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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ao Sagrado Coração de Jesus

Por Carina Caetano

Meu doce amado Jesus,

Quis hoje lhe escrever. Sim. Olhando teu sagrado coração, pude ouvir tua voz serena a me inspirar e a ter ânimo novo, neste dia em que celebramos o teu coração precioso. Dele correram sangue e água. Nele vimos tua humanidade, mesmo sendo Deus. E sendo Senhor de todas as coisas, morreu por nós na cruz. Quanto mistério! Tu te dás na simplicidade de um pão e ao mesmo tempo és o Rei dos Reis. O pequeno e o tão grande!

Os limites, extremos. Soberano de todas as coisas.

Pensando neste sentido, vejo o homem, na sua pequenez. Me vejo, Senhor, pobre e fraca. Vivendo só pela sua misericórdia. 

O homem busca grandes coisas, a se beneficiar de tudo, ser o maior de todos, conquistar status e posição de vantagem perante os outros. Busca freneticamente sua felicidade em coisas vãs e passageiras. Se frustram. Alguns sucumbem e buscam a morte, inocentemente achando que esta é a maneira de cessarem seus problemas. Meu Deus! Bendito seja o teu

Coração chagado e sagrado também por estas pessoas que são fechadas ao teu mover.

O homem chegou à Lua, lutou por isso, para conquistar o Universo, outros planetas e quiçá gostariam até de ver outras galáxias de perto. E tocá-las. 

Ó meu Deus, piedade! Piedade de mim que busco, tantas vezes, a felicidade em coisas passageiras... Em querer ir longe demais, quando o meu repouso está neste teu coração.

O homem se aproxima da Lua, e se distancia de Deus. Quisera, Senhor, visitá-lo no Sacrário, para sentir teu coração pulsar, e lá encontrar uma fila de pessoas com a mesma intenção. 

Hoje vemos pessoas vazias, bancos de igrejas vazias, filas de confissão vazias. Onde estão as pessoas? Em filas de cinemas, de bancos, de shows. Isso é proibido? Não. É necessário. Vã é a nossa vida se vivemos longe do Cristo, da Divina Eucaristia e sob a intercessão da bem aventurada Virgem Maria.

Senhor, é o teu coração que queremos. Coloca-nos junto de Ti e nos lava com o teu sangue, nos redima pelos nossos pecados. Sede Nosso auxílio e proteção!

Oração


Recordai-vos, oh! Sagrado Coração de Jesus! de tudo o que haveis feito por salvar nossas almas, e não as deixeis perecer.
Recordai-vos do eterno e imenso amor que haveis tido por elas; não desprezeis estas almas que vêem a Vós, agoniadas sob o peso de suas misérias oprimidas sob o de tantas dores.
Comovei-vos à vista de nossa debilidade, dos perigos que nos rodeam por todas as partes, dos tantos males que nos fazem suspirar e gemer.
Cheios de confiança e amor, viemos a vosso Coração, como o coração do melhor dos pais, do mais terno e mais compassivo amigo.
Recebei-nos, oh! Coração Sagrado! em vossa infinita ternura; fazei-nos sentir os efeitos de vossa compaixão e de Vosso amor; sede nosso apoio, nosso mediador perante vosso Pai, e em nome de vosso precioso sangue e de vossos méritos, concedei-nos a força em nossas debilidades, consolo em nossas penas, e a graça de amar-vos no tempo e de possui-vos na eternidade.
Coração de Jesus, eu venho a Vós porque sois meu único refugio, minha unica mas certa esperança; Vós sois o remedio de todos os meus males, o alívio de todas as minhas misérias, a reparação de todas as minhas faltas, a segurança de todos os meus pedidos serem atendidos, a fonte infalivel e inesgotávelpara mim, e para todos a luz, força, constância, paz e benção.
Estou seguro que não vos cansareis de mim e que não cessareis de amar-me, proteger-me e ajudar-me, porque me amais com um amor infinito.
Tende piedade de mim, segundo vossa grande misericórdia, e fazei de mim, por mim, e em mim tudo o que queirais, porque eu me abandono a Vós com inteira confiança de que Vós não me abandonareis jamais. Assim seja.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Por que Deus se fez homem? (II parte)


Por: Eduardo Moreira.


O que é o pecado e como ele deve ser perdoado:

Num primeiro artigo foi exposto o porquê de Deus ter redimido o homem através do sacrifício do Homem-Deus. Nesse artigo abordar-se-á o tema do pecado quanto à sua natureza e como ele deve ser perdoado à luz da misericórdia Divina. Esse artigo parte para um campo apologético, haja vista que há no mundo atual uma mentalidade antropoteísta deveras pueril que diz que se Deus é misericórdia ele deve perdoar os pecados por pura bondade. Partimos, pois, do pressuposto que Deus existe, como demonstrado de forma bastante clara e diria incontestável através das cinco vias de Santo Tomás de Aquino.

