serão em torno de quarenta, todos ex-alunos do Professor Ratzinger, que discutiram suas teses com ele nos anos em que era docente na Alemanha.

O relator principal é o arcebispo Kurt Koch, anteriormente bispo de Basiléia, nomeado em 1º de julho passado presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. O bispo fará duas intervenções: a primeira, sobre “O Concílio Vaticano II entre tradição e inovação. A hermenêutica da reforma entre a hermêntica de uma continuidade com ruptura e de uma continuidade não histórica”; a segunda, sobre “Sacrosanctum Concilium e a reforma pós-conciliar da liturgia”.

O nome do relator principal e o tema do encontro — como informa a nosso periódico o salvadorenho Stephan Horn, presidente da associação dos ex-alunos do Papa — foram indicados e aprovados pelo próprio Bento XVI entre um grupo de opções possíveis propostas pelos organizadores. A maioria dos participantes provêm da Alemanha e da Áustria. Além destes, há também um italiano, um irlandês, um holandês, uma coreana e um indiano. Dentre os presentes estarão o Cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, e o bispo auxiliar de Hamburgo, Hans-Jochen Jaschke, docentes, párocos, religiosos, religiosas e leigos. Como de costume, os encontros — sob o aspecto da organização, a cargo do Padre Horn, que recentemente comemorou os 50 anos de ordenação sacerdotal — se realizarão à portas fechadas. Na sexta e sábado, depois do discurso do arcebispo Koch, haverá uma discussão livre sobre o tema, da qual tomará parte também o Pontífice. No domingo pela manhã, o momento culminante: os ex-alunos participarão da celebração eucarística presidida por Bento XVI no centro de congressos Mariápolis.

Depois do café da manhã com o Papa, os presentes — aos quais se unirão as novas gerações de ex-alunos, isto é, aqueles que fizeram suas teses sobre textos de Ratzinger — participarão também do Angelus no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Tornou-se costume que se junte ao grupo, no último dia do seminário de verão, os novos ex-alunos, constituídos em círculo há três anos.

Durante o encontro deste ano, Padre Horn entregará ao Pontífice, em nome de todos os ex-alunos, o volume que recolhe os discursos do seminário de verão de 2008, que teve por tema “Conversações sobre Jesus”. A publicação foi promovida pela fundação Joseph Ratzinger Papa Bento XVI, com sede em Munique, na Baviera, que tem por objetivo a preparação e organização do encontro anual, a promoção dos estudos empreendidos por Ratzinger quando docente, a difusão de seu ensino teológico e de sua espiritualidade, além da publicação dos livros de Bento XVI.

O primeiro encontro de Ratzinger com seus ex-alunos se deu em março de 1977, quando foi nomeado arcebispo de Munique e Freising. Daquele dia em diante, o encontro se repete anualmente sobre um tema particular. Como confirma o Padre Horn, “são propostos ao Pontífice três temas e ele mesmo realiza a eleição. O deste ano era o primeiro tema da lista que lhe oferecemos”.

O tema do ano passado foi a missão ad gentes, enquanto que o encontro de dois anos atrás estava centrado sobre a questão da correspondência de Jesus descrito pelos Evangelhos com a historicidade de sua figura e sobre a narração da Paixão.

Fonte:

L’Osservatore Romano, através de La Buhardilla de Jerónimo – Tradução: Fratres in Unum. Disponível em: http://fratresinunum.com/2010/08/27/hermeneutica-do-vaticano-ii-comeca-o-debate-do-papa-com-seus-alunos/ Acesso em: 27 agosto 2010.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Reformador João Calvino, que poucos conhecem

Por: John Lennon J. da Silva.

João Calvino para muitos protestantes é um dos mais renomados teólogos da reforma no Séc. XVI, seu pensamento originou uma das facetas da reforma, o chamado “Calvinismo”, suas obras e reflexões de índole teológica cercam os estudos e a paixão de muitos não católicos ainda hoje. Contudo existem alguns traços da personalidade de Calvino, assim como alguns acontecimentos por ele orquestrados que não são conhecidos pelos cristãos e o publico em geral, um destes acontecimentos é a perseguição que o mesmo desencadeou contra católicos quando prefeito de Genebra sendo um verdadeiro “inquisidor protestante” na Suíça, levando muitos a morte por não aceitarem suas doutrinas, como já antes tinham promovido os luteranos contra os católicos na Alemanha perseguindo e matando milhares de católicos.


Iremos retratar abaixo a condenação de Miguel Servet, que fora levado para fogueira a mando e orientação de Calvino em 1553, constatando que os reformadores em especial João Calvino, utilizaram de métodos hostis e intolerantes com quem divergia de suas concepções pessoais, histrumentos de violência e opressão. E não como alguns historiadores tentam apresentá-los, sob a forma de “homens isentos destes exageros”.

Antes de tudo vamos trazer o perfil de Miguel Servet, supliciado por João Calvino, cujo “martírio” transcreveremos abaixo com fontes protestantes.

Miguel Servet nasceu em Villanueva de Sigena, Espanha, em 29 de Setembro de 1511, durante sua vida atuou como médico, tendo sido formado em Paris, também filósofo e humanista, produziu o que podemos dizer de sua própria teologia sob o que havia recebido em Louvain quando estudará, dizia entre outras coisas, como a exemplo dos cátaros e os valdenses no passado que a Igreja havia se corrompido e que o Cristianismo deveria reabilitar sua “pureza” negou vários dogmas da Igreja na época, tendo como o principal dos dogmas que não concordava e até escreveu contra, o Dogma da Santíssima Trindade cujo o mesmo contestava e não acreditava, suas posições alertaram muitos clérigos da França, levantando muita polêmica entre os próprios protestantes.

Em 27 de outubro de 1553, João Calvino, o fundador do Calvinismo um dos lideres da reforma protestante no fim do séc. XVI apoiou e chefiou a condenação do herege Miguel Servet, o médico, acabou sendo queimado em uma estaca nas redondezas de Genebra por suas heresias doutrinárias, no entanto, o precursor da predestinação da alma, esteve totalmente envolvido com a morte desse herege. Sabemos também que matou muitos outros, assim como numerosos católicos por não professarem sua fé quando prefeito de Genebra, muitos acreditam que a morte deste médico espanhol já havia sido planejada a muito tempo antes de Servet ser capturado pelos seus irmãos em Genebra, Calvino tinha escrito a seu amigo Farel, em 13 de fevereiro de 1546 (sete anos antes de Servet ser preso) e foi arquivado como dizendo:

“Se ele [Servet] vier [à Genebra], eu nunca o deixarei escapar vivo se a minha autoridade tiver peso.” (Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (Baker Book House, 1950), p. 371.)

Evidentemente, naqueles dias a autoridade de Calvino em Genebra, Suíça, tinha “peso” absoluto era inquestionável. Durante o julgamento de Servet, Calvino escreveu:

“Eu espero que o veredicto seja pena de morte.” ( Walter Nigg, The Heretics (Alfred A. Knopf, Inc., 1962), p. 328.)

Para ressaltar este cenário vale salientar que antes desta condenação em Genebra, Servet tinha enfrentado julgamento da Inquisição Francesa, cujo fugira antes de se concretizar todo o processo, sendo condenado por heresia, após isto resolveu viajar para a Itália, Servet inexplicavelmente parou em Genebra pelo caminho, onde foi denunciado por Calvino e os Reformadores. Ele foi pego um dia depois de sua chegada, condenado como herético quando se recusou a se retratar acabou sendo queimado em 1553 com a “aparente tácita aprovação de Calvino.”(Who’s Who in Church History (Fleming H. Revell Company, 1969), p. 252.).

“No curso de sua fuga para Viena, Servet parou em Genebra e cometeu o erro de assistir um sermão de Calvino. Ele foi reconhecido e preso depois do culto.” (The Heretics, p. 326-329).

“Calvino teve ele [Servet] preso como herético. Condenado e queimado até a morte.” (The Wycliffe Biographical Dictionary of the Church, p. 366.).

Entre o período em que Servet foi preso em 14 de agosto até sua condenação, Servet passou os seus dias restantes:

“[…] em um atroz calabouço, sem luz ou aquecimento, pouca comida e sem facilidades sanitárias.” ( John F. Fulton, Michael Servetus Humanist and Martyr (Herbert Reichner, 1953), p. 35.).

