sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mariologia (I parte)

Mariologia



Introdução a Mariologia

A Mariólogia tem sua origem nas raízes do cristianismo, o primeiro a figurar esta posição mariana e a estuda - lá foi Santo Ireneu de Lião (†202) Grande Pai Ocidental da Igreja em sua obra; “De Recapitulacionae” explica-nos; é o primeiro a declarar Maria como a nova Eva mãe do novo Adão;

“As etapas da salvação da humanidade são percorridas no sentido inverso ao da queda, desligando-se progressivamente, os laços das últimas até as primeiras [...] É assim que o laço da desobediência de Eva, sem pecado, mas que peca, é desligado pela obediência de Maria, [...]”.

Mais tarde os padres da Igreja o apoiarão como, por exemplo, no século II, poderíamos citar também S. Justino, (†165); Santo Ireneu (†202) ao qual relacionamos acima: Tertuliano de Cartago, (†220) S. Atanásio, (295-373) Santo Efrém (†373), Escreveu belos hinos de louvor a Maria São Cirilo de Jerusalém (†386); São Cirilo de Alexandria (†444) Doutor Mariano;

Dentre os decorreres dos séculos a figura Mariana entre os Padres da Igreja ficará cada vez mais forte;

Orígenes: afirma; (184-254)

“Maria tem dois filhos, um, homen-Deus e o outro puro homem; de um Maria é Mãe corporal, do outro, Mãe espiritual” (Speculum B.M.V., lect. III art. 1,2º )

Santo Agostinho (354-430) diz;

“A Santíssima Virgem é o meio de que Nosso Senhor se serviu para vir a nós; e é o meio de que nos devemos servir para ir a ele.” (Santo Agostinho Sermo 113 in Nativit. Domini).

São Leão Magno [Grande]:(400-461) diz;

“Digo com os Santos: Maria Santíssima é o paraíso terrestre” (S. Leão Grande; Sem. de Annuntiatione)


São Germano de Constantinopla - (610-733) Diz;


“Pois ninguém fica cheio do pensamento de Deus se não for por ela” (S. Germano de Constantinopla : Sermo 2 in Dormit.)


São Ildefonso de Sevilha (†636) diz;

“Eis por que, quanto mais, em uma alma, ele encontra Maria, sua querida e inseparável esposa, mais operante e poderoso se torna para produzir Jesus Cristo nessa Alma, e essa alma em Jesus Cristo.” (S. Ildefonso, Líber de Corona Virginis, cap. III).


S. João Damasceno (675-749) este que em suas inúmeras obras falou e ensinou muito a respeito de Nossa Senhora diz;

“Tudo que convém a Deus pela natureza, convém a Maria pela graça.” ( Sermo 2 in Dormitione B. M.).
“Prendemos, as almas à vossa esperança, como a uma âncora firme”: (S. João Damasceno; Sermo 1 in Dormitione B. M.V.)

“Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá, aqueles que quer salvar.” ( São João Damasceno).

“Os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem compreendeu as belezas, as grandezas e excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça” (S. João Damasceno, Oratio I de Nativitati B. V.).

S. Gregório Palamás Padre oriental do séc. VIII, em uma de suas Homilia sobre a Mãe de Deus diz;

“Se por um lado, Maria concede a Deus entre os homens, por outro, o Senhor encarna numa virgem Imaculada que está acima de toda a pureza e de toda a santidade”.

A Santa Tradição Apostólica confirmada pelos Pais da Igreja reconhece em Maria, a nova Eva:

Eva foi causa de morte para si e Adão, e para todo homem ao olhar para traz e ouvir o tentador, introduzindo na humanidade o pecado pela desobediência e pelo orgulho as próximas gerações, a segunda Eva Maria, torna-se causa de salvação para si e para humanidade por causa do seu sim (obediência) a Deus, introduzindo a Redenção e a vida, ao homem, por que na sua humildade traz ao mundo a Graça que só ela tinha achado, volto-se e fincou os olhos em Deus.



Nascimento de Maria e seu Santo nome


Uma das maiores curiosidades para os devotos de Maria é saber como se deu seu santo nascimento. Não é possível determinar a data exata desse acontecimento, entretanto podemos chegar a um resultado aproximado. Quando Jesus nasceu, Maria teria entre 14 e 16 anos, a idade para as meninas judias casarem. Aceitando esta linha de raciocínio, surge outro dado importante dado Histórico e importante: 15 a 20 anos antes do nascimento de Jesus, o rei Herodes estava entretido e com enorme ocupação com a reconstrução do Grande Templo de Jerusalém. Por uma coincidência divina, Maria nasce nessa mesma época, em um lugar bem próximo do templo na casa de Joaquim e Ana, seus Pais.

O lugar era próximo da porta das ovelhas onde estava o poço de Bethesda. Aí existia uma gruta cultuada já no I século do cristianismo como o lugar onde a Mãe de Jesus nasceu. A gruta mais tarde se tornou cripta de uma Igreja dedicada a Santa Ana. A cem metros do Templo construído pelas mãos dos homens, Deus prepara outro templo superior, onde a sua presença se manifestaria em plenitude. Para os Judeus o Templo era o lugar por excelência onde habitava a glória de Deus. Maria, por estar gerando em seu ventre o filho do Altíssimo, passa a ser um Templo superior ao de Herodes. Ela se transforma no Templo de Deus.

Sabemos pela história que o templo herodiano teve um tempo limitado: por volta do ano 70 D.C.as tropas Romanas o incendiaram, e destriram quando os cristãos se retirado, pois já haviam sido avisados, e ele foi completamente destruído. O seu tempo de existência foi inferior a 90 anos. Maria foi crescendo junto com as paredes do Templo humano, mas jamais viu a destruição de seu corpo. Chegada a sua hora de partir desta vida, entra no sono eterno, a (Dormição) e seu corpo é levado ao céu para habitar ao lado do seu amado filho Jesus Cristo, pelos anjos de Deus. e não podia ser diferente afinal ela trouxe em seu ventre o Salvador de todos os homens assim por méritos de seu filho amado desde seu nascimento foi neutralizada por Deus e não conheceu o pecado, e por méritos também foi assunta aos céus.

