quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Imitação de Maria - Parte III



Por: Eduardo Moreira

Da perfeita imitação da Santíssima Virgem

Para que serve o homem se não é para viver santamente? Em vão busca a sabedoria se não se submete a Cristo. Em vão procura soluções se não se vê arraigado ao Altíssimo Senhor. Cristo é a Sabedoria Encarnada, a razão de toda a ciência, a luz entre as trevas. Ora, se Cristo é tudo isso, Maria é a porta que nos abre ao Sagrado Coração de Jesus através de suas mãos imaculadas. Dispensadora das graças, Maria Santíssima, nossa amada Mãe. Porque Deus, não satisfeito com resgatar o homem do pecado, deu-lhe uma mãe, modelo e cópia de virtudes para que, através da imitação de sua santidade, se santificasse também o homem.

Feliz o homem que consegue, em sua humildade e na medida do possível, imitar a Santíssima Virgem. Feliz a boca que anuncia o Evangelho através da imitação da Santíssima Virgem. A esse, Deus olha com bom gosto e com um amor terníssimo, com um amor quase similar ao amor com o qual olha a Santíssima Virgem. Feliz aquele que na oração diária do Santo Rosário pretende se unir de forma perfeitísisma à Maria de forma tal que se torne silêncio, reduzido ao pó, para que Cristo seja tudo nele. Nisso, precisamente, consiste a verdadeira felicidade e não há outra via de perfeição senão aquela que passa por Maria. Se Deus necessitou passar por Maria para se encarnar, quem é o homem, esse verme miserável, para se negar a passar por Ela a fim de buscar a santidade?

Por que está na Terra o homem senão para buscar a santidade? Nossa vida não passa de um sopro e com a menor das tribulações podemos voltar ao pó de onde viemos. De nossos primeiros pais herdamos a culpa e Maria, pelo seu sim, permitiu que Deus se encanasse. Sejamos, pois, imitadores da Virgem, a dispensadora de todas as Graças, pois da decisão d’Ela pendeu a maior de todas as belezas e fonte de todas as Graças: a Encarnação do Verbo de Deus.



Concedei-nos Senhor, a nós que militamos sob o estandarte da Virgem, aquela plenitude de fé em Vós e de confiança em Maria, que nos assegurem a conquista do mundo. Dai-nos uma fé viva, animada pela caridade, que nos leve a praticar as nossas ações, unicamente por amor de Vós e a ver-Vos e a servir-Vos sempre no nosso próximo; uma fé firme e inabalável como a rocha, que nos conserve calmos e resolutos no meio das cruzes, trabalhos e decepções da vida; uma fé corajosa, que nos anime a empreender e a prosseguir, sem hesitação, grandes coisas, por Deus e pela salvação do próximo; uma fé que seja a Coluna de Fogo da nossa Legião que nos guie avante unidos, - para acender em todos a chama do Amor divino, - iluminar os que estão nas trevas e sombras da morte, - animar os indecisos, - restituir a vida aos mortos no pecado; e nos dirija os passos no caminho da paz; de forma que, terminada a batalha da vida, a nossa Legião possa reunir-se sem uma só perda, no Reino de Vosso Amor e Glória. Amém