Seja observado que os calvinistas de Genebra colocaram madeiras semiverdes em torno dos pés de Servet e uma coroa de enxofre em sua cabeça. Levou em torno de trinta minutos até que sua agonia terminasse em tal fogo, com o povo de Genebra em pé em volta para assistir ele sofrendo e morrendo lentamente! Logo antes disso acontecer, os arquivos mostram:

“Farel caminhou ao lado do homem condenado e manteve uma constante enxurrada de palavras, em completa insensibilidade ao que Servet pudesse estar sentindo. Tudo que ele tinha em mente era extorquir do prisioneiro um reconhecimento de seu erro teológico – um chocante exemplo de uma desalmada cura de almas. Depois de alguns minutos disso, Servet cessou de responder e orou silenciosamente para si mesmo. Quando eles chegaram ao local de execução, Farel anunciou a multidão que assistia: ‘Aqui você vê o poder que Satanás possui quando ele tem um homem em seu poder. Este homem é um distinto estudioso e ele, no entanto acreditava que estava agindo corretamente. Mas agora Satanás o possui completamente, como ele poderia possuir você, cairia então você em suas armadilhas. Quando o executor começou o seu trabalho, Servet sussurrou com voz trêmula: ‘Oh Deus, Oh Deus!’ O opositor Farel vociferou para ele: ‘Você não tem nada mais a dizer?’ Neste momento Servet respondeu para ele: ‘O que mais eu posso fazer, mas falar com Deus!’ Logo após isso, ele foi suspenso até a fogueira e amarrado às estacas. Uma coroa com enxofre foi colocada em sua cabeça. Quando as fagulhas foram acesas, um lancinante grito de horror brotou dele. ‘Misericórdia, misericórdia!’ ele clamou. Por mais de meia hora a horrível agonia continuou, porque a fogueira havia sido feita com madeira semiverde, que queima lentamente. ‘Jesus, Filho do eterno Deus, tenha misericórdia de mim,’ o homem atormentado clamava do meio das chamas[...]” ( The Heretics, p. 326-329.).

“Calvino havia então matado seu inimigo e não há nada que sugira que ele jamais tenha se arrependido deste crime. No ano seguinte ele publicou a defesa na qual mais insultos foram acrescentados a seu antigo adversário num linguajar dos mais vingativos e severos.”( Michael Servetus Humanist and Martyr, p. 36.).

Calvino teve muitas razões para executar Servet, a principal dela era a econômica, pois:

“Como um ‘herege obstinado’ ele teve suas propriedades confiscadas sem dificuldades. Ele foi maltratado na prisão. É compreensível, portanto, que Servet tenha sido rude e insultante em sua confrontação com Calvino. Infelizmente para ele naquele momento Calvino estava lutando para manter o seu poder decadente em Genebra [...]” ( The Heretics, p. 326-329.)

Podemos verificar que durante o período da reforma existiram “excessos protestantes” que não chegam a nossos ouvidos, a atual historiografia não têm se preocupado com o estudo e explanação destes eventos. A parcialidade histórica apoiada um espírito anticatólico propaga uma “história parcial” dos reformadores. E Tratando-se do envolvimento da Igreja com seus filhos ocidentais, é patente uma crítica ferrenha tributada a Igreja católica, tanto nas situações ligadas a atuação da Inquisição ou com o Tribunal do Santo Ofício. Enfim na história que aprendemos e tentam nos persuadir a acreditar é veiculado que os agentes protestantes são os heróis ou “mártires” destes tempos “corruptos” e obscuros em que os titãs malignos dominavam.

Quando nos deparamos com narrações e acontecimentos que não conhecemos, como o caso tratado no texto, referente ao período da Reforma protestante e atuação dos reformadores, é alarmante a analise amenizadora que é tributada aos Reformadores em nossos tempos, que não corresponde a época da reforma, a citação abaixo reflete isto:

“O procedimento contra Servet serviu como modelo de um julgamento protestante herético... não se diferenciou em nenhum sentido dos métodos da Inquisição medieval... A Reforma vitoriosa, também, não foi capaz de resistir à tentação do poder.” (Ibidem, p. 326-329).

Referencias:

[1] AGUIAR Robson. O espinho na carne de João Calvino. Disponível em: http://pastorrobsonaguiar.nireblog.com/post/2009/08/08/o-espinho-na-carne-de-joao-calvino Acesso em: 18 agosto 2010

[2] WIKIPEDIA. Miguel Servet. [enciclopédia livre] Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Servet Acesso em: 18 agosto 2010.

[3] CORNER, Dan. As Cinzas Dele Clamam contra João Calvino. 1 junho 2007. Disponível em: http://arminianismo.com/ Acesso em: 18 agosto 2010.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Segundo Livro de Bento XVI sobre Jesus sairá em Março de 2011

O próximo livro de Bento XVI sobre a vida de Jesus chegará às livrarias, em vários idiomas, no primeiro domingo da Quaresma, 13 de março. Foi o que afirmou ontem à Rádio Vaticano Giuseppe Costa, diretor da Libreria Editrice Vaticana.

Este esperado segundo volume, que se centra na paixão e morte de Jesus, encontra-se atualmente em processo de tradução para os diferentes idiomas. Será entregue aos editores no dia 15 de janeiro, para preparar as respectivas edições nacionais.

Segundo Costa, no momento, chegou-se a um acordo com 18 editoras, ainda que não se descartam mais pedidos nos próximos meses.

O Papa – segundo confirmou o porta-voz vaticano, Federico Lombardi – trabalha atualmente no terceiro volume sobre a vida de Jesus, dedicado à infância de Cristo.

Giuseppe Costa, responsável editorial dos textos vaticanos, encontrava-se estes dias em Rimini (Itália), para a apresentação do primeiro volume da Opera Omnia (obra completa) de Joseph Ratzinger.

A apresentação aconteceu durante o festival conhecido como Meeting de Rimini, organizado pelo movimento católico Comunhão e Libertação, que todos os anos reúne milhares de pessoas.

Esta Opera Omnia consta de 16 volumes que recolhem todos os escritos e intervenções de Joseph Ratzinger, antes de ser eleito Papa, sobre a importância da liturgia na vida cristã.

A obra traz, explicou Costa, “não seus ensinamentos como pontífice, mas seus escritos, entrevistas e ensinamentos como cardeal. Esta Opera Omnia encerra quando ele foi eleito Papa”.

Sobre o conteúdo das obras, o bispo de Ratisbona, Dom Gerhard Müller, encarregado da edição alemã, explicou à emissora vaticana a importância que a liturgia tem no pensamento de Joseph Ratzinger.

“A liturgia é a participação sacramental na vida de Deus. Por isso, não é só um ‘teatro’, uma autoexpressão do coração ou da ideia da subjetividade, mas é a expressão objetiva, real, concreta, do contato com o próprio Deus, que quer conviver conosco, suas criaturas”, afirmou o prelado.

Fonte:

RIMINI, terça-feira, 24 de agosto de 2010 (ZENIT.org). SEGUNDO LIVRO DO PAPA SOBRE JESUS CHEGARÁ ÀS LIVRARIAS EM MARÇO. Disponível em: http://www.zenit.org/article-25815?l=portuguese Acesso em: 24 agosto 2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que quer dizer “Jesus” qual o significado de “Cristo”

Jesus: provem de um termo que quer dizer, em hebraico, “Deus salva”. No momento da Anunciação, o anjo Gabriel dá-lhe como nome próprio o nome de Jesus, que exprime ao mesmo tempo sua identidade e missão e sua herança profética, (cf. Lc 1,31).

O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa de seu Filho (cf. At 5,41;) feito homem para a redenção universal e remissão definitiva dos pecados. É o único nome divino que traz a salvação (cf. Jo 3,18; At 2,21);

e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação (cf. Rm 10,6-13), de sorte que “não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12). Pois que este é o nome de Jesus.

O nome de Jesus está no cerne da oração cristã. Todas as orações litúrgicas são concluídas pela fórmula “per Dominum nostrum Iesum Christum – por Nosso Senhor Jesus Cristo...”. A “Ave-Maria” culmina no “e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. A oração oriental do coração denominada “oração a Jesus” diz: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador”. Numerosos cristãos, como “Santa Joana d’ Arc.morrem tendo nos lábios apenas o nome de Jesus.” (Catecismo da Igreja Católica, 430, 432 e 435).

O quer dizer “Cristo”

Cristo vem da tradução grega do termo hebraico “Messias”, que quer dizer “Ungido”.