O Nome de Maria

O Significado do Nome de Maria tem atraído a atenção desde o inicio do cristianismo. Neste nome está indicado o lugar da mãe de Jesus na história da salvação. São Pedro Canísio escreveu:

“Se existe entre os mortais algum nome tão belo, cheio de graça, que mereça ser escrito, lido e louvado, pintado e esculpido é o de Maria, já que é digno de estar sempre diante dos olhos, nos ouvidos e nas mentes de todos os homens e de ser pronunciado em particular e publicamente com imensa reverência”

No Antigo Testamento este nome foi dado somente à irmã de Moiséis e Aarão:

“A profetisa Maria irmã de Aarão tomou seu tamborim na mão, e todas as mulheres seguiram-na dançando com os tamborins” (Ex 15,20).

Como também lemos em (Num 12,1-5). Já no Novo testamento encontramos diversas mulheres com este Nome: Maria Madalena (Lc 8,2) Maria Mãe de Tiago (Mt 27,56) e Maria Mãe de João (At 12,12).

Para uma boa parte dos estudiosos, o nome Maria é de origem semítica. Segundo alguns, em hebraico Myriam, versão grega, segundo outros Miryam, composto de mir = (estrela) e Yam = (Mar) assim gostava; São Bernardo de Chamar Maria, para indicar que, como uma estrela, ela irradiou a luz da humanidade:

E também ensinava ser Maria a estrela a iluminar o barco da nossa vida para não naufragar nas tempestades. A esse respeito afirmou:

“Se estás sendo agitado pelas ondas de soberba, da impureza, das calúnias ou da ambição... olha para a estrela, invoca a Maria”.

Existem também aqueles que derivam o nome de Maria de Miriam e Mariam, e significaria Senhora, formosa, amada do senhor. Este Nome significa muitas coisas para nos dar a entender que a virgem possui todas as virtudes a perfeições.

Oculta nos evangelhos

Os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora; por cauda da sua centralidade Bíblica e sua única regra de fé, esta proclamada por Lutero mo século XVI durante a reforma protestante. Uma objeção comum dos protestantes é de que o Novo Testamento pouco fala de Nossa Senhora. Logo, eles concluem que Maria Santíssima não tem tanta importância, pois se tivesse as Epístolas dos Apóstolos com certeza ensinariam a respeito dela.

O fato do Novo Testamento, aparentemente, pouco falar de Nossa Senhora não significa muita coisa. Os Evangelhos apenas tratam da "Vida Pública" de Nosso Senhor, durante apenas 3 anos de sua vida. As Epístolas tratam da expansão da Igreja de Cristo.
Pelo raciocínio protestante, a chamada "vida oculta" de Nosso Senhor (até os 30 anos de idade) significaria que durante 30 anos de sua vida, Nosso Senhor não tinha muita importância. Ora cadê informações sobre estas três décadas de sua vida esses fatos não têm importância.

Ora, Jesus Cristo passou 30 anos com Nossa Senhora e só 3 anos com o resto da humanidade. Será que isso já não é sinal de que há muitas coisas que não conhecemos da vida de Nosso Senhor e de Nossa Senhora

"Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21,25).

Pois bem, já por aí se percebe a precipitação do raciocínio de alguns protestantes.
Agora podemos analisar se, de fato, os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora.
Os católicos conhecem a obra prima de Deus, que é Nossa Senhora, a criatura mais perfeita que foi criada, onde Deus a escolheu como tabernáculo para si:

"Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hb 9, 11).

Esse tarbenáculo mais excelente e perfeito foi saudado pelo Arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco”. (Lc 1,28) Quanta grandeza apenas nessas palavras. Nossa Senhora tinha a graça de Deus e Deus era com Ela ainda antes da concepção visto os méritos que cristo traria a sua vida.

Naquele momento se cumpria todas as profecias da vinda do Messias. Era o momento da encarnação do Verbo de Deus, onde tudo dependia de um consentimento de uma "virgem", o seu "sim" nos trouxe o Messias esperado e profetizado.

A maneira da saudação Angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", (Lc 1,30) como Deus desejou chamá-la.

Ela era a criatura que havia "achado graça diante de Deus" entre todos na terra. E, por isso, foi escolhida como a Mãe Dele.

Poucas palavras - e palavras tão simples, para mostrar e demonstrar o fato central do cristianismo: a encarnação do Verbo de Deus. Um fato esperado pelos séculos, cujos profetas não viram... Apesar de tanto terem desejado. Todas as profecias do Antigo Testamento inclinam-se diante dessas poucas palavras. Todo o Novo Evangelho é conseqüência dessa encarnação, e todo o Antigo Testamento era o prenúncio do que ocorria naquele momento, naquele pequeno cômodo da casa de Nazaré, na promessa aceita por Maria feita por Deus, onde uma Virgem recebia a visita de um enviado de Deus.

Que maravilha da graça se operava naquele momento, quando a Virgem Maria cooperava, pelo livre consentimento de sua fé, de sua virgindade, de sua humildade, para o mistério inicial do Cristianismo, coberta pela sombra do altíssimo, revestida do Espírito Santo, e concebendo, em seu seio virginal, o próprio verbo de Deus unigênito.

Logo em seguida, que culto já não lhe prestou a própria Santa Izabel quando a aclamou: "Mãe de meu Senhor":

"Donde me vem a esta honra de vir a mim a Mãe de meu Senhor?" (Lc 1, 43).

E, no ventre de Santa Izabel, exultava S. João Batista ao ouvir a voz de Nossa Senhora.
Santa Izabel, repleta do Espírito Santo, exclama em alta voz, repetindo e completando as palavras do Anjo:

"Bendita sois vós entre todas as mulheres; bendito é o fruto do vosso ventre”(Lc 1,42)

E a própria Nossa Senhora completa, inspirada pelo Espírito de Deus:

"De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque Aquele que é todo poderoso fez em mim grandes coisas!" (Lc 1, 49).

Já na manjedoura os Reis Magos foram adorar o Menino-Deus "nos braços de Maria, sua mãe" (Mt 2, 11), como fazem todos os católicos do mundo inteiro.

