quinta-feira, 12 de maio de 2011

Leitora pergunta sobre a presença de composições protestantes na liturgia católica.

Transcrevemos aqui a pergunta a nós endereçada por uma simpática e zelosa leitora.

“espero a ajuda de vocês!!!!!

Sou Maria dos anjos, toco violão e canto na Igreja desde os meus 16 anos. Olha o problema em que eu me envolvi.

O padre de minha paróquia passou um verdadeiro rodo em algumas das músicas que mais gostavamos de cantar. Só que embora ele tenha mandado suprimir esses canticos, ele ainda nao deu uma formação sobre música, mas já está marcada. Vai acontecer em todos os sábados do mes de junho. Mas como ele reuniu os coordenadores dos ministerios de músicas, e passou a noticia e alegou que só vai explicar quando tiver todos os grupos reunidos em junho, quando eu fui falar com o meu grupo, ninguem concordou com o padre, mas ninguem vai questionar nao, só qeu eu queria que vcs me dissessem quais sao os erros nessas músicas:

Por que ele vive!

"Deus enviou seu Filho amado para morrer no meu lugar..."

Faz um milagre em mim

"Entra na minha casa, entra na minha vida..."

outras:

"tem anjos voando nesse lugar, em cima do povo, em cima do altar..."

"Hoje é dia de celebração (derrama o teu amor aqui, faz chover sobre nós agua viva!)

Essas são as mais populares tem essa daqui também

"Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual..." cantavamos como ato penitencial,

O que vcs tem a dizer sobre essas canções qeu nosso povo cantava até hoje?”

Resposta:

Salve Maria! Caríssima Maria dos Anjos, muito felicita-nos sua seu comentário iremos respondê-la em forma de publicação.

É provável que o Revmo. Padre de sua paróquia tomou esta decisão prudente decisão visando à fé católica e por excessivo cuidado a ela, que é expressa solenemente na liturgia e nesta não pode esta oscilando em relação ao que é exigido pela Igreja em seus documentos ou lado a lado com composições que não são católicas que não correspondem ou estão alinhadas com a Igreja e sim com as diversas expressões de “fé” dos milhares de seitas do país, estas composições musicais são incompatíveis com a fé e credo que os fieis devem expressar, geralmente elas contém erros e equívocos teológicos dos mais diversos. Em contra posto as composições católicas que devem denotar comunhão plena e estarem em ressonância com a Igreja.

Seque-se abaixo as três razões pelas quais segundo o grande sacerdote, apologista e monge beneditino Dom Estevão Bettencourt que infelizmente nos deixou em 14 de abril de 2008. Apontou para a recusa por parte da Igreja em utilizar cânticos não católicos em sua liturgia.

1)Lex orandi lex credendi (Nós oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se exprime na oração, já diziam os escritores cristãos dos primeiros séculos.

No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de hinos religioso, ao que Sto. Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.

Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo propugnava a existência de Igrejas nacionais subordinadas não ao Papa, mas ao monarca. Em conseqüência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão.

Pois bem, os protestantes têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do que a católica.

2) Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: A Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestre... Esses temas não podem faltar numa autêntica espiritualidade cristã.

3) Deve-se estimular a produção de cânticos com base na doutrina da fé.

Observe das canções que você mencionou quantas são solidamente católicas. Temos que preservar nossa fé amiga pense nesta perspectiva e tente também refletir sobre isto com seu grupo. Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre! (cf. Hb 13,8) A Igreja que é sua imagem e esposa também e pro conseguinte não pode mudar pro caprichos humanos!

In Christi!

John Lennon J. da Silva