Só se torna o nome próprio de Jesus porque este leva à perfeição a missão divina que significa. Com efeito, em Israel eram ungidos em nome de Deus os que lhe eram consagrados para uma missão vinda dele. Era o caso dos reis (cr. 1Sm 9,16; 10,1; 16,1.12-13; 1Rs 1,39), dos sacerdotes (cf. Ex 29,7; Lv 8,12) e, em raras ocasiões, dos profetas (cf. 1Rs 19,16). Esse devia ser por excelência o caso do Messias que Deus enviaria para instaurar definitivamente seu Reino (cf. Sl 2,2; At 4,26-27). O Messias devia ser ungido pelo Espírito do Senhor (cf. Lc 1,35) ao mesmo tempo como rei e sacerdote (cf. Zc 4,14; 6,13), mas também como profeta (cf. Is 61,1; Lc 4,16-21). Jesus realizou a esperança messiânica de Israel em sua tríplice-função de Sacerdote, Profeta e Rei.

O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como o do Messias prometido a Israel:

“Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11).

Desde o início Ele é “aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo” (Jo 10,36), concebido como “Santo” como já foi dito (cfr. Lc 1,35) no seio virginal de Maria. José foi chamado por Deus “a receber Maria, sua mulher”, grávida “daquele que foi gerado nela pelo Espírito Santo” (Mt 1,20), para que Jesus, “que se chama Cristo”, nascesse da esposa de José na descendência messiânica de Davi (Mt 1,16).

A consagração messiânica de Jesus manifesta sua missão divina.

“É, aliás, o que indica seu próprio nome, pois no nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu Aquele que foi ungido e a própria Unção com que ele foi ungido: Aquele que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o Filho, e o foi no Espírito, que é a Unção” (Santo Irineu, Adv. Haer., 3,18,3).

Sua consagração messiânica eterna revelou-se no tempo de sua vida terrestre, por ocasião de seu Batismo por João, quando “Deus o ungiu com o Espírito Santo e poder” (At 10,38), “para que ele fosse manifestado a Israel” (Jo 1,31) como seu Messias. Por suas obras e palavras será conhecido como “o Santo de Deus” (cf. Jo 6,69; At 3,14). (Catecismo da Igreja Católica, 436,437 e 438).

Fonte:

Extratos de Cristologia. Apostolado São Clemente Romano.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Líder Hindu pretende erradicar o Cristianismo na Índia


Um líder nacionalista indiano hindu do Partido Bharatiya Janata prometeu erradicar o Cristianismo da região de Karnataka. No mesmo dia, dois pastores protestantes foram detidos. Desde quando o Partido Bharatiya Janata encontra-se no poder no Estado, verificaram-se mais de 200 incidentes.

“Prometo que não ficarei tranquilo até quando o Cristianismo não for erradicado da região”, disse Prahlad Remani, parlamentar de Karnataka, durante as celebrações de independência da Índia no último dia 15 de agosto.

Remani, que faz parte do Partido Bharatiya Janatajp, partido no poder desde 2008 ligado ao nacionalismo hindu, acrescentou ainda: “As pessoas devem estar atentas e vigilantes para a difusão dessas sementes do Cristianismo. Os fiéis de todas as demais religiões, inclusive os hindus, devem erradicá-las”.

O Presidente nacional do Conselho dos Cristãos Indianos, Sajan Kavinkalath George, lança um alarme e convida o governo a agir contra esse tipo declaração: “Se os membros eleitos da Assembleia de Estado se abandonam a esse tipo de discurso incendiário que visa romper a harmonia e causar desconfiança, se pode pensar que eles recebem apoio político e que usarão a violência contra a vulnerável minoria cristã”.

“Desde quando o Partido Bharatiya Janata chegou ao poder em maio de 2008 - continua George - em Karnataka se verificaram mais de 200 incidentes envolvendo cristãos”. O último ocorreu no dia 15 de agosto último no distrito de Mandya, onde dois pastores e 10 fiéis do “Campus Crusade of Christ” foram detidos pela polícia. Durante o rito religioso, 30 militantes hindus entraram no local e obrigaram os presentes a interromper a função. A polícia, ao invés de prender os agressores, deteve os dois pastores e 10 fiéis. Os fiéis foram depois libertados enquanto os pastores ficaram na prisão acusados de proselitismo.

Para evitar que se repitam discursos como o de Remani e fatos como os de Mandya, o Arcebispo de Bangalore, Dom Bernard Moras, pediu ao governador de Karnataka, Hans Raj Bhardwaj, que se assegure que todos os secretários de Estado e políticos evitem fazer declarações incendiárias e depreciativas contra as religiões. Em Karnataka vive uma comunidade de um milhão de cristãos, que representa uma pequena minoria em relação a uma população de 53 milhões.

Fonte:

Bangalore, 20 ago (RV) – ÍNDIA: LIDER NACIONALISTA PEDE FIM DO CRISTIANISMO NO PAÍS. Disponível em: http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=416683 Acesso em: 20 agosto 2010.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Devemos enamorar-se de Cristo, afirma Papa em audiência geral sobre S. Pio X

O núcleo dos ensinamentos, da atuação e da vida de São Pio X foi o enamoramento de Cristo, necessário também para os pastores e fiéis de hoje, afirmou o Papa Bento XVI durante a audiência geral. [Dedicada a São Pio X]

Falando da janela que dá para o pátio interior do palácio de Castel Gandolfo, onde o esperavam milhares de fiéis, como é costume, o Papa quis dedicar seu discurso à figura desse predecessor seu, cuja memória será comemorada no próximo sábado, 21 de agosto.

"São Pio X nos ensina que, na base da nossa ação apostólica, nos diversos campos em que trabalhamos, deve haver sempre uma íntima união pessoal com Cristo, que é preciso cultivar e fazer crescer cada dia", sublinhou Bento XVI.

"Este - afirmou - é o núcleo de todo o seu ensinamento, de todo o seu compromisso pastoral. Somente se estivermos enamorados do Senhor, seremos capazes de levar os homens a Deus e abri-los ao seu amor misericordioso."

O Papa explicou que o pontificado de Giuseppe Sarto deixou um sinal indelével na história da Igreja, caracterizando-se por um notável esforço de reforma que abarcou os diversos âmbitos eclesiais.

"Desde o começo, dedicou-se à reorganização da Cúria Romana; depois, aprovou os trabalhos da redação do Código de Direito Canônico, promulgado pelo seu sucessor, Bento XV. Promoveu, além disso, a revisão dos estudos e do iter de formação dos futuros sacerdotes, fundando também vários seminários regionais, equipados com boas bibliotecas e professores preparados", mencionou.

Pio X deu muita importância à formação doutrinal do povo de Deus, e por isso redigiu o conhecido Catecismo que levaria seu nome.

"Como autêntico pastor, havia compreendido que a situação da época, também pelo fenômeno da migração, tornava necessário um catecismo ao qual todo fiel pudesse referir-se, independentemente do lugar e das circunstâncias da vida", explicou o Papa.

"O Catecismo chamado ‘de Pio X' foi para muitos um guia seguro na aprendizagem das verdades da fé, por sua linguagem simples, clara e precisa e por sua eficácia expositiva", acrescentou.

A este pontífice se deve também uma reforma da Liturgia, "em particular da música sacra, para levar os fiéis a uma vida de oração mais profunda e a uma participação nos sacramentos mais plena".

Pio X promoveu a "participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja", aconselhando a comunhão frequente aos fiéis. Outra de suas iniciativas foi a de antecipar a idade da Primeira Comunhão para os 7 anos.

Sobre o Modernismo

Outra das tarefas levadas a cabo por este Papa foi a condenação do Modernismo, um movimento religioso que considerava a Igreja e seus dogmas como meras instituições humanas e que favorecia a interpretação subjetiva, sentimental e histórica de muitos conteúdos religiosos.

"Fiel à tarefa de confirmar os irmãos na fé, São Pio X, frente a algumas tendências que se manifestaram no âmbito teológico no final do século XIX e começo do XX, interveio com decisão, condenando o Modernismo, para defender os fiéis das concepções errôneas e promover um aprofundamento científico da Revelação, em consonância com a Tradição da Igreja", explicou.

Ao santo pontífice se deve também a fundação do Pontifício Instituto Bíblico.

Os últimos meses da sua vida "foram difíceis, pelo começo da guerra", explicou Bento XVI, recordando o apelo lançado por Pio X aos católicos do mundo, no dia 2 de agosto de 1914. Nele, moribundo, o Papa Sarto expressava sua "‘áspera dor' daquele momento; era o grito sofredor do pai que vê os filhos enfrentando-se uns aos outros".

