terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O homem e a mulher nos planos de Deus

Por: Eduardo Moreira


Uma das características da modernidade é o igualitarismo entre homem e mulher. Entretanto, cabe pensar em que homens e mulheres são iguais? Em quase nada, essa é a verdade.


Uma mulher, mesmo que se esforce, jamais será como um homem. Sua natureza gritará dizendo o contrário. O oposto também é verdadeiro, sendo que o homem jamais poderá ser igual a uma mulher.

Além das diferenças notórias entre os corpos de homens e mulheres, há diferenças psicológicas e comportamentais que fazem plena distinção entre os sexos. Caberia, talvez, perguntar qual dos dois é superior? A resposta é simples: nenhum! Homem e mulher são iguais em dignidade, sendo, portanto, complementares.

A mulher dá ternura ao lar enquanto o homem é seu defensor. Em casos onde falta um dos dois, apenas um sexo deve fazer os dois papéis e muitas vezes o faz bem. Entretanto, numa família tradicional, homem e mulher têm papéis distintos.

Com a crise do igualitarismo, de cunho marxista, os papéis do homem vêm ficando cada vez mais esquecidos. Um desses papéis é a virilidade, isto é, a capacidade do homem de não se acovardar perante seus medos, de não sucumbir diante das dificuldades. O homem deve ser viril, deve enfrentar a vida de frente e deve defender sua família sempre que for necessário. Um homem sem virilidade é como um automóvel sem combustível: não serve pra quase nada e, aliás, perde, uma de suas principais funções.

O que pensar de um homem que não pode defender seu filho quando um adulto covarde o agride? Ou o que pensar de um homem que não é capaz de se impor, de erguer sua voz contra as pessoas que buscam oprimi-lo? O homem, como guardião da casa, deve ser capaz de proteger a si mesmo e à sua família.

A mulher tem um papel mais nobre e de menos bravura. Não que as mulheres não tenham valor, afinal, é uma tarefa árdua ser mulher em meio a uma sociedade muitas vezes recheada de preconceitos errôneos contra o sexo feminino. À mulher cabe ensinar os filhos a terem ternura. Mesmo aos homens as mulheres devem ensinar a ternura, afinal, se um menino aprende apenas a ser homem, ele será mais um troglodita que não sabe respeitar os direitos dos outros e nem a sua própria família. É por isso que os homens, para serem bons pais de família, devem aprender muito com suas mães antes de prosseguirem seus caminhos.

Alguns homens abusam de sua pretensa autoridade e isso deve acabar. Há quem diga que foi a própria moral cristã quem trouxe isso, o que é falso e injusto. Numa das cartas de São Paulo, por exemplo, o Apóstolo diz: Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5, 24-25).

Se pensamos que esse versículo diz que apenas a mulher deve ser submissa ao marido, devemos pensar também que só os maridos devem amar suas mulheres, o que é falso. É evidente que a submissão deve ser recíproca assim como o amor. Nenhum homem, por melhor que se julgue, pode usar a Bíblia para justificar uma pretensa relação desproporcional com sua esposa, a menos, é claro, que não se importe em não ser amado por ela.

Os planos de Deus para homem e mulher são, então, planos de plena dignidade, de reciprocidade e amor. Deus não criou um para ser superior ao outro, mas para serem complementares e, assim, para constituírem bem suas famílias, a Igreja Doméstica de Cristo. Como diz a Teologia, a mulher foi retirada da costela. Não da cabeça, porque não é superior. Não dos pés, porque não é inferior. A mulher foi retirada da costela porque está no mesmo nível do homem.