Santo Anselmo define que o pecado é nada mais nada menos que não render à Deus o culto que Lhe é devido. Esse culto é uma dívida perpétua do homem, uma expressão de gratidão por sua criação. Em outro artigo tratar-se-á da criação do homem, isto é, do porquê de sua criação e se ele foi sempre desejado nos planos divinos.

Devemos sumariamente saber que Deus é amor e é bondade. O homem deve, pois, render a Deus a gratidão pela criação, ou seja, pelo dom da existência. Logo, homens e anjos não pecariam se rendessem a Deus o que Lhe devem e de forma análoga, o pecado é o ato do homem não render a Deus o que se Lhe deve.

Dessa maneira, homens e anjos têm uma dívida de gratidão para com Deus por ocasião de sua existência contingente. Como a existência humana e angelical uma vez criada existe perpetuamente, homens e anjos devem perpetuamente gratidão a quem lhes deu a existência, que no caso é Deus. Portanto, o culto é a retidão da vontade, à qual devemos à Deus e é só o que Ele requer de nós. Aquele que não rende à Deus essa honra que Lhe é devida O desonra, pois rouba Sua posse e isto é precisa e exatamente o pecado. Além disso, quem não repara esse débito permanece na culpa.

Quem permanece na culpa por ter desonrado à Deus não só deve pagar o valor do roubo da honra, mas também algo mais, uma pena devido ao desprezo oferecido e à má inclinação do homem ao cometer o absurdo de ofender e desonrar a infinita bondade de Deus que é infinito. É conveniente pensar nisso como se fosse alguém que retira a saúde de um trabalhador impedindo-o de trabalhar. Ora, não é justo que esse alguém pague apenas pelo reparo salutar, mas que pague, outrossim, pelo tempo de trabalho ao qual ficou o trabalhador impossibilitado de trabalhar. Dessa forma quem peca deve devolver à Deus a honra que Lhe roubou.

Há, após essa explicação, quem certamente objetará que Deus deve perdoar o pecador por simples misericórdia. Esses são os mesmos que fazem a terrível e danosa confusão entre amor e fraqueza. Dizem eles que quem ama não castiga ou pior, dizem que Deus é injusto se castigar e que Ele sendo capaz de tudo pode perdoar não só por misericórdia infinita como também pela onipotência Divina. Acontece que Santo Anselmo através da Filosofia Escolástica prova que pelo castigo Divino não há injustiça e tampouco clivagem da onipotência de Deus.

Da maneira como exposto no texto até o presente, perdoar consiste em punir. Ora, se não é justo cancelar o pecado sem punição, perdoar o pecado por pura misericórdia é agir contra a justiça e retidão. Logo, se o pecado não é punido há desordem, como quando uma criança que rouba um doce, percebendo a facilidade e a impunidade do ato torna a roubar. Como o Reino de Deus é perfeito, não convém que nenhuma desordem adentre n’Ele e assim é justo e salutar que Deus puna quem O desonra.

Foi mostrado, pois, que o pecado deve ser remido pela punição, mas não ainda não está claro o seguinte item: Por que o pecado deve ser punido para que haja justiça? Ora, se Deus usa Sua onipotência para perdoar um pecado por pura misericórdia e não pela punição, o pecado e a desordem estão mais à vontade que a justiça e a ordem. A conclusão fatal é que o pecador e o não pecador teriam méritos iguais perante o Pai, o que seria o mesmo que dizer que o pecado é igual à justiça. Como pode ser notado, seria absurdo dizer isso de Deus, senão deveras injusto dizer que Deus não difere a justiça da injustiça.

Para melhor entendimento, deve-se considerar que a justiça dos homens está submetida à lei de forma tal que a justiça Divina está submetida também à uma lei. Em maior ou menor magnitude a justiça dos homens se assemelha à justiça de Deus. Logo, se o pecado não é punido, tampouco está submetido à lei de Deus, o que leva a crer que o pecado está mais a vontade que a justiça e isso é ilógico. Dizer que o pecado pode ser perdoado apenas pela misericórdia é dizer automaticamente que o pecado é similar a Deus, que não está submetido à nenhuma lei, pois sendo Deus plenamente perfeito, Ele não é submisso a nada, afinal, só deve haver submissão de algo menos perfeito à algo mais perfeito. Se dizemos assim que o pecado não está submetido à lei de Deus, dizemos que o pecado é tão perfeito quanto Deus, o que é absolutamente intolerável.

Há ainda quem possa lançar alguma objeção dizendo que se Deus nos obriga a perdoar os pecados contra nós cometidos Ele é injusto para conosco, pois nos sobrecarrega com um fardo tão pesado que Ele mesmo não carrega. Acontece, pois, que não cabe ao homem vingar-se dos pecados cometidos contra ele, pois isso caracteriza vingança e ódio, o que é desordem. Cabe, assim, às autoridades, legítimas vingadoras da lei que fazem da lei objeto para manter no mundo a ordem natural, o dever de vingar os crimes. Devemos entender que quando as autoridades cumprem a justiça é o próprio Deus que o quer e que cumpre a lei através do poder que é certamente dado do alto quando cumpre o bem.