"Ele faleceu pouco depois disso, no dia 20 de agosto, e sua fama de santidade começou a difundir-se imediatamente entre o povo cristão", concluiu Bento XVI.

Fonte:

CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 18 de agosto de 2010 (ZENIT.org). É preciso enamorar-se de Cristo, afirma Papa. Por Inma Álvarez. Disponível em: http://www.zenit.org/article-25766?l=portuguese

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Código de Direito Canonico e o Concílio Vaticano II

Nestas ultimas semanas tenho visto da parte de vários jovens católicos o não assentimento do concílio do Vaticano II, por conta do complexo pastoral do concílio, e da não definição de doutrinas de forma dogmatica, tudo como pretexto, não valendo para eles a explicação que mesmo ao ensinamento não definitivo da Santa Igreja deve o católico obedecer, não com fé divina e católica, mas com religioso obséquio. É o que trata o cânon 752 da CDC:

Cân. 752 Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela .

Pois não aceitam, segundo os mesmos o CDC não é infalível, mas tratando-se de um documento constitutivo na vida do clero e da Igreja enquanto instituição sob observação dos fieis, faremos uma breve introdução ao CDC e os textos que correspondem a observação dos concílios ecumênicos, assentimento das doutrinas definitivas e às não definitivas expostas nos concílios.

João Paulo II, exprimi o interesse do documento, e sua finalidade dizendo:

“Torna-bem claro, pois, que objetivo do Código não é de forma alguma, substituir, a vida da Igreja ou dos fiéis, a fé, a graça, os carismas, nem muito menos a caridade. Pelo contrário, sua finalidade é, criar na sociedade eclesial uma ordem que, dando primazia ao amor, à graça e aos carismas, facilite ao mesmo tempo seu desenvolvimento orgânico na vida, seja da sociedade eclesial, seja de um de seus membros”. (CDC<2>, p.10)

Vejamos o verbete abaixo do dicionário teológico de Fries Heinrich.

A Constituição do Código é estruturada com base na Sagrada Escritura e o ideal da vida cristã (At 2, 42-45), que é expressado com um sincero espírito do Vaticano II, como assim falara o Papa João Paulo II. O Código possui um caráter jurídico que é utilizado pela igreja para orientar na verdade, a vida de todos os batizados. “Por sua estreita relação com Deus, Criador e Redentor, o direito da Igreja supera claramente o direito civil (HEINRICH, Fries. Dicionário de Teologia. Volume 1/ Adão – Dogma. São Paulo: Loyola,1973. Verbete Direito Canônico, p.413.)

Ver-se nestes textos a Intrínseca ligação entre o CDC e o Vaticano II, o CDC expressa “um sincero espírito do Vaticano II” e como João Paulo II salienta sobre o CDC que a “finalidade é, criar na sociedade eclesial uma ordem” os que se colocam fora desta ordem não aceitando ao CDC que resume as leis da Igreja não estão nesta sociedade eclesial.

Lastimável é vermos os tradicionalista argumentarem “o que não é dogma, não vale” mas os documentos do vaticano II assim como de todos os concílio anteriores “são confirmados pelo Papa e promulgados por mandato seu” (CDC 341, §1) se assim não fossem não teriam validade, todos os 16 documentos do concílio Vaticano II foram aprovados e ao fim assinados pelo então papa. Fica a pergunta para os que ‘dizem’ estar em comunhão com a Igreja, mas não aceitam ao Vaticano II, por o mesmo ter sido pastoral estes papas erraram? Obviamente que não, os que erram são os que não se submetem ao concílio e nem ao Magisterio.

Agirei conforme a Fé e a Caridade que nos ensina a Igreja, como amigo Alessandro Lima do VS já havia se manifestado em outros artigos, sem pretensões de humilhar ou descaracterizar ninguém esperando na caridade a volta dos confusos.

Concílios Ecumênicos detém autoridade sobre toda a Igreja

O CDC é muito claro sobre a autoridade dos concílios, sabemos que o Vaticano II foi ecumênico como todos os seus predecessores, gozando assim da mesma autoridade:

Cân. 337 § 1. O Colégio dos Bispos exerce seu poder sobre toda a Igreja, de modo solene, no Concílio Ecumênico. § 2. Exerce esse poder pela ação conjunta dos Bispos espalhados pelo mundo, se essa ação for, como tal, convocada ou livremente aceita pelo Romano Pontífice, de modo a se tornar verdadeiro ato colegial.

§ 3. Compete ao Romano Pontífice, de acordo com as necessidades da Igreja, escolher e promover os modos pelos quais o Colégio dos Bispos pode exercer colegialmente seu ofício no que se refere à Igreja universal .

O cân. 337 ensina que a Igreja no Concílio Ecumênico exerce de modo solene seu poder sobre toda a Igreja. O cânon não diz que este poder é reservado aos Concílios dogmáticos somente. Nem tão pouco diz que a simples reunião dos Bispos e as deliberações resultantes dela (por aprovação do voto da maioria) figure autêntico ato colegial.

A força de obrigar de um Concílio Ecumênico fica mais clara no cân. 341:

Cân. 341 § 1. Os decretos do Concílio Ecumênico não têm força de obrigar, a não ser que, aprovados pelo Romano Pontífice junto com os Padres Conciliares, tenham sido por ele confirmados e por sua ordem promulgados .

Este cânon mostra que a condição para que um Concílio tenha força de obrigar, não é o fato de ser dogmático, mas ter sido aprovado, confirmado e promulgado pelo Romano Pontífice e os Padres Conciliares como podemos ver no (CDC 341, §1) e citamos acima.

Definições dogmáticas infalíveis

Cân. 749 § 1. Em virtude de seu ofício, o Sumo Pontífice goza de infalibilidade no magistério quando, como Pastor e Doutor supremo de todos os fiéis, a quem cabe confirmar na fé os seus irmãos, proclama, por ato definitivo, que se deve aceitar uma doutrina sobre a fé e os costumes.

§ 2. Também o Colégio dos Bispos goza de infalibilidade no magistério quando, reunidos os Bispos em Concílio Ecumênico, exercem o magistério como doutores e juízes da fé e dos costumes, declarando para toda a Igreja que se deve aceitar definitivamente uma doutrina sobre a fé ou sobre os costumes; ou então quando, espalhados pelo mundo, conservando o vínculo de comunhão entre si e com o sucessor de Pedro, e ensinando autenticamente questões de fé ou costumes juntamente com o mesmo Romano Pontífice, concordam numa única sentença, que se deve aceitar como definitiva.

§ 3. Nenhuma doutrina se considera infalivelmente definida se isso não constar claramente Este cânon trata do Magistério Extraordinário, que é utilizado pela Igreja para definir uma doutrina como definitiva. Neste caso o ensinamento é infalível por excelência. Este cânon não diz que as doutrinas não-infalíveis estão sujeitas ao arbítreo dos católicos.

Os cânones que tratam do tipo de assentimento que os católicos devem dar ao Magistério são os 750 e 752.

Aceitação das proposições não definitivas (dogmáticas) para a Igreja

Antes de analisarmos a CDC vejamos o que diz também o Papa Pio XII sobre o assentimento dos ensinamentos não versados de ex-catedra.

Disse o Papa Pio XII: "Nem se deve crer que os ensinamentos das encíclicas não exijam, por si, assentimento, sob alegação de que os Sumos Pontífices não exercem nelas o supremo poder de seu magistério. Entretanto, tais ensinamentos provêm do magistério ordinário, para o qual valem também aquelas palavras: ‘Quem vos ouve a mim ouve’ (Lc 10,16); e, na maioria das vezes, o que é proposto e inculcado nas encíclicas, já por outras razões pertence ao patrimônio da doutrina católica. E, se os Romanos Pontífices em suas constituições pronunciam de caso pensado uma sentença em matéria controvertida, é evidente que, segundo a intenção e vontade dos mesmos pontífices, essa questão já não pode ser tida como objeto de livre discussão entre os teólogos” (SS. PAPA PIO XII, Enc. Humani Generis, n.22).

Cân. 750 – § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias.

§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, à doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.

O ultimo concílio não propôs nada de forma definitiva (dogmática) como sabemos suas decisões podem ser reformadas por outro concílio ecumênico. Por isso decisões pastorais não obrigam com Fé divina e católica como elucida-nos o CDC, isto é, não obrigam para sempre como se fossem estabelecidas e reveladas por Deus como no caso de resoluções dogmáticas. Mas, mesmo o ensinamento não dogmático ou seja definitivo da Igreja deve o católico obedecer, não com fé divina e católica, mas com religioso obséquio ou seja benevolência e respeito. Como no caso do Magistério ordinário. Veja abaixo.

