sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Historia da Igreja católica (I parte)

Igreja antiga.

#Séc. I

01/*Origem, e Surgimento.

01/02 Alicerces pré – fundação


A Igreja não foi fundada em um momento único ou burocrático, em Constancia teológica, ela remonta-se na celebração da Páscoa por Cristo e centra-se no Pentecostes, como acontecimento pontifício a sua formação, mas sua construção e edificação espiritual foi composta por diversos fatores e acontecimentos da atividade de Jesus de Nazaré, que foram o principio de seu surgimento e nascimento.

Profetizada já no antigo testamento; “No tempo desses reis, o Deus dos céus suscitará um reino que jamais será destruído e cuja soberania jamais passará a outro povo: destruirá e aniquilará todos os outros, enquanto que ele subsistirá eternamente.” Dan 2,44;


01/03 Introdução:

A palavra “Igreja” como “ekklesia” em sua origem; é a comunidade daqueles que em profissão de fé “invocam o nome do Senhor Jesus Cristo...” I Cor 1,2. Prefigura o fundamento, veterotestamentario, que entre os Hebreus, designava “ assembléia santa” dos filhos de Israel, instrumento humano de salvação; “kletehagia” cf. Ex 12,16; Lv 23,2; Num 20,4; Deut 23,1; Juí 20,2; I Clôn 29,1:


#Institucionalização:

01/04 Doze apóstolos

Termo grego, “apóstolos” que tem por significados “enviados”, “legados”; designa um grupo de pessoas, termo apropriado principalmente aos discípulos de Jesus Cristo.

Jesus “constituiu” entre os 72 discípulos, Mc 3,14; Lc 6,13. Os doze entre os demais discípulos, para que eles dessem continuidade ao anuncio do Reino de Deus, mais tarde fazendo discípulos em todas as nações através da sucessão apostólica: fossem seus enviados e testemunhas, posteriormente após sua ressurreição e elevação a os céus. “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.” Jo 20,21; Lc 24,48: e de pregarem “Ide, pois e ensinai a todas as nações;” Mt 28,19. cf. Lc 24,47; Mc 16,15. de interpretarem os mistérios de fé, cf. Mt 13,11.no contexto litúrgico de celebrar o Santo Sacrifício cf. Lc 22,19; e batizar cf. Mt 18,20.de perdoar os pecados cf. Jo 20,23. e de Governo: que mais tarde é dado aos bispos “para pastorear a Igreja de Deus, que ele mesmo adquiriu com seu próprio sangue.” At 20,28. e “Guardar o precioso Depósito...”
A tradição apostólica II Tim 1,14.

Alem de Jesus congregar simbolicamente, as dozes tribos de Israel, numa comunidade mais reduzida, a fim de unificá-las para a nova aliança com Deus, tendo eles que representar os doze filhos de Jacó os futuros patriarcas cristãos.


01/05 O agrupamento comunitário dos seguidores de Cristo

Mediante e em conseqüência da pregação do reino de Deus por Jesus, “Desde então, Jesus começou a pregar: “fazei penitência, pois o reino dos céus esta próximo.” Mt 4,17. há o agrupamento comunitário dos discípulos e discípulas, necessária a pregação deste Reino tal grupo composto por ambos os sexos, cf. Lc 8,1-3.

Tal contexto evidenciado nas narrativas durante a Paixão e a páscoa (cf. Mc 15,40-41; Lc 23,49;) e após a elevação aos céus de Jesus Cristo, Cf. At 1,14:nas entre linhas desses textos consta que as mulheres não tinham só serviços de ajuda material também estão ligadas as atividades de pregação especialmente em Lc 8,1-3.


