quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Santo Atanásio de Alexandria, A Coluna Ortodoxa Contra a Heresia Ariana.

Icone Oriental representado Atanásio

Introdução


Durante o conturbado século IV, tem-se ascensão de uma das figuras mais ilustres e importantes para a Cristandade, na Tradição Alexandrina, a qual Santo Atanásio é Destaque, por seu notável talento intelectual, e o forte penhor Ortodoxo e eloquência doutrinária. Que fez com que o Arianismo Herético, fosse combatido pelos Bispos defensores da Sã Doutrina sendo ele mesmo um intenso percalço a os Arianos, uma fonte de perseguição na época, mais por fim foi legitimado.

Forte e fundamental peça foi no Concílio de Nicéia em (325) ao destacar-se ao lado do seu Bispo Alexandre, no combate do Arianismo e na resolução sobre as questões doutrinarias enfatizadas no concílio e nos conflitos durante sua vida, Grande Amizade manteve com a Sé Romana a qual o apoiou e o restituiu por ultimo a sua Cátedra em Alexandria, Grande Herói, conheceu o grande Padre do Deserto Santo Antão, que tinha muita admiração, introduziu praticas e costumes monásticos no Ocidente, viveu longos anos em Roma a qual também escreveu suas ricas obras, passou para a gloria celeste no dia 18 de janeiro de 373.

Neste mês no dia 2 de Maio, o mesmo é festejado e lembrado por seu exemplo e importância pela Igreja Católica Romana.

Crise Ariana

No Inicio das Primeiras décadas do século IV, após a liberação do culto cristão em 313 depois de uma longa jornada de perseguição com os cristãos a ultima entre os anos de (303-311), e do Inicio da cristianização da sociedade Ocidental, A Igreja vai sofrer um longo golpe malfadado de Heresia, pois que agora as forças diabólicas atacariam a Igreja com o envolvimento de Bispos e sacerdotes em correntes e facções tipicamente heréticas contra toda a reta Ortodoxia cristã e este primeiro impacto acontece com a doutrina pertinente e aparente nesta época chamada de “Arianismo”, o nome já traduz de quem foi seu dito surgimento e seu propagador. O Presbítero Ário (260-336).

Ário foi um influente e destacado pároco de Alexandria, no Egito, deu início a uma heresia tenebrosa que assombro a Igreja mais que por fim foi vencida pelos campeões da Ortodoxia cristã. A mais ambígua doutrina e corrente influenciadora a qual os pensadores heréticos anteriores o tinham dado fundo afirmativo;

Em sua posição ele alimentava a idéia herética que o Filho é criatura do Pai, a primeira e a mais digna de todas, e como as demais tirada de nada. Destinada a ser instrumentos para a criação de outros seres. Em virtude da sua perfeição, como primeira criatura o Filho ou Logos poderia ser chamado “Filho de Deus”, como reza a tradição;

Mas não detinha Divindade e nem tampouco era Deus verdadeiro e Igual ao pai, era criatura divinizada mediante foi criada todas as criatura inclusive o Espírito Santo. Tal doutrina foi devastadora na época, pois o cristianismo se solidificava teologicamente, e os padres da Igreja ainda buscavam solicitude e baseados na Revelação pouco a pouco resolveriam as questões de ordem teológica e doutrinária.

No ano de 318, Ário começava a provocar muitas discussões por causa da sua heresia, que apresentava nos seus sermões aparência de doutrina da Igreja.

