quinta-feira, 3 de junho de 2010

Renovação na Igreja Católica


Entendendo a "RCC", os Novos Carismas e os Dons Extraordinários do Espírito Santo.

“Os hereges entendem sempre de forma distorcida tudo o que a Igreja faz com retidão.” (S. Gregório Magno, Moralia in Job, Libro VI, 41).

Serie sobre a RCC dividida em IV Partes, esta é a I Parte.






A Renovação na Igreja.

As bases e pré-requisitos para uma querida “Renovação” pela Igreja, encontra-se nas Constituições do Concilio Ecumênico do Vaticano II, A primeira delas vem do que hoje é chamado de “Novos Carismas”, pareceu bem ao Espírito Santo através do Concilio, suscitar estes Novos Dons, revigorando e vivificando a prática dos Cristãos;

“O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis, como num templo (cfr. 1 Cor. 3,16; 6,19), e dentro deles ora e dá testemunho da adopção de filhos (cfr. Gál. 4,6; Rom. 8, 15-16. 26). A Igreja, que Ele conduz à verdade total (cfr. Jo. 16,13) e unifica na comunhão e no ministério, enriquece-a Ele e guia-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos e adorna-a com os seus frutos (cfr. Ef. 4, 11-12; 1 Cor. 12,4; Gál. 5,22). Pela força do Evangelho rejuvenesce a Igreja e renova-a continuamente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo (3). Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: «Vem» (cfr. Apoc. 22,17)!” (Const. dogmatica Lumen Gentium, Nº 5).

“Além disso, este mesmo Espírito Santo não só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas «distribuindo a cada um os seus dons como lhe apraz» (1 Cor. 12,11), distribui também graças especiais entre os fiéis de todas as classes, as quais os tornam aptos e dispostos a tomar diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla edificação da Igreja, segundo aquelas palavras: ; «a cada qual se concede a manifestação do Espírito em ordem ao bem comum» (1 Cor. 12,7). Estes carismas, quer sejam os mais elevados, quer também os mais simples e comuns, devem ser recebidos com acção de graças e consolação, por serem muito acomodados e úteis às necessidades da Igreja.” (Const. dogmatica Lumen Gentium, nº 12;).

Porem dentre uma querida ‘Renovação’ Proposta pela Igreja no documento “Decreto Perfectae Caritatis”, esta mesma dentro da vida Religiosa Institucional e diária, dos Católicos espalhados pelo Mundo, encontramos no Concílio também as afirmações a respeito do uso dos meios de comunicação social em outro documento “Decreto Inter Mirifica” este que dará embasamento a os novos meios de Evangelização, décadas depois o Predecessor de Bento XVI, o Papa João Paulo II, escreverá em 1999 uma Carta dirigida aos Artistas, onde o Papa Lançará apelo aos artistas, para Trabalharem em uma Aproximação com a Igreja esta mesma carta vem aos anseios daqueles que procuram como a mesma carta diz as “novas epifanias” e os que trabalham no meio o que depois surgiria a Musica Católica, de berço carismático, o que a “Const. Pastoral Gaudium Et Spes” também almejará já no Concilio.

“A Igreja deve também reconhecer as novas formas artísticas, que segundo o génio próprio das várias nações e regiões se adaptam às exigências dos nossos contemporâneos. Sejam admitidas nos templos quando, com linguagem conveniente e conforme às exigências litúrgicas, levantam o espírito a Deus (13).” (Capitulo II, nº 62).

Continuando com o concilio que estenderá uma ativa participação e penetração do trabalho leigo e das novas instituições associativas de apostolado aos católicos pelo “Decreto Apostolicam Actuositatem” além do novo Ônus Missionário e uma repentina consagração de vida a Igreja, estabelecido pelo documento conciliar “Decreto Ad Gentes” e outros.

A Igreja a partir de si mesma, quis atualizar-se principalmente expressando sua doutrina e costumes de formas diferentes, não como muitos outros pesam tendendo ao modernismo condenado por Papas anteriores ao concílio, neste mesmo ambiente a Igreja aspirou a uma Renovação e utilização de novos meios para Evangelização e consagração e transformação moral da vida de muitos Católicos.

No Documento da Igreja de 25 de dezembro de 961 o Papa João XXVIII, através da Constituição Apostólica, convoca no Concílio Vaticano II a um renovar da Igreja pela Ação do Espírito Santo por esta Oração:

“Renova em nossos dias os prodígios com em um novo pentecostes e conceda que nossa Igreja, reunida em unânime e mais entregue a oração em torno de Maria mãe de Jesus e guiada por Pedro, propague o reino do divino Salvador, que é reino de verdade, de justiça de amor e de paz. Assim seja!”.

Sem descartar a utilização dos Dons do Espírito Santo, que segundo disse o Papa João Paulo II;

“Hoje a Igreja se rejubila com a confirmação renovada das palavras do profeta Joel que acabamos de Ouvir ‘Eu derramarei meu Espírito sobre toda a carne” (Atos 2:17). Vocês aqui presentes, são as provas vivas deste derramamento do Espírito. Cada movimento é diferente dos outros, mas eles estão todos unidos na mesma comunhão e pela mesma missão. Alguns carismas dados pelo Espírito explodem como um vento impetuoso, que derruba as pessoas e as conduz a novas formas de compromisso missionário com o serviço social radical do Evangelho, proclamando incessantemente a verdade da fé, aceitando a tradição viva como um Dom e acendendo em cada pessoa o desejo ardente pela santidade. Hoje eu gostaria de gritar a todos vocês reunidos aqui na Praça São Pedro e para todos os cristãos; abram-se docilmente aos dons do Espírito! Aceitem com gratidão e obediência os carismas que o Espírito constantemente derrama sobre nós. Não esqueçam que os dons nos são dados para o bem comum, isto é, para o bem da Igreja.” (Discurso de João Paulo II, de 30 de Maio de 1998, Nº 5.).