E o velho Simeão, profetizando, associa a Virgem Mãe de Deus a todas as contradições a que estaria sujeito o seu Filho, e de modo particular ao gládio de dor que deverá uní-lo no grande suplício (Lc 2, 34-35)

E como poderia ser menor a grandeza Daquela que tinha autoridade sobre o próprio Deus, que a obedecia na intimidade do lar: "... mostrando-se submisso a ela em tudo" (Lc 2, 51).

Nas Bodas de Caná transparece de modo fulgurante o poder da Santíssima Virgem, que é capaz de "alterar" à hora de Deus, que a adianta pelo pedido de sua Mãe, fazendo o seu primeiro milagre e confirmando a fé em seus apóstolos, mudando a água em vinho (Jo 2, 1- 11).

É por isso que nos diz o Evangelho, narrando à grandeza de Maria Santíssima:

"Bem-aventurada as entranhas que te trouxeram e o seio que te amamentou" (Lc 11, 27).



Eis o culto de Nossa Senhora fundado no Evangelho, dele demandado como de sua "fonte divina", o Cristo Jesus que a segue, e dali se irradiando séculos afora. Eis o culto de Maria Santíssima.


Os séculos ouvirão e compreenderão estes exemplos e lições evangélicas. E é para lhes corresponder que os cristãos de todos os tempos irão prostrar-se aos pés de Maria, implorando-lhe auxílio e proteção.



Pouco se fala de Nossa Senhora nos Evangelhos, Só se déssemos primazia à quantidade em detrimento das palavras... Maior foi o milagre da encarnação do que todas as ressurreições operadas por Nosso Senhor Jesus Cristo. Se não houvesse a encarnação, não haveria a Redenção da Humanidade através do Sangue jorrado na cruz e remido nos corações cristãos.


É certo que Nossa Senhora, durante toda a sua vida, procurou ficar no anonimato, escondida dos homens e amada por Deus.





Era tanto o esplendor da Santíssima Virgem que S. Dionísio, o Areópagita, declara que teria considerado Maria como uma divindade, se a fé não lhe houvera ensinado ser ela a mais perfeita imagem que de si formara a Onipotência.

Santo Irineu dizia: "Os laços, pelos quais Eva se deixou acorrentar, por sua credulidade, Maria rompeu-os pela sua fé". Referindo-se, é claro, à passagem do Gênesis:

"Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15).

O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade. Pois que Maria é a Nova Eva antes de sua queda segundo a Mariológia, e Cristo o Novo Adão visto que é o Sacerdote da Nova aliança.


São tantos os mistérios da Maternidade de Maria Santíssima, É certo que os Evangelistas evitaram falar muito de Nossa Senhora, ou por pedido Dela, ou para evitar um culto equivocado à Mãe de Deus junto a um povo que era politeísta. E ainda sem instrução Mas o pouco que falam, falaram muito. Ela é verdadeiramente Mãe de um Deus que é Homem e de um Homem que é Deus.

Ela é verdadeiramente Nossa Mãe quando, aos pés da cruz, Nosso Senhor a confiou a S. João Mãe dos crentes e Irmãos de Cristo. Ela é a onipotência suplicante que é capaz de mudar a "hora" de Deus. Ela é verdadeiramente Imaculada, isenta do Pecado Original, sendo o "tabernáculo" puríssimo que Deus escolheu para si.

Os evangelistas em suas liturgias, entretanto, muito falaram de Nossa Senhora, como veremos nos seguintes estudos que viram que demonstram, inequivocamente, a grandeza do nome da Virgem de Nazaré, a Mãe de Deus, a Imaculada Conceição, a Onipotência suplicante, a Medianeira universal de todas as Graças, assunta ao Céu de corpo e alma, Rainha dos homens e dos anjos junto a Cristo verbo de Deus Salvador.

Mãe de Deus (Theotókos)


Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não de sua divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo. E não podem ser separadas, pois que as duas encarnaram no seio de Maria.

A Heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, elevado à cátedra episcopal de Constantinopla em 428. Afirmava que o Lógos habitava na humanidade de Jesus como um homem se acha num templo ou numa veste; haveria duas pessoas, em Jesus uma divina e outra humana, unidas entre si por um vinculo afetivo ou moral. Por conseguinte, Maria não seria a Mãe de Deus (Theotókos), como diziam os antigos, mas apenas Mãe de Cristo (Christokós); ela teria gerado o homem Jesus, ao qual se uniu a segunda pessoa da SS. Trindade com a sua Divindade. Nestório propunha suas idéias em pregações ao povo, nas quais substituía o título “Mãe de Deus” por “Mãe de Cristo”
As suas concepções suscitaram reação não só em Constantinopla, mas em outras Igrejas e Patriarcados do Cristianismo na época, também, especialmente em Alexandria, onde S. Cirilo era Bispo ardoroso. Este escreveu em 429 aos bispos e aos monges do Egito, condenando a doutrina de Nestório. As duas correntes se dirigiram ao Papa Celestino I, que rejeitou a doutrina de Nestório num sínodo de 430. Deu ordem a S. Cirilo para que intimasse Nestório a retirar suas teorias no prazo de dez dias, sob pena de exílio; Cirilo enviou ao Patriarca de Constantinopla uma lista de doze anatematismos que condenavam o nestorianismo. Nestório não se quis dobrar, de mais a mais que podia contar com o apoio do Imperador; além do mais, tinha muitos seguidores na escola antioquena, entre os quais o próprio Bispo João de Antioquia. Em 431,


O Imperador Teodósio II, incitado por Nestório, convocou para Éfeso o terceiro Concílio Ecumênico a fim de solucionar a questão discutida. S. Cirilo, como representante do Papa Celestino I, abriu a assembléia diante de 153 Bispos. Logo na primeira sessão, foram apresentados os argumentos da literatura antiga favoráveis ao título Theotókos, que acabou sendo solenemente proclamado; daí se seguia que em Jesus havia uma só pessoa (a Divina); Maria se tornara Mãe de Deus pelo fato de que Deus quisera assumir a natureza humana no seu seio. Quatro dias após esta sessão, isto é, a 26/06/431. O Imperador acompanhava tudo que se passava e após vêr que o Patriarca Nestorio voltará de Antioquia, e chegaram a Efeso, junto com 43, seus seguidores, não querendo eles se integrarem ao mesmo Concilio, pois que apoiavam a Heresia do Nestorianismo, presidido então por S. Cirilo, representante do Papal, uniram-se e formaram um conciliábulo, qual depôs S. Cirilo. E sentia se indeciso e desencorajado. S. Cirilo então mobilizou todos os seus recursos, para mover Teodósio II em favor da reta doutrina; nisto foi ajudado por Pulquéria, piedosa e influente irmã cristã, mais velha do Imperador. Este finalmente apoiou a sentença de S. Cirilo e exilou Nestório.