Constitui, pois, um abuso intolerável não dar a Deus a honra que se Lhe deve como, outrossim, constitui uma injustiça intolerável que Deus suporte esse abuso intolerável. Se assim não há nada maior ou melhor que Deus, não há nada mais justo que a suprema justiça que mantém a honra de Deus na disposição das causas, o que não é outra coisa senão o próprio Deus. Logo, não há nada mais justo do que Deus conservar sua honra e sua dignidade pelo bem da própria disposição universal.

Não devemos, entretanto, pensar que Deus perde sua honra, pois ou o pecador devolve espontaneamente ou pela força o que retirou de Deus. Se o homem devolve espontaneamente a honra de Deus ele devolve a si próprio a ordem natural do universo na qual constitui a felicidade para a qual o homem foi criado. Se doutra forma o homem não devolve a honra que ao Pai pertence, a infelicidade é o salário do pecado, pois sendo o homem criado para a felicidade não seria jamais infeliz se não tivesse pecado. A própria infelicidade já tira por si só do homem o que pertence a ele para que haja a restituição da honra Divina.

A honra de Deus em si não pode, todavia, ser retirada, pois assim como uma operação matemática não pode alterar em nada o módulo do algarismo infinito, uma ação humana é desprezível ainda que com esforço para retirar algo da honra de Deus que é infinita, imutável e, portanto, incorruptível. O homem não pode com o culto de forma idêntica prover nada na honra Divina, que já é perfeita. Isso não escusa, ao contrário, só agrava a atitude do homem em tentar desonrar a Deus, afinal, não Lhe dando a honra que Lhe é devida, desonra a beleza e a disposição do universo na qual foi criado o homem, mas de modo algum ofusca ou prejudica a honra e a dignidade de Deus. O homem prejudica só a beleza da criatura-universo através da ruptura da disposição natural, o que tange indiretamente em desonrar a Deus que tudo criou.

Não adianta assim o homem tentar fugir da submissão natural, pois está confinado na criação e de sua conduta depende a beleza daquela. Tentar ir contra a disposição natural de Deus é agir dentro do que criou Deus de forma não natural, o que implica dizer que se o homem não honra a Deus pela manutenção da ordem criada, o desonra automaticamente, ainda que em nada ofusque a perfeição Divina que está fora do mundo e que é independente dela. Portanto, o pecado do homem verte-se não contra Deus diretamente, mas contra o próprio homem, cabendo a Deus fazer justiça contra os que prejudicam o todo pelo pecado. É dessa forma que existe o pecado e é assim que o pecado agride a honra divina, não sendo, pois, Sua própria honra que é infinita, mas a honra da criação naturalmente boa e criada por Deus.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Cristologia, introdução a sua importância para a Igreja

A Cristologia é o principal Ramo da Teologia de imponência e importância fundamental para a fé cristã, tal estudo registrou e sucedeu grande centralidade para a vida da Igreja até os dias de hoje, na Cristologia abordada nos primeiros concílios que definiram e sistematizaram dogmaticamente as duas naturezas de Cristo, Divina e a Humana e sua Pessoa única e indivisível, além de sua Alma e relação mistério com o Pai e o Espírito Santo, e também efetuaram notável instrução na proclamação do dogma da Santíssima Trindade.

Suas origens registram-se e confundem-se nas duas principais escolas teológicas da Antiguidade: a Alexandrina e a Antioquina, que muito influíram na elaboração da Cristologia.

A escola Alexandrina era herdeira de forte tendência mística; procurava exaltar o divino e o transcendental nos artigos da fé. Interpretava a S. Escritura em sentido alegórico, tentando desvendar os mistérios divinos contidos nas Sagradas Letras. Em assuntos cristológicos, portanto, era inclinada a realçar o divino, com detrimento do humano. Ao contrário.

A escola Antioquiana era mais dada à filosofia e à razão: ou a lógica voltava-se mais para o humano, sem negar o divino. Interpretava a S. Escritura em sentido literal e tendia a salientar em Jesus os predicados humanos mais do que os atributos divinos. Era mais racional, ao passo que a de Alexandria era mais mística.

Estes dois ramos tiveram um progresso fantástico nos primeiros séculos da igreja e lançaram vertentes, ao grande progresso interpretativo seja ele racional ou místico de Cristo Jesus no estudo principalmente exercido pelos Padres da Igreja nos VII séculos iniciais da Igreja católica, a Cristológia; estes estudos formarão a base das declarações Conciliares sobre todo o relacionamento de Cristo com o Pai e o Espírito além de analisar apuradamente sua figura pessoal seja ela Como Deus-Homem ou Homem-Deus.

Em outros estudos faremos uma análise da Figura Neo Testamentaria de Cristo com simplicidade e lucidez para que os leitores tenham uma pouco mais de conhecimento linguístico sobre Nosso Senhor Jesus Cristo situando-se na doutrina cristã.

John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano
Caruaru 04 de Agosto de 2010.