Este mesmo que desde o fim do século III após o Cisma entre Melécio, Bispo de Lycopolis e São Pedro de Alexandria, fato este que dividiu o Patriarcado de Alexandria, este Cisma fora de autoria de Melécio por não aceitar a ordem e a indulgência, discordando da mesma que o Bispo de Alexandria tinha proposto para os que agora tinham sido recebidos de volta, á Igreja, os cristãos arrependidos que por medo e franqueza tinham sidos obrigados em vista de morte a oferecer incenso aos ídolos;
Tinha se juntado aos cismáticos quando veio da Líbia e fora eleva ao sacerdócio através da Ordenação presidida pelo sucessor de São Pedro na Sé Alexandrina, em busca de destaque e fama começa a negligenciar ao verdadeira doutrina da Igreja e começa a perdurar por anos a pregação de suas teses heréticas trazendo para sua causa, muitos adeptos isto provocou a atenção de muitos e entre este o primeiro a tomar firme atitude contra esta figura herética foi;
O Bispo Alexandre de Alexandria (312-328); reuniu um Sínodo local, sendo ajudado pelo seu diácono e secretario Santo Atanásio que viria a figurar nestes tempos difíceis, contando cerca de cem Bispos, que o auxiliaram na condenação da doutrina de Ário e dos seus seguidores em 319 e afirmaria o que iria ser doutrina professada pela Igreja no Concílio de Nicéia em 325. Por doutrina inovadora contrária a revelação feita pelos apóstolos e guardada pela Tradição A decisão foi comunicada a outros Bispos, como de costume inclusive ao Papa S. Silvestre.

Ário não tomará a decisão do Sínodo e começará a caluniar as decisões tomadas na reunião e assim sendo começou a expandir sua doutrina herética por outros amigos e colegas também já elevados ao sacerdócio ou ao episcopado, desta forma contrariando as tradições eclesiais, Santo Alexandre excomunga Ário por não aceitar suas decisões e não se subordinar a Ordem da Sé Alexandrina, além de excomungá-lo a outros de seus seguidores também recairia a excomunhão sobre dois bispos, oito sacerdotes e dez diáconos;

Tomada tal posição contra o grave erro herético causado a fé por Ario não foi o fim desta Heresia que ainda daria dor de cabeça aos membros da Igreja, um sistema seria implantado por intermédio de Ário e muitos bispo e seguidores o mesmo traria no Oriente Cristão sua badalação chegou a convencer Imperadores e governadores além de influentes no poder temporal e espiritual, dentre os Bispos que se tornaram seus amigos estavam Eusébio de Nicomédia e Eusébio de Cesaréia, que com outros escreveram e ajudaram a dar com astúcia forma ortodoxa a uma doutrina perversamente errada e herética. Nesta frenética batalha contra a heresia Ariana que causa crise de Ordem Eclesial da Igreja.

Destaque do Concílio

Neste cenário a nova heresia crescia e preocupou a muitos Bispos e o Imperador Constantino, que tinha sido comunicado por Santo Alexandre que escreveu para advertir os bispos da situação real do herege. Os Patriarcas de Antioquia, terceira Sé da Cristandade, e de Jerusalém, além do Papa em Roma apoiavam Alexandre; sendo assim Constantino enviou seu assessor teológico e mais venerado Prelado para diplomacia da época, Ósio Bispo de Córdoba, ao Patriarcado de Alexandria, para reconciliar ambos os lados fazendo cair esta armada que infelizmente separaria a Igreja e daria continuidade ao Arianismo. Lá o bispo Espanhol comprovara a fé e ortodoxia doutrinária de Santo Atanásio; e conhecera o erro herético de Ario. Apoiando o Patriarca Santo Alexandre, Contudo restaria ao mesmo comunicar a Constantino e a os outros Bispos, como o fez e neste momento aconselhou o Imperador sendo observado e auxiliado pelo Bispo de Roma, a convocar um Concílio em Nicéia.

Concílio ecumênico foi convocado para Nicéia na Ásia Menor em 325, ao qual compareceram cerca de 300 Bispos, provenientes de todas as partes do mundo cristão conhecido; o Papa Silvestre, de idade avançada, mandou dois presbíteros como seus legados Papais. As discussões foram longas e agitadas por causa da situação em vista. Por fim, os padres conciliares redigiram o Símbolo de Fé de Nicéia, que afirmava ser o Filho “Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não feito, consubstancial (homoousios) ao Pai; por Ele foram feitas todas as coisas”. A palavra homoousios em latim «consubstantialis»: indica que o Filho, o «Logos», é «da mesma natureza» do Pai, é Deus de Deus, é sua natureza, destroçando a Heresia de Ário, daqui por diante torna se, esta declaração Concíliar a reta doutrina professada a qual ante tinha sido vista no Sínodo Local de Alexandria que condenara Ário em 319. Significava que o Filho é da mesma natureza (= Divindade) que o Pai; não saiu do nada como as criaturas, mas desde toda a eternidade foi gerado sem dividir a natureza divina. Neste mesmo Concílio que abrangeria a catolicidade na época a Heresia de Ário é condenada pelos representantes Papais e por todos os outros Bispos menos dois.