Cân. 752 Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela.

Em fim, Os ensinamentos propostos de forma definitiva obrigam com fé divina e católica (cân. 750). Estes ensinamentos constaram nos Concílios dogmáticos. Os ensinamentos propostos de forma não-definitiva obrigam com religioso obséquio (cân. 752).

Sendo assim o CDC faz distinção entre o tipo de assentimento que se deve dar às doutrinas definitivas e às não definitivas. Mas não dá o direito ao católico de aceitar ou não, aquilo que suas razões desejam, como fazem os tradicionalistas. Prefácios de livros, opiniões alheias, ditos dos pais da Igreja etc. que são utilizados como joguetes nas mãos dos ultratradicionalistas, mesmo que provenham de homem importantes na Igreja como, por exemplo, Santos e outros, não são norma ou doutrina para a Igreja ou  detém  nota de obrigatoriedade. Superior para a Igreja católica e seus filhos é o que seu ensino e doutrina  determina, através de seu Magistério extraordinário ou ordinário, seja na Doutrina ou teologia seja em suas leis de forma jurídica.

Lembremos o que diz o Catecismo Maior de São Pio X : "Sim, somos obrigados a fazer tudo o que a Igreja manda [...] Não [...] a Igreja não pode enganar-Se, porque, segundo a promessa de Jesus Cristo, é sempre assistida pelo Espírito Santo. Sim, a Igreja Católica é infalível. Por isso aqueles que rejeitam as suas definições perdem a fé, e tornam-se hereges." A Igreja não pode enganar-se, segundo São Cipriano de Cartago “Os romanos não podem errar na fé”.

John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano.
Caruaru 17 de Agosto de 2010.

Referencias:

[1] HEINRICH, Fries. Dicionário de Teologia. Volume 1, Adão-Dogma. São Paulo: Ed. Loyola, 1973. Verbete Direito Canônico, p.413.

[2] LIMA, Alessandro. Somente um Concílio dogmático obriga o católico?. Apostolado VS. 6 julho 2007. Disponível em: http://www.cleofas.com.br/. Acesso em: 17 agosto 2010.

[3] CÓDIGO DE DIREITO CANONICO. Site Legião de Maria. [em língua portuguesa] Disponível em: http://www.legiomariae.kit.net/Canais/CDC.htm Acesso em: 17 agosto 2010.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Papa durante solenidade da Assunção de Nossa Senhora, relembra as católicos a importância de Maria.

Bento XVI destacou este Domingo a importância do culto a Nossa Senhora, por parte dos católicos, assegurando que Maria tem uma “missão de intercessão e salvação”.

“Do Oriente ao Ocidente, a Santíssima é invocada como Mãe Celeste, que traz o Filho de Deus nos braços e em cuja protecção toda humanidade encontra refúgio”, indicou.

Na Solenidade da Assunção, o Papa enviou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, na qual afirmou que “Nossa Senhora ao ser assunta ao Céu fica mais próxima de seus filhos aqui na terra, intercedendo por eles junto a Jesus, e torna-se um sinal luminoso da vida futura que esperamos”.

Bento XVI encontrou-se com um grupo de peregrinos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, para a recitação da oração do Angelus.

A 15 de Agosto, explicou, assinala-se no calendário litúrgico “a passagem da condição terrena à bem-aventurança celeste daquela que gerou na carne e acolheu na fé o Senhor da Vida”.

“Artistas de todas as épocas pintaram e esculpiram a santidade da Mãe do Senhor, adornando igrejas e santuários. Poetas, escritores e músicos renderam honras à Virgem com hinos e cantos litúrgicos”, disse o Papa.

“A Ela, guia dos apóstolos, sustento dos mártires, luz dos Santos, dirigimos nossa oração, suplicando que nos acompanhe nesta vida terrena, nos auxilie a nos voltarmos para o Céu e nos acolha um dia junto de seu Filho Jesus”, acrescentou.

Horas antes, o Papa estivera na paróquia de Santo Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, para presidir à Missa dominical numa das mais importantes festas do ano litúrgico dedicadas a Maria (feriado civil em Portugal).

"No final da sua vida, Maria foi levada em corpo e alma ao céu, ou seja, à glória da vida eterna, na plena e perfeita comunhão com Deus", disse, na sua homilia.

Bento XVI lembrou que este ano a Igreja celebra o 60.º aniversário da definição solene do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em Corpo e Alma ao Céu (Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, 1 de Novembro de 1950).

"Nós cremos que Maria, como Cristo seu Filho, venceu a morte e triunfa na glória celeste na totalidade de seu ser, em alma e corpo", referiu.

Em conclusão, o Papa deixou votos de Deus reforce em cada cristão a “fé na vida” e os torne “homens de esperança, que trabalham para construir um mundo aberto a Deus, homens repletos de alegria, que sabem ver a beleza do mundo futuro no meio das dificuldades da vida quotidiana".

(Com Rádio Vaticano)

Fonte:

Agencia Ecclesia. Papa lembra importância de Maria para os católicos. Disponível em: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?tpl=&id=81077 Acesso em: 16 agosto 2010.

sábado, 14 de agosto de 2010

Amnésia dos historiadores sobre o pontificado de Pio XII, a verdade histórica sobre o Papa Pacelli segundo alguns historiadores contemporâneos.

Segue-se 4 textos que reuni, retirados do site (ACI) que falam sobre os fatos históricos desconhecidos por muitos, acontecidos no período em que o Papa Pio XII durante a segunda guerra mundial, exerceu seu pontificado, veja o que 4 testemunhos de historiadores dizem abaixo sobre o “apagão” da história quando vai se tratar do papado de Pio XII.

Historiador jesuíta, o Pe. Giovanni Sai

Em um artigo chamado “Pio XII e a amnésia dos historiadores”, o L’Osservatore Romano publica a crítica de um sacerdote e historiador jesuíta, o Pe. Giovanni Sai, que escreve na revista “La Civiltá Cattolica” que face à grande quantidade de documentação existente, peritos como Richard Overy não tomam em conta o trabalho da Santa Sé e do Papa Pacelli como parte essencial dos esforços para acautelar a Segunda guerra mundial.

O Pe. Sai critica que Overy, em seu livro “Ao borde do precipício. 1939: Os dez dias que arrastaram ao mundo à guerra” não se refere em nenhum momento “nem sequer acidentalmente à atividade desenvolvida pela Santa Sé nos fatos tão meticulosamente reconstruídos”.

O historiador jesuíta recorda que existe uma abundante documentação a respeito nas Atas da Santa Sé sobre a Segunda guerra mundial que aparecem publicadas na página Web do Vaticano, no qual se pode apreciar, por exemplo, “como Pio XII e o Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, procuravam por todos os meios ao seu dispor alentar a encontrar soluções de compromissos que permitissem evitar a guerra”.

Em 9 de abril de 1939, a apenas um mês e uma semana depois de ter sido eleito para a Sede de Pedro e a uns meses de iniciar a guerra, Pio XII em seu discurso de Páscoa explicou “como as turbulências do presente parecem florescer de males inclusive mais graves”, cujas raízes deviam ser buscadas na miséria de muitos “na falta de mútua compaixão entre as nações, nas violações de pactos santos e da palavra empenhada”.

Com as relações com a “Alemanha nacional socialista deterioradas por causa das fortes denúncias de Pio XI contra a política anti-católica, anti-cristã e anti-semita adotada pelo Terceiro Reich”, Pio XII convoca a uma conferência entre as potências européias, respaldado pelos Estados Unidos, que infelizmente não chegou a se concretizar.

Os esforços do Papa Pacelli foram para o Secretário de Relações Exteriores dos Estados Unidos, Summer Welles, “do mais alto valor” não só por sua influência moral mas também porque se deram “no momento em que a tensão internacional era muito grave”.

O sacerdote também menciona que, entre outras questões que os historiadores deveriam mencionar “está a laboriosa preparação do famoso chamado de 24 de agosto de 1939” dirigido aos governantes do mundo para evitar a guerra “e sobre tudo os efeitos imediatos daquela intervenção que afetou tanto à opinião pública que fizeram que o mesmo Hitler pospusesse a agressão à Polônia uma semana”.

“Se o ataque se deu no 26, como estava previsto, o ditador não só teria dado a impressão de não querer evitar o conflito, logo depois da dura advertência papal, mas se teria atribuído diante de todo o mundo a inteira responsabilidade de uma guerra desastrosa”.

