O novo pentecostes é agora! Essa afirmação choca? Certamente, mas é a verdade. Os hereges tentaram destruir a Igreja bombardeando por fora através das três Revoluções e por dentro, através do modernismo e da Teologia da Libertação. Só se esqueceram de uma coisa. Não é contra os Papas, contra os Santos, contra os leigos que estão lutando, mas sim contra Deus. É Deus que quer a Igreja na terra, não são os homens. Se dependesse desses, a Igreja teria sido exterminada ainda nos tempos apostólicos. Quantas vezes não fomos atribulados? Quantas vezes não pensamos: Estamos liquidados? Todavia, a mão caridosa de Deus e seu olhar bondoso nos castigou pelos nossos erros, que foram muitos, mas nunca se separou de nós, sua Nação Santa, o povo da Nova Aliança comprado com o Sangue do Cordeiro.
Certa vez comentava indignado com um amigo: Como pode haver tanto erro entre o clero? Gente que deveria ensinar a doutrina e troca essa por marxismos e por outros erros abertamente condenados pela fé que eles dizem professar? Meu amigo então me disse que na época da Revolução Francesa, Napoleão falou a um cardeal que enfim destruiria a Igreja. O Cardeal então riu-se e disse que nem eles, estando a tanto tempo tentando fazer isso por dentro haviam conseguido, quem dirá então um imperador que agiria por fora. É óbvio que muitos cardeais, espero que a maioria, são a favor da Verdadeira Fé, mas é sabido que sempre houve aqueles que só fizeram mal. De fato, os piores inimigos da Igreja são os lobos disfarçados de cordeiros, são membros do clero que deveriam ensinar a doutrina, mas acabam fazendo alianças com o protestantismo, com o marxismo, com o modernismo e com tudo o que não condiz com nossa fé.
Por um momento quando aderi ao catolicismo sem reservas, pensei que os inimigos só estavam de fora, mas hoje vejo que não. Aliás, os inimigos externos são o menor dos problemas. Poucos são os católicos que ainda querem a ortodoxia e a doutrina da Igreja, mas esses poucos têm se multiplicado e parece que os grãos de mostarda têm aumentado de tal forma que futuramente talvez tomem todo o ambiente católico. Fiquei muito feliz ao ver uma jovem que chegou à cidade de São Carlos com o hábito de usar o véu. Várias jovens passaram a usar o véu na Missa por causa do testemunho dessa irmã. Muito me alegra também ver um irmão de fé que antes atacava a Igreja e que graças à apologética caridosa tem se tornado um fiel cada vez mais ortodoxo e convicto. Esse é o Espírito Santo que acende em nós o fogo dos primeiros séculos do cristianismo, ressuscitando em nós a fé cristã de forma ortodoxa e de acordo com os ensinamentos pios, outrora quase mortos.
Pensei que tudo isso era fruto do trabalho árduo de certa associação ultraconservadora que milita na internet, mas hoje vejo que não. É o próprio Espírito Santo que, vendo o estado de calamidade em que estamos vivendo, tomou providências e suscitou nos leigos de todo o mundo o brado de quem quer a doutrina ortodoxa da Igreja de sempre. Enfim os frutos do Concílio Vaticano II estão aparecendo.
Esse Concílio quis abrir as portas da Igreja para os leigos. Os modernistas e os demais hereges viram nele então um prato cheio. Passaram a ensinar suas heterodoxias e incumbiram os leigos de as propagarem. Com o tempo, devido à grande evasão de fiéis, nós que queríamos permanecer firmes tomamos a postura de estudar para combater as heresias, evitando assim que o rebanho se perdesse. Em resumo, o clero ortodoxo e os leigos estão com a tarefa árdua de resgatar nossa fé, de novamente suscitar na Igreja o Espírito radical de bravura da cavalaria, dos fiéis que dão a vida pela Igreja e por amor a Deus. O amor é assim, radical, sem limites e é imitando a Cristo, que amou-nos a ponto de dar a vida por nós, que agimos assim.
Todavia, o trabalho é árduo, a missão é longa e o resgate da fé custará muito caro. Agora que os modernistas pensam que venceram, eles farão de tudo para destruir os poucos ortodoxos que restaram. Não me espantarei se vir excomunhões injustamente postas, provas plantadas e várias perseguições. Isso é natural, pois assim como o mundo odiou a Cristo, ele nos odeia e o espírito do mundo tem governado a Igreja em várias comunidades. Precisamos de você. Precisamos de mais fiéis que queiram ouvir a doutrina e que queiram ser radicais na santidade e a santidade plena só existe na ortodoxia. Não há amor sem exigência, não há exigência sem compromisso e não há compromisso se não houver a fé autêntica, ensinada pela Sagrada Escritura, pela Sagrada Tradição e guiada pelo Sagrado Magistério. Que ao fim de nossas vidas possamos nos reunir sem uma só perda nos céus e que em nosso julgamento possamos dizer a Deus, combatemos o bom combate, alvejamos nossas vestes no sangue do Cordeiro. Juntem-se a nós todos os que amam nossa Igreja e sua causa. Resistam, bravos, resistam!
Ad majorem Dei gloriam!
Equipe do Apostolado São Clemente Romano