Neste Concílio foi composto o famoso Credo de Nicéia, que alguns heresiarcas assinaram constrangidos, e outros, recusando-se a fazê-lo, e por isso foram exilados ao fim do Concílio por Constantino por não se subordinarem a uma decisão ecumênica e Universal e ficarem ao Lado da Heresia já condenada.

E nos bastidores deste Concílio estava o Jovem secretario Atanásio que tinha sido ordenado por seu Bispo, diácono e ainda secretário episcopal, por volta do ano de 318. e no Concílio atuou auxiliando seu Bispo Alexandre, neste momento ele por vezes desempenhou ativamente seu papel de Teólogo eloqüente e salutar em sabedoria e intelectualidade que abraçava e tinha convicta lealdade a Ortodoxia Católica, nas discussões promovidas pelos Bispos reunidos na Assembleia entre elas estavam principalmente o problema originado alguns anos antes pela pregação do presbítero de Alexandria, Ário a qual ele sobe testemunhar ao lado de seu Bispo, sendo guardião das decisões que no concílio ajudadas por ele foram adotadas. Como a Divindade de Jesus Cristo que seria confirmada pela Igreja, Iluminada pelo Espírito Santo.

Abaixo o Arianismo

Anos após o Concílio seria ele o salvador da fé católica. “A coluna da Igreja” como afirmara S. Gregório Nazianzeno («Discurso» 21, 26), por sua lealdade mesmo na perseguição, que foi movida por sua pessoa, e por causa do ódio de seus adversários Arianos revestidos de ação diabólica, Tendo ele sido apoio e rocha para que se mantivesse em pé a reta doutrina para Igreja.

Com a proclamação do Símbolo de Nicéia, tudo deveria entrar na ordem. Mas o intrigante Bispo Eusébio de Nicomédia, que tinha sido desterrado durante uns tempos por apoiar Ario, e tinha fina amizade com a Irmã do Imperador Constantino, mantendo boa influência sobre Constância, conservou a heresia e começará perturbar todo o mundo cristão, principalmente o Oriente que estava nos primários planos de infiltração do arianismo na Igreja, este mesmo antes por causa de sua ambição e desejo por poder apesar das regras eclesiásticas, tinha-se feito transferir do Bispado de Beirute para o de Nicomédia (Turquia), então capital imperial. Depois, fez-se nomear Patriarca de Constantinopla, destroçando os cânones da Igreja que ele mesmo havia assinado.

Durante meio século no Império Romano, e durante vários séculos traria problemas gravíssimos, pois que a heresia Ariana se pendura e influenciará a povos bárbaros que se converteram por intermédio de Bispos de linha Ariana como Ulfilas (311-383). Trazendo prejuízos a Igreja posteriormente para reabilitar estes cristãos que não conheciam a verdade em totalidade.

Com o apoio de seus amigos, e por convicção ariana, ou por não ter entendido bem a fórmula consubstancial, proclamada pelo Concílio de Nicéia em 325, o astuto Eusébio difundiu o semi-arianismo, cheio de ambigüidades e erros que favoreciam a heresia Ariana. Agiu de tal modo secretamente que Constantino o anistiou Ario em 327.

De Jovem Ortodoxo a Bispo de Alexandria

Atanásio que nasceu provavelmente no ano de 295 em Alexandria. Pela alta formação intelectual que ele possuía, deduzi-se que era provindo de classe mais elevada; contudo chamou a atenção de seu Bispo Alexandre quando ainda era adolescente, por isso ficou sob sua proteção. Quando ainda jovem teve experiências no deserto e conheceu Santo Antão. Recebeu, no seio da Igreja, uma sólida formação em filosofia e teologia. De estatura abaixo da média, magro se destacava Bondade e intelectual. No Concílio de Nicéia ainda não havia consumado sua ordenação o que acontecera meses depois do Concílio.