O Pe. Sai precisa então que “sobre isto o historiador inglês (Overy) não menciona absolutamente nada” nem mesmo afirma nada sobre os grandes esforços da diplomacia vaticana para evitar que “o mundo caísse no abismo”.

Ainda hoje, conclui o sacerdote e historiador jesuíta, uma parte da literatura histórica “por distintas motivações de ordem ideológica, que vão inclusive no documentário” tende a menosprezar ou desconhecer o “papel ético-político da Santa Sé naqueles difíceis anos.

Para ter acesso às Atas da Santa Sé sobre a Segunda guerra mundial, ingresse em: http://www.vatican.va/archive/actes/index_sp.htm

Michael Hesemann historiador e representante alemão da (PTWF)

A Pave the Way Foundation (PTWF) anunciou a descoberta de documentos vaticanos de grande importância para o esclarecimento do papel desempenhado pelo Papa Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial. O historiador e representante alemão da PTWF, Michael Hesemann, fez visitas regulares ao recentemente aberto Arquivo Secreto Vaticano e continua a fazer descobertas significativas. Seu mais recente estudo dos documentos originais que foram anteriormente publicados revelam as ações secretas para salvar milhares de judeus já em 1938, apenas três semanas após a Kristallnacht [Noite dos Cristais, nome dado aos atos de violência anti-semita que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazista ou Terceiro Reich].

A matéria divulgada pela Canção Nova Notícias informa que o então Cardeal Eugenio Pacelli (Papa Pio XII), secretário de Estado do Papa Pio XI, “enviou um telex em 30 de novembro de 1938 às Nunciaturas e Delegações Apostólicas, bem como uma carta a 61 arcebispos do mundo católico, solicitando 200 mil vistos para "católicos não arianos" três semanas após a Kristallnacht. Além disso, enviou cartas adicionais, datadas de 9 de janeiro de 1939”.

Michael Hesemann afirmou que "o fato de que nesta carta se fale de 'ebrei convertiti' (judeus convertidos), e 'católicos não arianos' certamente é um disfarce. Não era possível ter certeza de que agentes nazistas não iriam tomar conhecimento acerca desta iniciativa. Pacelli tinha que ter certeza de que eles não fariam mal uso disso para propaganda do nazismo, de que eles não poderiam afirmar que 'a Igreja era uma aliada dos judeus'".

A nota da CN notícias revelou também que os nazistas «já haviam utilizado a frase "os judeus e seus aliados negros (Igreja) e vermelhos (bolcheviques)" em sua propaganda, e qualquer passo errado poderia causar uma perseguição contra a Igreja na Alemanha nazista. A Concordata de 1933 marcou profundamente a Alemanha, e também garantiu que judeus convertidos fossem tratados como cristãos. Usando esta posição legal, Pacelli foi capaz de ajudar "católicos não arianos"».

"Altos funcionários do Vaticano verificaram para nós que os termos católicos não arianos, não arianos, judeus católicos significavam realmente judeus. Fomos informados de que se os documentos fossem interceptados, tal artifício não levantaria uma bandeira vermelha com relação à concordata assinada em 1933, que especificamente providenciava proteção para os judeus que haviam se convertido para o cristianismo", agrega o historiador Hesemann.

O renomado estudioso professor Ronald Rychlak e autor do recém-reimpresso "Hitler, a Guerra e o Papa" disse: "A PTWF identificou diversos documentos que comprovam as boas obras do Papa Pio XII e da Igreja Católica. Isso é outra confirmação daquelas boas obras. O aspecto mais importante deste documento é que ele mostra o que muitos de nós dissemos há muito tempo: esforços que parecem ter sido dirigidos para proteger apenas os judeus convertidos protegeram realmente os judeus, independentemente de serem convertidos ou não".

Uma nova percepção sobre Pio XII

O chefe do Conselho da PTWF, Elliot Hershberg, afirmou que a Fundação "continuará a revelar tantos documentos quanto possível, pois tudo o que encontramos até agora parece indicar que a conhecida percepção negativa acerca de Pio XII é errada. Nós também acreditamos que muitos judeus que conseguiram deixar a Europa não tinham nenhuma ideia de que seus vistos e documentos de viagem haviam sido obtidos por meio desses esforços do Vaticano".

Já o presidente da PTWF, Gary Krupp, disse que, "de acordo com nossa missão de identificar e eliminar obstáculos não teológicos entre as religiões, reconhecemos que o papado do Papa Pio XII transcorreu durante um período que impactou negativamente a bilhões de pessoas. A PTWF comprometeu-se com o projeto de recuperação de documentos da época da guerra, para torná-los públicos, bem como muitos documentos e depoimentos de testemunhas oculares tanto quanto possível para trazer a verdade à luz. Até hoje, temos mais de 40 mil páginas de documentos, vídeos de testemunhas oculares, e artigos de notícias em nosso website para ajudar historiadores na pesquisa deste período".

Perita Margherita Marchione

A irmã italo-americana Margherita Marchione, ao obsequiar ao Papa Bento XVI um busto de bronze de Pio XII ao término da Audiência Geral desta quarta-feira, ressaltou que ela nunca perdeu “ocasião para testemunhar a verdade histórica sobre o Papa Pacelli e sua documentada ação a favor dos judeus".

A religiosa entregou com este busto, conforme indica o L’Osservatore Romano, "uma inteira vida feita da apaixonante investigação sobre Eugenio Pacelli" que se iniciou "quando descobri que 114 judeus foram escondidos nas três casas romanas da Congregação das Professoras Pias Filippini" à qual pertence.

A irmã de mais de 80 anos de idade, autora de numerosos livros biográficos, entregou ao Papa Bento um busto de bronze que será colocado ante o Santuário Mariano da Visitação em Santa Marinella no sábado 5 de junho. Este será posto em um jardim dedicado a Pio XII e "aos justos do mundo".

O historiador judeu Elliot Hershberg

O historiador judeu Elliot Hershberg, da Fundação Pave the Way, assinala que "quem examina a grande quantidade de documentos, testemunhos, evidências provadas e demonstráveis, deve necessariamente concluir que o Papa Pio XII foi um afetuoso e solidário amigo do povo judeu".

"Como judeu conheço bem o anti-semitismo, e não existe nem rastro de prejuízo anti-judeu na vida de Eugenio Pacelli", explica o historiador sobre Pio XII. "Quem afirma o contrário –disse por sua parte o rabino Eric Silver– evidentemente não se preocupou nunca de verificar as próprias teses confrontando as fontes diretas, estudando os documentos nos arquivos livremente consultáveis em Roma".

No artigo publicado pelo L’Osservatore Romano, Silver assinala ademais que "difundiu-se o péssimo hábito de refazer as tese contidas nos livros já publicados sem verificá-las; de fato, continuando a disseminação de hipótese completamente privadas de bases documentarias, continua-se assim a obra de desinformação iniciada pelo Rolf Hochhuth com sua peça teatral O vigário".

Não faltam os testemunhos da época: "Sinta-se orgulhoso de ser judeu", exclamou em voz alta o Papa Pio XII a um jovem que ele recebeu em uma audiência geral em 1941, conforme dava conta o Palestine Post em 1945.

E tampouco faltam os nomes famosos entre os amigos judeus de Eugenio Pacelli, como Bruno Walter, um dos maiores diretores de orquestra do século XX; o músico Osip Gabrilowitch, o presidente da Organização sionista mundial Nahum Sokolow, quem em 1925 enviou uma carta de agradecimento, recentemente encontrada, ao Papa Pio XII.

John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano.

FONTES:

[1] ACIDIGITAL. Perito critica “amnésia dos historiadores” sobre Pio XII. [agencia de noticias sobre a Igreja católica]. 19 MAIO 2010. Disponível em: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18999 Disponível em: 14 agosto 2010.

[2] ACIDIGITAL. Historiadores destacam papel de Pio XII para salvar judeus durante a II Guerra Mundial. [agencia de noticias sobre a Igreja católica]. 07 julho 2010. Disponível: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19436 acesso em: 13 agosto 2010.

[3] ACIDIGITAL. Perita ressalta diante de Bento XVI a obra de Pio XII em favor dos judeus. [agencia de noticias sobre a Igreja católica]. 3 junho 2010. Disponível em: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19142 Acesso em: 14 agosto 2010.

[4] ACIDIGITAL. Não há nada de anti-semita em Pio XII, explica historiador judeu. [agencia de noticias sobre a Igreja católica]. 9 JULHO 2010. Disponível em: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19452 Acesso em: 14 agosto 2010.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os 10 últimos Papas condenam o socialismo, marxismo e comunismo. Proposições do Magistério dos papas sobre o tema.