Os protestantes retomaram a heresia que havia sido sepultada pela Igreja de Cristo pelo concilio de Eféso a quais vários pais da Igreja a combateram durante séculos.


Provas de tal doutrina tinham sido revisadas e revistas neste concilio, na Sagrada Escritura e na Santa Tradição afirmam que Nossa Senhora é Mãe de Deus.

A pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo


Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta é verdadeiramente for à mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E estranhará, pois que todo filho tem um berço materno que o formou, E terá razão.

O homem, como sabemos, é composto de um corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento. Assim acredita e medita a Bíblia confirmando os ensinos da teologia católica.



A nossa mãe terrena, todavia, não nos comunica a alma, mas apenas o nosso corpo. A alma é criada e provém diretamente de Deus. A mãe gera apenas a parte material desta composição, que é o seu ser. E como é que alguém pode, então, afirmar que a pessoa que nos dá à luz é nossa mãe, afirmação esta, pouca provável como dissemos acima.

Se fizéssemos essa pergunta a um protestante sincero e instruído, ele mesmo responderia com tranqüilidade:

"É certo, a minha mãe gera apenas o meu corpo e não a minha alma, mas a união da alma e do corpo forma este todo que é a minha pessoa; e a minha mãe é mãe de minha pessoa. Sendo ela mãe de minha pessoa, composta de corpo e alma, é realmente a minha mãe."


Apliquemos, agora, estas noções de bom senso e raciocino ao caso da Maternidade divina de Maria Santíssima.

Há em Jesus Cristo "duas naturezas": a natureza divina e a natureza humana. Apoiada e definidas teologicamente pela Igreja Cristã. Reunida, constituem elas uma única pessoa, a pessoa de Jesus Cristo.

Nossa Senhora é Mãe desta única pessoa que possui ao mesmo tempo a natureza divina e a natureza humana, como a nossa mãe é a mãe de nossa pessoa. Ela deu a Jesus Cristo a natureza humana; não lhe deu, porém, a natureza divina, que vem unicamente do Pai Eterno. Como explicamos.

Maria deu, pois, à Pessoa de Jesus Cristo a parte inferior - a natureza humana, como a nossa mãe nos deu a parte inferior de nossa pessoa, o corpo.
Apesar disso, nossa mãe é, certamente, a mãe da nossa pessoa, e Maria é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo.

Em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina, infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao Padre Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio virginal. E assim não podemos dizer que Maria foi Mãe de Cristo enquanto Nosso Senhor esteve na terra como afirma os Neo-Protestantes.

A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de Deus feito homem. O Deus Filho

Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Iesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16).

Note-se que Ela não é a Mãe da divindade, como nossa mãe não é mãe de nossa alma; mas é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo, como a nossa mãe é mãe de nossa pessoa.


A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus.

A conseqüência da negação da maternidade divina é a negação da Redenção, agora, qual é o fundo do problema dessa heresia Histórica Analisemos alguns pormenores e problemas e algumas conseqüências de se negar a maternidade divina de Nossa Senhora.

Não foram os protestantes os primeiros a rejeitar o título de "Mãe de Deus" a Nossa Senhora. Este defendido pelos Padres do Concilio Ecumênico reunidos em Eféso (431). Foi neste mesmo que foi criada a segunda parte da Ave Maria “Santa Maria...”.

Foi Nestório, o indigno sucessor de S. João Crisóstomo, na sede de Constantinopla, o inventor da absurda negação.

A subtilidade grega havia suscitado vários erros a respeito da pessoa de Jesus Cristo e suas duas naturezas.

Sabélio pretendeu aniquilar a personalidade do Verbo. Ario procurou arrebatar a esta personalidade a aureola divinal; negaram os docistas a realidade do corpo de Jesus Cristo e os Apolinaristas, a alma humana de Cristo.

Tudo fora atacado pela heresia, na pessoa de Nosso Senhor; mas a cada heresia que surgia ao Magistério reunido na Igreja infalível, sob a direção do Papa de Roma, e apoiado pelos padres a Igreja Esposa de Cristo, saia em defesa da única e imperecível verdade: da pessoa do Verbo divino contra Sabélio; da divindade desta pessoa, contra Ário; da realidade do corpo humano de Jesus, contra os Apolinaristas.


Bastava apenas um ponto central para suportar o ataque da parte dos hereges: era a união das duas naturezas, divina e humana, em Jesus Cristo.

Caberia a Nestório levantar esta heresia, e aos filhos de Lutero continuar a defender este erro grotesco. Condenado há séculos atrás.

Foi em 428 que o indigno Patriarca Nestório começou a pregar que havia em Jesus Cristo duas pessoas: uma divina, como filho de Deus; outra humana, como filho de Maria.

Tal é o erro grotesco que Nestório, predecessor de Lutero, não temeu lançar ao mundo.
Ora, os protestantes não querem levar às últimas conseqüências a negação da maternidade divina de Nossa Senhora. Admitem em Jesus Cristo duas naturezas e uma pessoa, mas lhes repugna a união pessoal (hipostática) das duas naturezas na única pessoa de Jesus Cristo.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos e perfeitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem.
Assim conclui-se, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal, falível, pois é Humano, plenamente.

Os protestantes, admitindo que Jesus Cristo nasceu de Maria, e não podem negá-lo, pois está no Evangelho (Mt 1, 16), devem admitir: que a pessoa deste Jesus é divina; que Nossa Senhora é a Mãe desta pessoa; que ela é, portanto, Mãe de Deus É uma crise racional, para o Protestantismo mais o que mostramos aqui é claro e objetivo.