01/06 Pedro e o circulo dos doze.
“Jesus fixando nele o olhar, disse: “tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas; (que quer dizer pedra).” Jo 1,42.
Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra (aramaico: Kephas significa pedra e Pedro, numa única palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra).
Deus fez diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos. Mudou ainda o nome de Jacob em Israel (Gn 32, 28) para significar a "força contra Deus". Assim Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo.
"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18)Nosso Senhor: "Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu com instância para vos joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos" (Luc. 22, 31-32). Ou seja, é S. Pedro que tem a missão, dada pelo próprio messias, de 'confirmar' seus irmãos. Essa missão supõe, evidentemente, o primado de jurisdição.
No catálogo dos apóstolos (Mt 10, 2-4; Mc 3, 16-19; Lc 6, 13-16; At 1, 13), S. Pedro sempre é colocado em primeiro lugar. É citado 78 vezes nos Evangelhos e 60 vezes nos Atos. Em sentido apropriado primaz. Em Mt. 10, 2 lê-se explicitamente que Pedro é o primeiro ("Prótos"). Ora, "prótos" tanto quer dizer o primeiro numericamente como o primeiro em dignidade e honra (v. Mt 20, 27; Mc 12, 28,31; At 13, 50; 28,17). Tal dignidade é vista quando Cristo manda Pedro pagar o didracma ( imposto) por si pelo apostolo;
“Toma e dá-o por mim e por ti” Mt 17,26;
S. Pedro é nomeado pastor das ovelhas de Cristo. Após a Ressurreição, Nosso Senhor confia a Pedro a guarda de seu rebanho, isto é, confia-lhe o cuidado de toda a cristandade, dos cordeiros e das ovelhas: "Apascenta os meus cordeiros", repete-lhe duas vezes; e à terceira: "apascenta as minhas ovelhas" (Jo. 21, 15-17). Ora, conforme o uso corrente das línguas orientais, a palavra apascentar significa "governar".
"Eu te darei as chaves do Reino dos Céus" [a S. Pedro] - (Mt. 16, 17-19) - Primazia de jurisdição sobre todos, pois é a ele que a sentença é dita.

Tal Primazia no circulo dos doze fica, claramente expresso quando ele:
a) preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1,1-25);
b) É o primeiro a anunciar o evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14);
c) Testemunha, diante do Sinédrio, a mensagem de Cristo (At 10, 1);
d) Acolhe na Igreja o primeiro Pagão (At 10,1);
e) Fala primeiro no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da circuncisão:
"Toda a assembléia o ouviu silenciosamente"(At 15, 7-12).

01/07 A Comunidade de seguidores, comprometida com Cristocentrismo.

A Igreja tem sua característica cristocentrica, desde suas origens, tal característica provém após a páscoa onde os discípulos e discípulas, tem a tarefa “de acompanhar ou Seguir, atrás”; “vinde após mim” Mc 1,17; cf. Mt 4,25; este chamado que se identifica-se com todos “Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes; “se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” Mt 8,34. este abandono proporciona a comunhão intima com Jesus de Nazaré também identifica-se com a entrega da própria vida, cf. Lc 14, 25-35.

01/08 Missão pos ressurreição

A Missiológia apostólica pos ressurreição, tem sua forte definição quando Jesus em sua ultima aparição aos seus doze apóstolos, os envia agora como enviados do Pai, ao mundo para levar a “boa nova” a todas as nações, e em primeiro momento pregar a casa de Israel, “Começando por Jerusalém...” Lc 24,47; “Até que sejais revestidos da força do alto” Lc 24,49: esta que se conclui no Pentecostes, cf. At 1,8; At 2,1-13; evento fundamental para as novas comunidades fundadas com a dispersão da comunidade de Jerusalém cf. At 8,1; entre os pontos missionários e dons do sacerdócio do ministério apostólico.

“Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.”Jo 20,21; Lc 24,48:

E de pregarem “Ide, pois e ensinai a todas as nações;”
Mt 28,19. cf. Lc 24,47; Mc 16,15.

De interpretarem os mistérios de fé, cf. Mt 13,11.

No contexto litúrgico de celebrar o Santo Sacrifício cf. Lc 22,19; e batizar cf. Mt 18,20.

De perdoar os pecados cf. Jo 20,23.


#Con-sagração:


01/09 O anuncio do Reino de Deus por Jesus

Teve papel determinante na fundação da igreja de Cristo, posteriormente através do anuncio do Reinado de Deus

“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. Mc 1,14-15;

tal Reino é instaurado na teologia neotestamentaria, mediante a pregação da penitencia e conversão para Deus cf. Mt 3,2; 4,17; Mc 1,4. 15; Lc 3,3: esta que já havia sido trazida por São João Batista “Fazei penitência porque está próximo o Reino de Deus.” Mt 3,2;

“Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” Jo 3,17. Esta mensagem mais tarde uniria a casa de Israel e aqueles que se comprometiam com a base da “boa nova”, em sua fase temporal que em sua base foi mal compreendida na época, (Mc 10,37; At 1,6) a Igreja nunca será idêntica ao Reino anunciado mais ela é dedicada e envolta consagrada a mensagem de Jesus, sendo assim a base sócio-espiritual a mensagem de seu fundador.