Em 328, apesar da sua pouca idade, foi eleito após o falecimento de S. Alexandre e consagrado sucessor de Alexandre e novo Arcebispo e Patriarca de Alexandria, que era a segunda Sé da Cristandade. Com apenas 30 anos de Idade, Atanásio tinha já fama de defensor intransigente da fé contra as inovações verbais destinadas a modificar a fé de Nicéia um verdadeiro Herói ortodoxo.

Ele governará durante 46 anos, a Igreja de Alexandria com diversos intervalos, por causa da frenética perseguição contra ele movida.

Exílio e Perseguição

Enquanto Atanásio tratava de pôr tudo em ordem na Igreja do Egito, Ario, anistiado, e agora apoiado também pelos Melecianos que causaram grande confusão em Alexandria, queria regressar ao Egito. O bispo Atanásio recusou-se a entrar em comunhão com ele, como queria Constantino. Os arianos de fora (os dois Eusébios e os egípcios hereges e cismáticos que compunham uma seita perniciosa e herética que tentavam penetrar na Igreja) começaram a difamar o santo e seus companheiros que guardavam a pureza da fé. Entre os anos de 333 e 334, trataram, sem êxito, mediante a sínodos, à condenar Atanásio. Falsamente com acusações fajutas e manipuladas por muitos Bispos Arianos e semi-Arianos, entre estes Concílios Heréticos quem foram por eles manipulados e convocados sem estar em comunhão com a Igreja e dentro dos parâmetros canônicos.

Estavam;

Concílio de Tiro (Líbano), em 335.

Concílio em Antioquia, em 341.

Concílio, em Milão, em 356.

Todo tipo de calunia e acuação foi levantada contra o Santo Bispo, estava também as de caráter político e religioso como;

• Querer esfaimar os da capital, guardando no Egito o trigo destinado a Constantinopla;

• Quebrar o cálice e destruir o altar de Isquiras, um sacerdote cismático; contudo este fato do cálice e do altar, as mesmas autoridades civis e o próprio Isquiras reconheceram Atanásio como inocente.

• Matar o Bispo Arsênio e fazer magia com o seu cadáver. Como prova, os arianos mostravam ao Concílio as mãos cortadas e secas de Arsênio; mas o santo Bispo fez trazer Arsênio dos desertos o que os deixou atordoados. Acontecimento que suspendeu a sessão fajuta

• Acusaram o Santo de ter abusado de uma mulher que foi trazida ao concilio aos gritos. Fato este desmantelado, pois que ela não conhecia a Atanásio fato que foi aproveitado por um de seus Amigos que a perguntou sobre a acusação e a infame e ignorante disse que o conhecia.

Em 335, já queriam sua cabeça a todo custo e, de fato, lograram obter do Imperador o seu desterro (exílio) na Alemanha em Tréveris. O injuriando de crimes políticos. A qual durou cinco anos e meio, terminando em 337. Após a morte de Constantino seu Filho o chamara para ocupar novamente sua sede em Alexandria em 338.

Em 336 Constantino dar is tatus a Ário, de homem com comunhão com a Igreja fato que o mesmo não tinha, estando em Constantinopla morre ao entrar na cidade rumo a Igreja, em um banho de morte. Sentindo-se mal quando era levado em triunfo pelos seus partidários, teve que retirar-se a um lugar escuso, onde morreu com as entranhas nas mãos. Uma morte cruel.

Entre os anos de (337-381)

Todavia, a morte do herege Ário, em 336, não afetou ou eliminou o seu partido, porque o chefe real da seita era o bispo Eusébio de Nicomédia. Já há algum tempo por sua influencia.