O Concílio de Éfeso:

Quando o heresiarca Ário divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho a suplantar o herege Pelágio, e S. Cirilo de Alexandria chamado o “Doutor mariano”. Por muitos Padres da Igreja, para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a perturbação e a indignação no Oriente.

Em 430, o Papa São Celestino I, no sínodo de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por S. Cirílo e condenou-a como errônea, anti-católica, herética.

S. Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito. E depois enviará estas a Nestório. O que não adiantará, pois que ele ainda não se dobrará diante da decisão Universal = Católica.

Pode-se resumi-las em três pontos:

Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;

A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus;

Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é: denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. S. Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante os bispos reunidos.
Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.
Os bispos cercando o Evangelho e os representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla. Foi banido e exilado pelo então Imperador.

Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria "Mãe de Deus";

Num imenso brado de alegria ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!"

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação Angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".

Provas da Santa Escritura

Para iluminar com um raio divino esta verdade e fundamenta-la, recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este título da Virgem Imaculada.

Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.

Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu virginal e puríssimo sangue.

Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado.

O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus.

O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que Maria é a Mãe de Deus.
Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama:

“Donde me vem a esta honra de vir a mim a Mãe de meu Senhor ?" (Lc 1, 43).

Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas.

S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4).

O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro, não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o Cristo, o Filho de Deus vivo. Mt 16, 16;

É aquele que, conforme a própria confissão dos demônios é: o Santo de Deus.
Este é o Cristo que Maria deu à luz.

Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano.através de seu Sacrifício na Cruz.

Doutrina claramente expressa no Evangelho, e sempre seguida na Igreja Católica. Desde os tempos primitivos da Igreja cristã.

A Doutrina dos Santos Padres, a Tradição:

Os Santos Padres, desde os tempos Apostólicos até hoje, foram sempre unânimes a respeito desta questão; seria uma página sublime se pudéssemos reproduzir as numerosas sentenças e citações que eles nos legaram.

Citemos pelo menos uns textos dos principais Apóstolos, tirados de suas "liturgias" e transmitidas por escritores dos primeiros séculos.

Santo André diz: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu." (Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad.).

São João diz: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu à luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid).

S. Tiago: "Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia).

S. Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.)

Santo Efrém o Sirio; “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B. V.).

Orígenes (Sec. II) escreve: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom. I, in divers.)

Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.).

S. Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B. V.).

Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.).

E assim por diante.

Todos os Santos Padres rivalizaram em amor e veneração, proclamando Maria: Santa e Imaculada Mãe de Deus.


Terminemos estas citações, que podíamos prolongar por páginas afora, pela citação do argumento com que S. Cirilo refutou Nestório:

"Maria Santíssima, diz o grande polemista, é Mãe de Cristo e Mãe de Deus. A carne de Cristo não foi primeiro concebida, depois animada, e enfim assumida pelo Verbo; mas no mesmo momento foi concebida e unida à alma do Verbo. Não houve, pois, intervalo de tempo entre o instante da Conceição da carne, que permitiria chamar Maria "Mãe de um homem", e a vinda da majestade divina. No mesmo instante a carne de Cristo foi concebida e unida à alma e ao Verbo". S. Cirilo de Alexandria.

Através destas citações, que nenhuma dúvida, nenhuma hesitação existe sobre este ponto no espírito e nos ensinos dos Pais da Igreja. É uma verdade Evangélica, tradicional, universal, que todos aceitam e professam.

Dever de culto à Mãe de Deus


Maria é Mãe de Deus... É absolutamente certo. Esta dignidade supera todas as demais dignidades, pois representa o grau último a que pode ser elevada uma criatura.

Ora, toda dignidade supõe um direito; e não há direito numa pessoa, sem que haja dever noutra.

Se Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque Ele quer que ela seja por nós, honrada e exaltada.

No livro dos Provérbios Cap. 31 encontra-se a seguinte frase;

“Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das perolas é o seu valor.” Prov 31,10.

“Põe a mão na roca, seus dedos manejam o fuso. Estende os braços ao infeliz e abre a mão ao indigente.” Prov. 31, 19-20;

“Seus filhos se levantam para proclamá-la Bem Aventurada e seu marido para elogiá-la. Muitas mulheres demonstram vigor, mas tu excedes a todas. A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente (que teme ao Senhor) é a que se deve louvar. Dai-lhe o fruto das suas mãos, e que suas obras a louvem nas portas da cidade. (e de público a louvarão as suas Obra).” Prov. 31, 28-31:

Este exemplo é claro a escritura manda que louve e se declare as obras das mulheres virtuosas excedidas entre todas e a proclamem Bem Aventurada, louvando-a em publico na porta da Cidade. Quanto mais se apoiará a quem inspirou, estes livros Santos, aquela que aceitou a promessa do Messias disse; sim foi santa e piedosa imaculada desde de sua conceição, por méritos de seu Filho, achou graça diante de Deus entre todos na Humanidade, foi o berço e o seio da encarnação e da educação do filho de Deus. E A esta que é Mãe de Deus e foi exaltada com a graça plena, será que devemos honrá-la, louva-la, aclamá-la de Bem aventura, obviou que sim!

Maria concebeu o Verbo divino em seu seio, porém esta Conceição foi efeito de uma plenitude de graças e de uma operação do Espírito Santo em sua alma.

Pode-se dizer que a mãe não se torna mais recomendável por ter dado à luz um grande homem, pois isto não lhe traz nenhum aumento de virtude ou de perfeição; mas a dignidade de Mãe de Deus, em Maria Santíssima, é a obra de sua santificação, da graça que a eleva acima dos próprios anjos, da graça a que ela foi predestinada, desde sua Concepção em virtude dos méritos de seu Filho Encarnado, para alcançar este fim sublime de ser "Mãe de Deus": é a sua própria pessoa.

Diante de tal maravilha, única no mundo e no céu, vale salientar aos pobres Neo-Protestantes:

Não é lógico, não é necessário, não é imperioso que os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou entre todas as suas criaturas.

Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, louvar ou compor hinos e cantos em sua gloria ,como argumentam os protestantes, o primeiro a violar tal concepação sua foi o próprio Deus, que mandou saudar à Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28). A Quem dizem eles seguirem.

Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42)

Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48).

Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida.

O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são culpados, os santos são culpados os 2000 anos de cristianismo também. Mentira protestante esta que cai por terra.

Desde os primórdios do Cristianismo, era comum o culto à Maria Santíssima.

Em 340, S. Atanásio, (295-373) resumindo os dizeres de seus antecessores nos primeiros séculos, S. Justino, (†165); Santo Efrém (†373) escreveu cantos e versos lindos em seu louvor, S. Irineu, (†202); Tertuliano de Cartago, (†220) e Orígenes, (184-254) exclama:

"Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós, que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!"

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria. Provas da veneração e do culto de Hiper dulia a ela prestado e comprovado historicamente dede os tempos primitivos da Igreja.

O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça constitutiva, conjuntiva parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as verdades e mistérios evangélicos. Passa dos pela Sagrada Tradição Apostólica, Querer isolá-lo ou separa-los do conjunto da doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal e terrível na religião inteira, fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem unir-se às criaturas. E da plenitude do Verbo de Deus que a Igreja tem chegar.



Virgindade perpétua (editar)


A virgindade perpétua e eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica ou racionalismo.

O que devemos provar e refutar:

Virgem antes do parto

Virgem durante o parto

Virgem após o parto.


Três asserções estão biblicamente comprovadas e um pouco de lógica e raciocino se traduz tudo.

Virgem antes do parto.

A primeira Base é admitida pelos próprios Neo-Protestantes, pois se encontra comprovadamente no Evangelho:

“O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma Virgem desposada... e o nome da Virgem era Maria”. (Lc. I, 26-27).

Mais positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo:

“Como se fará isso, pois eu não conheço varão?” (Lc 1,34). Nenhuma dúvida subsiste - Maria Santíssima era Virgem.

A Própria promessa feita nos tempos Vetero-Testamentarios comprova ainda mais na profecia feita a Isaias “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará a luz um filho, o e chamará ‘Deus Conosco’” Is 7,14;

Virgem durante o parto

O segundo fundamento, mostrando que a Mãe de Jesus (Christokós) ficou virgem no parto, pode deduzir-se dos mesmos textos ditos acima. O que é concebido por Deus deve nascer por milagre; o nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa promessa até consumação.

"Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" (Lc 1,34)
“O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Luc 1, 35)

.A Deus nada é impossível, a virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela

"Não conhecendo o homem algum".

Argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria, tendo chegado ao termo ordinário da natureza, "deu à luz o seu filho. E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz" (Luc. 2, 6-7).

Ora, "conceber" e "dar à luz" são dois termos de uma ação única. A mãe concebe, para dar à luz. O parto e a conceição são inseparavelmente ligados, sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade);

Sendo Maria Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer "nascer" virginalmente do que fazer "conceber" virginalmente seu filho.

Ainda mais, se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final. É uma conseqüência lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora manter-se a virgem.

A própria dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa clara a posição dela perante a virgindade:

"Como se fará isso, pois eu não conheço varão?”. (Luc 1,34)

"O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Luc. 1, 35).é a exclamação do Arcanjo Gabriel.

A conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo:

"O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus." (Luc. 1, 35).

"Conceber" Jesus e "dá-lo à luz" são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar estes dois termos, que o Evangelista S. Lucas resumiu de propósito numa única frase, é adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra inpirada de Deus.

Sendo Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme a profecia:

"Uma virgem conceberá e dará à luz"(Is 7,14)



É o próprio Evangelho que faz a aplicação desta profecia:

"Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta" (Mt. 1, 22-23)


A Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez. Como provas as Escrituras.

Virgem após o parto

Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, "eu não conheço o homem", ela não está dizendo que "até o momento eu não conheço", mas que ela, por opção e posição pessoal, não "conhece varão", o que dá uma extensão geral à sua afirmação.

Segundo a tradição apostólica;

Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela ("Eu não conheço varão"), quando já estava desposada de S. José.

Se não fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua afirmação não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe diria; então o conhece não é José teu esposo. Tal afirmação sua cai no contexto de ela ter feito um voto de castidade perpetua, pois só assim sua afirmação terá sentido.

“Irmãos de Jesus”


Esta é a principal objeção protestante apenas mostra uma ignorância na própria Bíblia que dizem conhecer, entender e pregar.

A Escritura não somente designa com o nome de Irmãos àqueles que são filhos do mesmo pai ou da mesma mãe, como eram Caim e Abel, Esaú e Jacó, S. Tiago Maior e S. João Evangelista (que eram filhos de Zebedeu) etc.;

Mas também aqueles que são parentes próximos, como tios e primos. A Escritura está cheia destes exemplos: como ressaltou S. Jerônimo quando traduziu a bíblia para Latim por ordem da Igreja. Dizendo que o termo também é usado para designar parentes próximos visto que há exemplos no velho testamento e na língua Hebraica.

Abraão chama de Irmão a Lot: “Peço-te que não haja rinhas entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus, porque somos irmãos” (Gênesis, 23, 8).

Mais adiante a própria Bíblia o chama assim: “Abraão, tendo ouvido que Lot, seu irmão, ficara prisioneiro...” (Gênesis 24, 14). Pois bem, Lot era apenas sobrinho de Abraão, pois já antes disto se lê no Gênesis:
“Tinha Abraão setenta e cinco anos, quando saiu de Harã. E ele levou consigo a Sara, sua mulher, a Lot, filho de seu irmão, e todos os bens que possuíam” (Gênesis 12, 4-5).

Labão, diz a Jacó:

“Acaso, porque tu és meu irmão, deves tu servir-me de graça?” (Gênesis 29,15).
E, no entanto Jacó era sobrinho de Labão:

Isaac chamou o Jacó e o abençoou e lhe pôs pôr preceito dizendo:

"Não tomes mulher da geração de Canaã; mas vai e parte para a Mesopotâmia ... e desposa-te com uma das filhas de Labão, irmão de sua mãe" (Gênesis, 28, l e 2).

Realmente Jacó era filho de Isaac com Rebeca (Gênesis 25, 21)

E Rebeca era irmã de Labão: “Rebeca, porém, tinha um irmão chamado Labão” (Gênesis, XXIV-29).