01/10 A Ultima Ceia.

A união teocentrica, dos homens e mulheres em volta de Jesus de Nazaré; manifestada nos eventos pré-pascoais, entre eles a ultima ceia onde as dádivas do pão e do vinho são interpretadas como o dom de si mesmo. Em Lc 22,19 e Mc 14,24; nas explicações sobre a ceia; onde é “dado e derramado” alude sua morte “pelos muitos” “por vos” cf. Mc 14,24;

“Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lhe dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.”Lc 22,19;
I Cor 11,24:

Na celebração da ultima ceia o cordeiro pascoal é substituído pelo cordeiro de Deus, e nesta ceia figurasse a vida morte e ressurreição de Cristo, realizada com a celebração do mistério Eucarístico; que o unirá a E´le como corpo e sangue aos seus seguidores, escatólogicamente cumpre-se como cálice do “sangue da aliança” cf. Mc 14,24-25.

Nova aliança. O valor salvífico desta ceia será experimentada mais tarde pelas comunidades cristãs, união esta que Jesus tinha com o pai cf. At 10,38; e que temos com Cristo através da Eucaristia como membros do corpo de Cristo, cf. Ef 5,30;

S. Paulo falará “Cristo, nossa páscoa, foi imolado” I Cor 5,7.

01/11 Paixão, morte, ressurreição e exaltação de Jesus.

Estes foram sem duvida os momentos de Cristalização da Igreja, datando que posteriormente não se trata de uma instituição do homem sim o Próprio Corpo do Senhor ligação esta, de comunhão entre céus e terra.
“E tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18)
Morte, ressurreição e exaltação de Jesus indiscutível é o papel destes acontecimentos para os cristãos, pois a fé cristã se segura nestes marcos e de modo também a Igreja assimila tal idéia em um grau maior no contexto Neotestamentario, como conclusão da convicção do cristianismo nascente;
“Foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos.” Rm 1,4.

Ressurreição escatologicamente profetizada, já no AT, no livro dos Salmos 15,10.

Sua ascensão.
É um mistério pouco conhecido e está pouco aprofundado no pensamento cristão, e na piedade cristã embora suas riquezas sejam imensas.

A humanidade de Cristo é elevada acima de todas as criaturas espirituais. É uma coisa extraordinária.

São Paulo nos ensina que a ascensão é o principio do pentecostes é a partir daí que Cristo no gloria do Pai, torna sua ação viva no interior da igreja por intermédio do Espírito vivificador que é enviado aos apóstolos para que eles se entreguem a trabalhar pelo Reino.

é atestada pelos evangelhos, Mc 16,19; Lc 24,51: cf. Jo 16,7 (no inicio do livro dos Atos; e também na Epístola aos Efésios; além de a Epístola aos Hebreus nos mostrarem a ascensão em uma perspectiva sacerdotal).

“Eis que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, ... mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus. Hb 9,24.


01/12 Envio do Espírito Santo.

O envio do Espírito Santo pelo Pai através do filho, aos discípulos.

“Recebei o Espírito Santo.” Jo 20,22: (Jo 14,16; 16,13;).

Como meio de santificação e permanência que assegurará a constituição “sua assistência” At 9,31; cf. At 13,2; 15,28; 20,28;

E evangelização em Primeiro momento, pregar a casa de Israel, “Começando por Jerusalém...” Lc 24,47;

“Até que sejais revestidos da força do alto” Lc 24,49: esta que se conclui no Pentecostes, cf. At 1,8; At 2,1-13; evento fundamental.

Foi ele que Cristo enviou aos apóstolos. É ele que age na Igreja e anima os apóstolos e seus legítimos sucessores. E foi por intermédio dos apóstolos que em unidade, tem a missão como aspecto e principio no seu ministério contexto que a Igreja hoje herdou em sucessão dos apóstolos; pois por intermédios dos bispos a unidade que é uma obra mistério e principio do Espírito Santo e mantida e a missão é continua no mundo.

Apostolado São Clemente Romano.
(associacao-santuspetrus@hotmail.com