Podemos ainda hoje observar um chamado socialismo cristão, enveredado de “catolicismo” em vários ambientes ligados a Igreja católica no Brasil, mesmo com o descrédito e agonia de um dos principais movimentos como a Teologia da Libertação que desde o fim da Ditadura Militar em 1985, encontra-se fora de moda em desfalecimento em nosso país.

Tentaram infiltrar na Igreja um marxismo (socialismo) cristão, fato inconsistente com o próprio catolicismo, lembremos quando o então cardeal da Congregação para doutrina e fé e hoje Papa Bento XVI, destitui o Ex-Frei Leonardo Boff de suas funções atividades com a Igreja. Lembremos também da posição de João Paulo II que após elogiar a TL, analisou e retificou sua posição a este movimento na America Latina, o condenando. Foi habitualmente clara durante o pontificado de vários papas a incompatibilidade entre o socialismo e a doutrina da Igreja.

Muitos ainda querem segurar esta linha ideológica, usando como pretexto as camadas menos abastadas de nosso país e a situação dos pobres ou a situação capitalista e materialista de nossa nação, mais a Igreja enquanto instituição tem como missão anunciar e auxiliar os pobres e, mas não necessariamente precisando de compressos ideológicos de ação surgidos com o ”Manifesto comunista” de Marx e Engels foi publicado em 1848, muitos pensam que a Igreja não condena este tido socialismo, ou até desconhecem que o Magistério dos Papas sempre condenou o socialismo então faremos uma caminhada percorrendo os documentos e pronunciamentos dos últimos 10 Papas.

Papa Pio IX (1846-1878):

“Transtorno absoluto de toda a ordem humana” “[…] tampouco desconheceis, Veneráveis Irmãos, que os principais autores desta intriga tão abominável não se propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda a ordem humana das coisas, e entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e comunismo” (Pio IX, Encíclica Noscitis et Nobiscum, 8 de dezembro de 1849 – Colección Completa de Encíclicas Pontifícias”, Editorial Poblet, Buenos Aires, pág. 121).

Papa Leão XIII (1878-1903):

“[…]o “comunismo”, o “socialismo”, o “nihilismo”, monstros horrendos que são a vergonha da sociedade e que ameaçam ser-lhe a morte” (Leão XIII, Encíclica Diuturnum Illud, 29 de junho de 1881 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 16).

“Ruína de todas as instituições” “[…] suprimi o temor de Deus e o respeito devido às suas leis; deixai cair em descrédito a autoridade dos príncipes; dai livre curso e incentivo à mania das revoluções; dai asas às paixões populares, quebrai todo freio, salvo o dos castigos, e pela força das coisas ireis ter a uma subversão universal e à ruína de todas as instituições: tal é, em verdade, o escopo provado, explícito, que demandam com seus esforços muitas associações comunistas e socialistas” (Leão XIII, Encíclica Humanum Genus, de 20 de abril de 1884 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 20-21).

“[…] esta seita de homens que, debaixo de nomes diversos e quase bárbaros se chamam socialistas, comunistas ou nihilistas, e que, espalhados sobre toda a superfície da terra, e estreitamente ligados entre si por um pacto de iniqüidade, já não procuram um abrigo nas trevas dos conciliábulos secretos, mas caminham ousadamente à luz do dia, e se esforçam por levar a cabo o desígnio, que têm formado de há muito, de destruir os alicerces da sociedade civil. É a eles, certamente, que se referem as Sagradas Letras quando dizem: ‘Eles mancham a carne, desprezam o poder e blasfemam da majestade’ (Jud. 8)” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 3-4).

“[…] todos sabem com que gravidade de linguagem, com que firmeza e constância o Nosso glorioso Predecessor Pio IX, de saudosa memória, combateu, quer nas suas Alocuções, quer nas suas Encíclicas dirigidas aos Bispos de todo o mundo, tanto os esforços iníquos das seitas, como nomeadamente a peste do socialismo, que já irrompia dos seus antros” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 7).

“[…] os socialistas e outras seitas sediciosas que trabalham há tanto tempo para arrasar o Estado até aos seus alicerces” (Leão XIII, Encíclica Libertas Praestantissimum, 20 de junho de 1888 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 16)

“É necessário, […] que trabalheis para que os filhos da Igreja Católica não ousem, seja debaixo de que pretexto for, filiar-se na seita abominável (do socialismo), nem favorecê-la” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 14).

Inimigo da sociedade e da Religião

“[…] temos necessidade de corações audaciosos e de forças unidas, numa época em que a messe de dores que se desenvolve diante de nossos olhos é demasiado vasta, e em que se vão acumulando sobre nossas cabeças formidáveis perigos de perturbações ruinosas, em razão principalmente do poder crescente do socialismo. Esses socialistas insinuam-se habilmente no coração da sociedade. Nas trevas das suas reuniões secretas e à luz do dia, pela palavra e pela pena, impelem a multidão à revolta; rejeitam a doutrina da Igreja, negligenciam os deveres, só exaltam os direitos, e solicitam as multidões de desgraçados, cada dia mais numerosos, que, por causa das dificuldades da vida, se deixam prender a teorias enganosas e são arrastados mais facilmente para o erro. Trata-se ao mesmo tempo da sociedade e da Religião. Todos os bons cidadãos devem ter a peito salvaguardar uma e outra com honra” (Leão XIII, Encíclica Graves de Communi, 18 de janeiro de 1901 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 15-16).

“… era o Nosso dever advertir publicamente os católicos dos graves erros que se ocultam sob as teorias do socialismo, e do grande perigo que daí resulta, não somente para os bens exteriores da vida, mas também para a integridade dos costumes e para a Religião” (Leão XIII, Encíclica Graves de Communi, 18 de janeiro de 1901 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 04).

“… a Igreja do Deus vivo, que é ‘a coluna e o sustentáculo da verdade’ (1 Tim. 3,15), ensina as doutrinas e princípios cuja verdade consiste em assegurar inteiramente a salvação e tranqüilidade da sociedade e desarraigar completamente o germe funesto do socialismo” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 7.).

Os comunistas, os socialistas e os niilistas são uma “peste mortal que se introduz como a serpente por entre as articulações mais íntimas dos membros da sociedade humana, e a coloca num perigo extremo” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 03).

Os socialistas, os comunistas e os niilistas “nada deixam intacto ou inteiro do que foi sabiamente estabelecido pelas leis divinas e humanas para a segurança e honra da vida” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 04).

O socialismo diverge diametralmente da Religião Católica

“… ainda que os socialistas, abusando do próprio Evangelho, a fim de enganarem mais facilmente os espíritos incautos, tenham adotado o costume de o torcerem em proveito da sua opinião, entretanto a divergência entre as suas doutrinas depravadas e a puríssima doutrina de Cristo é tamanha, que maior não podia ser. Pois ’que pode haver de comum entre a justiça e a iniquidade? Ou que união entre a luz e as trevas?’ (2 Cor. 6, 14)” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 8).

Papa São Pio X (1903-1914)

O sonho utópico de reconstruir a sociedade trará o socialismo

“O equívoco está desfeito; a ação social do Sillon não é mais católica. […] Porém, mais estranhas ainda, ao mesmo tempo inquietantes e acabrunhadoras, são a audácia e a ligeireza de espírito de homens que se dizem católicos, e que sonham refundir a sociedade […] e estabelecer sobre a terra, por cima da Igreja Católica, ‘o reino da justiça e do amor’, com operários vindos de toda parte, de todas as religiões ou sem religião, com ou sem crenças, […] Que é que sairá desta colaboração? Uma construção puramente verbal e quimérica, em que se verão coruscar promiscuamente, e numa confusão sedutora, as palavras liberdade, justiça, fraternidade e amor, igualdade e exaltação humana, e tudo baseado numa dignidade humana mal compreendida. Será uma agitação tumultuosa, estéril para o fim proposto, e que aproveitará aos agitadores de massas, menos utopistas. Sim, na realidade, pode-se dizer que o Sillon escolta o socialismo, o olhar fixo numa quimera” (São Pio X, Carta Apostólica Notre Charge Apostolique (Nosso encargo apostólico), aos Bispos da França, Sobre os erros do Sillon, 25 de Agosto de 1910, n. 34. – Apud Plinio Corrêa de Oliveira, Em Defesa Da Ação Católica, 2ª edição – março de 1983, Artpress Papéis e Artes Gráficas Ltda, São Paulo).