Apos a morte de Constantino em 337, os hereges de fato, puderam converter Constâncio, filho de Constantino, à sua seita, e a seus ideais heréticos e de infiltração do Arianismo na Igreja e com o apoio do Imperador, expulsão os bispos católicos, usurpando seu lugar. Isto acontece em uma grande parte dos templos, basílicas, catedrais e conventos.

Por exemplo, Constantinopla estava nas mãos dos arianos desde o ano 351. Também Antioquia e Alexandria em 340 com a Intromissão de um Bispo Ariano nesta Sé.

Muito depois o Papa Libério foi desterrado (exilado) durante dois anos, até que assinasse uma fórmula de fé ambígua e excomungasse Santo Atanásio o que aconteceu, em 357. Mas não por força voluntária própria e Ortodoxa ou canônica, sendo um pronunciamento pessoal em vista de seu Exílio, e não com ensino solene remetente de Infalibilidade só uma mesmo assim uma vez restituído, combate e condena o Arianismo e retira a excomunhão.

A Sé Romana e sua restituição

Os partidários de Eusebio tinham pedido a convocação de um Concílio. Mas, quando o Concílio de Roma, foi convocado em 340, não quiseram participar, porque não o podiam manipular. No Concílio, foram analisados os documentos da dita “bandidagem” de Tiro, e Atanásio apresentou a sua defesa. E sob o Papa Julio I O Concílio anulou as decisões do “Concílio” de Tiro, reabilitaram Atanásio e os demais bispos, vítimas da raiva herética. Contudo, Atanásio não pôde regressar ao Egito senão em 346.

Sustentou e difundiu no Ocidente, primeiro em Tréveris e depois em Roma, onde passou três anos à fé de Nicéia assim como os ideais do monaquismo oriental abraçado no Egito pelo grande eremita, Santo Antonio, com uma opção de vida pela qual Atanásio sempre se sentiu próximo. Também escreveu importantes Obras.

O Concílio em Sárdica (Sofia). Em (342-343). Em 343 morreu Eusébio de Nicomédia, chefe da seita ocupante da Igreja do Oriente. Sob a influência do Papa Júlio I e do Imperador do Ocidente, Constante, Constâncio que aceitou a reunião de um Concílio em Sárdica (Sofia). Quando os bispos arianos e os manipuladores viram Atanásio no Concílio, foi para Filipólis fazer outro concílio, excomungando Atanásio, o Papa Júlio e os demais bispos. Fato que não modificou nada, pois que tal concílio ilegal não tinha autoridade alguma.

O Concílio de Sárdica voltou a promulgar o Símbolo de Nicéia e a reabilitar Santo Atanásio, que pôde regressar ao Egito somente em 346. A sua entrada solene em Alexandria teve todo o aspecto de apoteose estando presente todos os bispos do Egito além da presença de seu amigo Santo Antonio Monge.

Antes de sua volta Em 343 foi exilado para a Gália. E entre a década de 346 a 356 foi o período marcado pela reorganização e zelo pela cristandade no Egito na Sé de Alexandria. Pôde dedicar-se inteiramente ao ministério episcopal, escrevendo muito, o que vez durante a vida inteira e nos deixou grandes Obras. Instruindo o clero e o povo, dedicando-se aos necessitados e favorecendo a vida monástica. Sobretudo desenvolveu papel missionário na Líbia enviando Evangelizadores.

Em um novo concílio, em Milão, em 356, os arianos reunidos obtiveram que Santo Atanásio fosse mais uma vez exilado. Ele retirou-se então para o deserto do alto Egito, ficando longos seis anos seguintes lá, vivendo com os monges e dedicando-se a seus escritos.

Em 357 o Papa Libério forçado, excomunga a Atanásio, pois que tinha sido deposto e exilado pelo Imperador Constâncio em 355 sendo esperto o mesmo escreve uma formula de fé que favorecia aos Arianos, para agrado deles e para que fosse restituído o que acontece 2 anos depois de seu exílio, Voltando a cátedra de Roma, combateu enfurecidamente o Arianismo e apoiou Atanásio a qual tinha o excomungado mais uma vez restituído, voltou suas atenções também a esse corajoso homem, como falamos acima.