E, no entanto, não só como vimos acima, seu tio o chama irmão, mas também quando Jacó se encontra com Raquel, que é filha de Labão (Gênesis 29,5 e 6), diz à moça que é irmão de Labão: "E lhe manifestou que era irmão de seu pai, filho de Rebeca (Gênesis 29,12).

Lê-se no Levítico que Nadab e Abiu, filhos de Arão (Levítico 10, 1) são mortos pôr castigo, pôr terem oferecido um fogo estranho nos seus turíbulos. Moisés chama os primos dos que faleceram: Misael e Elisafon, filhos de Oziel, tio de arão (Levítico 10, 4) e lhes diz:

“Ide, tirai vossos irmãos de diante do santuário e levai-os para fora do campo” (Levítico 10, 4).

É dentro deste costume hebreu de designar com o nome de irmãos, não só os que têm os mesmos pais, senão também os parentes próximos como tios, primos e sobrinhos, pois o hebraico não possuía palavras próprias para designar esses parentescos, como já vimos.


Que o Novo Testamento fala em irmãos de Jesus e é o próprio Novo Testamento

Dão alguma vez o Evangelho os nomes desses irmãos de Jesus, para que possamos identificá-los? Ou fala-se em “filhos de Maria” este termo não é usado.

Sim, dá. Sabe-se dos nomes, pelo menos de 4: Tiago, José, Judas e Simão:

"Não é este o oficial, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nos também suas irmãs?” (Marcos, 6,3).




(Notem que S. Marcos, nesta passagem chama Jesus "O filho de Maria" e não um dos filhos de Maria, como querendo mostrar que ele era de fato o seu filho único.)

"Porventura não é este o filho do oficial? (José) Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não vivem elas todas entre nós? (Mateus, 13, 55 e 56).

01-Quanto ao primeiro, Tiago, inferimos de outras passagens que este é um apóstolo, pelas palavras de São Paulo:

“E dos outros apóstolos não vi a nenhum, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gálatas, 1-19). Temos 2 Apóstolos com o nome de Tiago: Tiago Maior, e Tiago Menor. Vamos ver se algum deles era filho de José e Maria: 01-S. Tiago Maior era irmão de S. João Evangelista, e ambos os Filhos de Zebedeu.

"Da mesma sorte havia deixado atônitos a Tiago e a João, filhos de Zebedeu” (Lucas 5-10). O Outro Tiago, o Menor que era irmão de Judas, era filho de Alfeu.

Entre os Apóstolos, que são enumerados por S. Mateus, estão:

Tiago filho de Zebedeu, e Tiago filho de Alfeu (Mateus 10, 2-3).

Que tem a ver Maria Santíssima com este Alfeu ou com este Zebedeu. Logo, este Tiago, Irmão do Senhor, não é seu filho.

E falando das três Marias que estavam juntamente com Maria Santíssima ao pé da cruz,

S. Mateus, S. Marcos e S. João as identificam da seguinte forma;

S. Mateus 27,56-“Maria, mãe de Tiago e de José, Maria Madalena, a mãe dos filhos de Zebedeu”.

S.Marcos 15,40

“Maria mãe de Tiago menor e de José, Maria madalena, Salomé”

S.João 19,25

“A irmã de sua mãe, Maria mulher de cléofas, Maria madalena”.

Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e S. Marcos como mãe de Tiago Menor e de José.


E é claro que se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de cléofas e, portanto, é mãe de Tiago Menor.Tiago Menor e José são, portanto, Primos de Jesus e são os primeiros que encabeçam a lista: TIAGO, JOSÉ, JUDAS E SIMÃO

E de fato o Apóstolo S. Judas Tadeu era irmão de S. Tiago Menor, pois ele diz no começo de sua Epístola:

“Judas, servo de Jesus Cristo e Irmão de Tiago” (S Judas 1,1).

Tanto o Evangelho de S. Lucas (6,16) como os Atos dos Apóstolos (1, 13) para diferenciarem Judas Tadeu de Judas Iscariotes, chamam o Judas Tadeu: Judas, irmão de Tiago.


Esta Maria, esposa de Cleofas (Alfeu) é a mãe de Tiago, José e Judas.

Portanto, estes "irmãos" de Jesus, são na verdade seus primos, como comprovam os Escritos Bíblicos; filhos de Maria, tia de Jesus. Irmã de Maria Santíssima.

E quem é Simão?

Em Mt 13,55 e Mc 6,3 encontramos o nome de Simão junto com os de Tiago, José e Judas.

Quando São Mateus e São Marcos Listam os apóstolos, sempre colocam o nome dos irmãos em seqüência. Ex: Pedro e André, Tiago Maior e João, etc.

Nestas mesmas listas, próximo aos nomes dos irmãos Tiago Menor e Judas Tadeu, os evangelistas citam um Simão:

“Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu [...]" (Mt 10,3-4) e "[...] Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador" (Mc 3,18).

Mais, S. Eusébio de Cesaréia em sua "História Eclesiástica" obra de grande estão dividida em 10 Livros, registra que este Simão era primo do Senhor e filho também de Cleófas.

“Após o martírio de Tiago [menor] e a destruição de Jerusalém, ocorrida logo depois, conta-se que os sobreviventes dos Apóstolos e discípulos do Senhor vindos de todas as partes se congregaram e com os consangüíneos do Senhor ‘havia um grande número deles ainda vivos’ reuniram-se em conselho para verificar a quem julgariam digno de suceder a Tiago.” Todos por unanimidade consideraram idôneo para ocupar a sede desta Igreja Simão, filho de Cléofas, de quem se faz memória no livro do Evangelho (Lc 24,18; Jô 19,25). Diz-se que era primo do Salvador.”

Efetivamente, Hegesipo (historiador antigo) declara que “Cléofas era irmão de José" (HE III,11).(o pai adotivo de Jesus).

Também no evangelho de São João,diz o seguinte:“daquele momento o discípulo levou-a para sua casa”(Jo 19,26-27)

Jesus Cristo no calvário entregou sua mãe a João, o evangelista, se Maria tivesse tido outros filhos teria ficado com eles. Pois era o que julgava ser correto a lei Mosaica a qual os israelitas observavam, pois o Irmão mais velho a assumiria.