Papa Bento XV (1914-1922):

A condenação do socialismo não deveria jamais ser esquecida

“Não é nossa intenção aqui repetir os argumentos que demonstram claramente os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. Nosso predecessor, Leão XIII, muito sabiamente já o fez em encíclicas verdadeiramente memoráveis; e Vós, Veneráveis Irmãos, tomareis o maior cuidado para que esses graves preceitos não sejam jamais esquecidos, mas sempre que as circunstâncias o exigirem, eles deverão ser expostos com clareza e inculcados nas associações católicas e congressos, em sermões e na imprensa católica” (Bento XV, Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum, 1° de novembro de 1914, n. 13).

Papa Pio XI (1922-1939):

“O socialismo concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã.”

“E se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida, que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos, convencidos de que os princípios cristãos não podem jamais abandonar-se nem obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam instantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase batizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão. Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: O socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como “ação”, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã” (Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 43-44).

Socialismo católico, uma contradição: ”Ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”

“E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa concepção da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista” (Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 44).

Falsa conciliação: Não é lícito mitigar os princípios católicos para se aproximar dos socialistas

“Mas não se vá julgar que os partidos socialistas, não filiados ainda ao comunismo, professem já todos teórica e praticamente esta moderação. Em geral, não renegam a luta de classes nem a abolição da propriedade, apenas as mitigam. Ora, se os falsos princípios assim se mitigam e obliteram, pergunta-se, ou melhor, perguntam alguns sem razão, se não será bem que também os princípios católicos se mitiguem e moderem, para sair ao encontro do socialismo e congraçar-se com ele a meio caminho. Não falta quem se deixe levar da esperança de atrair por este modo os socialistas. Esperança vã! Quem quer ser apóstolo entre os socialistas é preciso que professe franca e lealmente toda a verdade cristã, e que de nenhum modo feche os olhos ao erro” (Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 42-43).

Papa Pio XII (1939-1958):

A socialização total tornaria pavorosa realidade a imagem terrificante do Leviatã

“Ademais, a proteção do indivíduo e da família, frente à corrente que ameaça arrastar a uma socialização total, em cujo fim se tornaria pavorosa realidade a imagem terrificante do Leviatã. A Igreja travará esta luta até o extremo, pois aqui se trata de valores supremos: a dignidade do homem e a salvação da alma”. (Pio XII, Radiomensagem de 14 de setembro de 1952 ao Katholikentag de Viena. Discorsi e Radiomessaggi di Sua Santità Pio XII, vol. XIV, p. 314.).

Perigos da mentalidade socialista

Não se pode cair no erro de “retirar … o gerenciamento dos meios de produção da responsabilidade pessoal dos proprietários privados [indivíduos ou companhias] para transferi-lo à responsabilidade coletiva de grupos anônimos, [uma situação] que se acomodaria muito bem com a mentalidade socialista” (Pio XII, Discurso aos Congressos de Estudos Sociais e à União Social Cristã, 5 de junho de 1950.).

Papa João XXIII (1958-1963):

“Nenhum católico pode aprovar sequer o socialismo moderado” “Adiante, o Papa Pio XI enfatizou a fundamental oposição entre o comunismo e o Cristianismo, e deixou claro que nenhum católico pode subscrever nem mesmo o socialismo moderado.

A razão está em que o socialismo funda-se em uma doutrina a respeito da sociedade humana que é ligada ao tempo e não toma em conta nenhum outro objetivo que o bem-estar material. Desde que ele propõe uma forma de organização social que tem em vista unicamente a produção, ele coloca uma muito severa restrição á liberdade humana, ao mesmo tempo que viola a verdadeira noção de autoridade social”. (João XXIII, Encíclica Mater et Magistra, 15 de maio de 1961, n. 34).

Papa Paulo VI (1963-1978):

Em 1965 durante o Concílio Vaticano II, Paulo VI recebeu o Conselho Episcopal Latino-Americano e na sua alocução ele atenta para o “Ateísmo marxista”. Ele o apresenta como uma força perigosa, largamente difundido e extremamente nociva, que se infiltra na vida econômica e social da América Latina e pregando a “Revolução violenta como único meio de resolver os problemas” (Extraído do livro “Le Rhin se jette dans le tibre”, pág 273. Ralph Wiltgen. Ed Editions du Cédre 1974, 5a tiragem).

Cristãos, atraídos pelo socialismo, tendem a idealizá-lo

“Muito freqüentemente os cristãos, atraídos pelo socialismo, tendem a idealizá-lo em termos que, além de tudo o mais, são muito genéricos: um desejo de justiça, solidariedade e igualdade. Eles se recusam a reconhecer as limitações do movimento socialista histórico, que continua condicionado pelas ideologias das quais se originaram.” (Paulo VI, Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de maio de, 1971, n. 31).

Papa João Paulo II: (1978-2005)

Analise dos dois sistemas.

“Nesta luta contra um tal sistema (o Papa está falando do capitalismo selvagem) não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de fato, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação” (no. 35) “A Igreja reconhece a justa função do lucro, como indicador do bom funcionamento da empresa” (no. 35) “Aquele Pontífice (Leão XIII), com efeito, previa as conseqüências negativas, sob todos os aspectos - político, social e econômico - de uma organização da sociedade, tal como a propunha o “socialismo”, e que então estava ainda no estado de filosofia social e de movimento mais ou menos estruturado. Alguém poderia admirar-se do fato de que o Papa começasse pelo “socialismo” a crítica das soluções que se davam à “questão operária”, quando ele ainda não se apresentava - como depois aconteceu - sob a forma de um Estado forte e poderoso, com todos os recursos à disposição. Todavia Leão XIII mediu bem o perigo que representava, para as massas, a apresentação atraente de uma solução tão simples quão radical da “questão operária”. (n°. 12).

Sobre a proposição antropológica do socialismo.

” Aprofundando agora a reflexão delineada (…) é preciso acrescentar que o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada”. (no. 13).

“Na Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente, contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos dias” (Enc. Centesimus Annus, tópico 30 da ed. Paulinas)

Papa Bento XVI. (2005- Até então).

Quando cardeal manifestou-se sobre algumas características do marxismo, sendo não compatíveis com as verdades de fé do Cristianismo.

“É verdade que desde as origens, mais acentuadamente, porém, nestes últimos anos, o pensamento marxista se diversificou, dando origem a diversas correntes que divergem consideravelmente entre si. Na medida, porém, em que se mantêm verdadeiramente marxistas, estas correntes continuam a estar vinculadas a certo número de teses fundamentais que não são compatíveis com a concepção cristã do homem e da sociedade.” (Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6 de agosto de 1984. Cap. VII nº 9; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone).

Esta instrução sobre a Teologia da Libertação acabou por condenar este grosseiro e pretensiosa interpretação teológica alicerçada no marxismo.

“Lembremos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos encontram-se no centro da concepção marxista. Esta contém de fato erros que ameaçam diretamente as verdades de fé sobre o destino eterno das pessoas.” (Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6 de agosto de 1984. Cap. VII nº 10; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone).

Agora Papa, em discurso a bispos brasileiros, proferido em 2009. Reafirmou sua posição mencionando a instrução Libertatis Nuntius redigira por ele mesmo quando era ainda cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

“Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo.” (Discurso do Papa Bneto XVI. Aos prelados da Conferencia Episcopal dos Bispos do Brasil dos Regionais Sul 3 e Sul 4 em visita Ad Limina Apostolorum. 5 de Dezembro de 2009).

Em 2007, Bento XVI estando no Brasil, falou sobre a falsidade ideológica tanto do capitalismo como o marxismo.

“Tanto o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez estabelecidas, funcionariam por si mesmas. Afirmaram que não só não havia tido a necessidade de uma moralidade individual prévia, mas que também elas fomentariam uma moralidade comum. E estas promessas ideológicas se mostraram falsas”, (Bento XVI, discurso de abertura da 5ª Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida. 2007).

John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano
Caruaru 5 de Agosto de 2010.

Referencias:

[1] SOLIMEO, Gustavo A. O que os Papas disseram sobre o socialismo – Textos pontifícios esclarecedores. Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. 9 junho 2010. Disponível em: http://www.ipco.org.br/home/ Acesso em: 02 Agosto 2010.

[2] AQUINO, Felipe. Ensinamentos dos Papas sobre o Socialismo. 23 abril 2010. Disponível em:  http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2010/04/23/ensinamentos-dos-papas-sobre-o-socialismo/ Acesso em: 04 agosto 2010.