Também decorre uma pergunta:

Por que nunca os evangelhos chamam os 'irmãos de Jesus' de 'filhos de Maria' ou de 'José', como fazem em relação à Nosso Senhor.

E também a família de Nazaré aparece apenas com três pessoas, Jesus Maria e José. Aos doze anos Jesus vai ao templo exclusivamente com Maria e José. (S.Lucas 2,41)

E assim cai por terra vergonhosamente a tese alegorica dos protestantes de que Maria teve outros filhos além do Divino Salvador Verbo de Deus encarnado.alegação baseada em que o evangelho fala em irmãos de Jesus que na verdade são seus primos filhos da irmã da sua Mãe, cujo nome é também Maria e de Alfeu; são estes Tiago, José, Judas Tadeu e Simão.

Sobre a palavra Primogênito

"Maria deu à luz o seu filho primogênito" (Lc 2, 7). É erronêo concluir que devia seguir o segundo filho.

A lei mosaica exige que todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não:

"Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerando) entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex 13, 2)

. Um exemplo de tal expressão foi encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica:

"Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito".

Ou no Êxodo, quando Deus disse:

"Todo o primogênito na terra do Egito morrerá" (Ex 11, 5).

E assim aconteceu.

"Não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex 12, 30). Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos...




Há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.

A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como o de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como é visto biblicamente. (Lc 2, 23)

É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: "primogênito" - Designa-o, deste modo, como herdeiro do Rei Davi, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança e sua descendência,

E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo:

"Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor" (Lc 2, 22-23)

Essa passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a "primogenitura" de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa Senhora.

“Não a conhecia até que ela desse à luz"

Em algumas traduções, aparece em S. Mateus: "José não conheceu Maria (= não teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)". (Mt 1, 25).Seria errado insinuar que depois daquele "até" pois que este termo é relativo pode ser não seja especifico usado tanto no passado ou no presente como por exemplo “ José morreu até completar 40 anos” José morou com sua família até a morte”neste exemplos não se indica que José não pode ter ficado vivo mesmo depois do “até” ou que após sua. Morte ainda morava com a família o termo é usado como diversos significados.

José devia "conhecer" “Maria”. "Até", na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado. Exemplo:

"Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6, 23).

Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe:

"Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gen 28, 15).
Será que isso quis dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos:

"Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20).

Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra "até" é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem (S. José).

Que Nossa Senhora permaneceu Virgem depois do parto de Jesus, conveniente e importante;
Sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai -- o Verbo ou Sabedoria de Deus -- convinha que também na terra Ele fosse unigênito.

Se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensaria que esses irmãos também seriam deuses, causando o politeísmo e heresia.

Deus fez um paraíso para Adão apenas. Fez um Paraíso para os homens no céu. E fez um Paraíso só para si, que foi Maria. É o que diz São Luis de Montfort.

Convém absolutamente é necessário que Deus só tenha uma esposa, assim como é necessário que Ele tenha uma só Igreja. Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo. E Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus, e manter-se virgem por toda a vida.

Era muito necessário, para nós, que fosse assim, para compreendermos o alto valor da Virgindade, pois que a Virgem mais fecunda, aquela que gerou em seu seio o próprio Deus encarnado, quis se manter Virgem.

Existe semelhança entre mãe e filho. Também entre Nossa Senhora e Jesus deve haver semelhança maior do que a normal. Maria foi feita por Deus o quanto possível semelhante e proporcionada a seu Filho santíssimo. Como Jesus se manteve virgem sempre, convinha imensamente que Maria, também nisto, fosse proporcionada a Cristo, e permanecesse perpetuamente virgem.

O matrimônio é monogâmico. Ora, se Maria tivesse tido filhos de outrem que não o Espírito Santo, seu Divino esposo, isso seria uma aberração, semelhante ao adultério. Esposa do Divino Espírito Santo uma vez, Maria devia se conservar sua esposa fiel sempre.

Devoção Patrística em relação a virgindade perpetua da Santíssima Mãe.

Santo Epifânio: (†403)

“De onde vem esta perversidade? De onde é que irrompeu tamanha audácia? Porventura o próprio nome não é suficiente atestado? Quem jamais houve, em tempo algum, que ousasse proferir o nome de Maria e espontaneamente não lhe acrescentasse a palavra virgem? O nome de Virgem foi dado a Santa Maria, nem se mudará nunca, ela sempre permaneceu ilibada” (Panarion, Contra os hereges).

Santo Ambrósio: (†397)

"Houve quem negasse que Maria tivesse permanecido virgem. Desde muito temos preferido não falar sobre este tão grande sacrilégio. Maria (...) que é mestra da virgindade, (...) não podia acontecer que aquela que em si tinha trazido Deus, resolvesse andar às voltas com um homem. Nem José, varão justo, cairia nessa loucura de querer misturar-se com a mãe do Senhor, em relação carnal". (De Inst. Virg. I , 3).


Santo Inácio de Antioquia: (†110)

“Filho de Deus pelo desejo e poder de Deus, nasceu verdadeiramente de uma Virgem”(S.Inácio de Antioquia,Carta aos magnésios,110 d.c)

Santo Irineu: (†202)

“A virgem maria,tendo sido obediente á palavra de Deus,recebeu de um anjo a alegre notícia de que iria dar á luz o próprio Deus”(S.Irineu de Lião,Contra as Heresias,189 dc.)
E ainda Santo Agostinho, (354-430) por sua vez exclamou:

"Virgem que concebe, virgem que dá à luz, virgem grávida, virgem que traz o feto, Virgem perpétua" (Santo Agostinho, Sermones, CLXXXVI, 1, 1).

E o Concílio de Éfeso (431); ao condenar o herege Nestório que negava a maternidade divina de Nossa Senhora declarou: Entre outras coisas relacionadas a pessoa de Cristo.

Cânon 1; “Se alguém não confessa que Deus é conforme a verdade o Emanuel, e que por isso a Santa Virgem é a mãe de Deus (pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne)seja anátema.”

(Concílio de Éfeso, Anatematismos e e capitulo de Cirilo contra Nestório, em 431, Denzinger 113).