Atanásio pôde voltar, em 362, quando Juliano o Apostata subiu ao trono Imperial, mesmo assim Juliano por inveja mandou voltar ao exílio, este mesmo tentou restituir o paganismo em vão, após um ano ele falece O novo imperador, Joviano, anulou o exílio de Atanásio, que voltou mais uma vez a Alexandria.

Não tendo o gostinho de estar restituído e pastorear seu rebanho, Joviano faleceu no ano seguinte fazendo o mesmo voltar ao exílio, a qual será o ultimo, pois o povo de Alexandria recorreu juntamente com outros Bispos a Valente, irmão do Imperador ariano Valentiniano, que o concedeu e S. Atanásio Finalmente encontra paz em sua sé em Alexandria.

O grande protetor da ortodoxia católica, no fim do século IV, foi o Imperador cristão Teodósio (379-395), que, pouco depois de subir ao trono, e após os longos anos de preces dos Católicos para que um Imperador Cristão e ortodoxo subi se ao Trono Imperial. Convidou todos os habitantes do Império a aderir “aquela fé que professam Damaso em Roma e Atanásio em Alexandria”; mandou também entregar as igrejas de Constantinopla aos católicos e outras demais que estavam em pode dos Semi-Arianos. Também teve notável participação no Concílio Ecumênico de Constantinopla I (381) que haveria de consolidar a proclamação da reta fé contra o arianismo. Que já havia sido feita antes Isto, porém, não quer dizer qual tal heresia se tenha sido extinta; várias tribos e povos germânicos, estando dentro das fronteiras do Império, foram infelizmente sendo evangelizados por Semi-Arianos, de modo que abraçaram o Cristianismo ariano sob forma de religião estatal e que possibilitara grande problema a cristandade no futuro.

Morte e importância

Ao Fim lá estava ele Atanásio em pé por Amor a Ortodoxia católica, foi um verdadeiro e insistente cristão, coluna contra a heresia Ariana, que Amor demonstrou ele por seu Senhor e por seu Corpo a Igreja como diria São Paulo, fale dizer o que disse São Gregório Nazianzeno disse dele: “O que foi a cabeleira para Sansão, foi Atanásio para a Igreja.”.

“Há outro traço que não queremos deixar de assinalar, é a sua abnegação total, o enorme autodomínio que exercitou durante toda sua vida e que contribuiu decisivamente para forjar a sua personalidade de santo. Se com alguém foi violento, foi, sobretudo consigo mesmo; os desmedidos ataques que sofreu durante toda a sua vida, tanto da parte dos seus irmãos no episcopado como da autoridade civil, não serviram para o fazer dobrar no seu empenho de servir a Igreja de Cristo: a sua fidelidade valeu-lhe passar quase vinte anos afastado, pela força, do exercício do seu ministério. O amor à verdade pôde mais que toda a violência sofrida diretamente no seu corpo, pelo que passou à História como Pai da Ortodoxia e Coluna da Igreja”, que “extraía a sua força de uma contemplação assídua”, disse São Gregório Nazianzeno grande admirador do Santo.

Morreu em Paz no dia 2 de maio do ano 373, dia no qual celebramos sua memória litúrgica.

Santo Atanásio Ora ao verbo de Deus que sejamos servos, fieis, e ortodoxos persistentes na fé e na Esperança da Salvação!

Amém

Coordenador. John Lennon J. da Silva

“O Filho santíssimo do Pai celeste, sendo a imagem do Pai, veio até nossa região, visando renovar o homem criado segundo seu modelo, visando remir os pecados daquele que estava perdido, a fim de reencontrá-lo; conforme as palavras da Escritura: “eu vim para encontrar e salvar o que estava perdido". Assim, dirá também ele aos judeus: "se alguém não renascer, não poderá ver o reino de Deus", aludindo, não a um renascimento a partir da mulher, como pensaram os judeus, mas ao renascimento que é a recriação da alma segundo a imagem divina.

Um bom mestre se interessa pelos alunos, procura descer, com ensinamentos mais simples, aos que não entendem as lições mais difíceis. Assim também faz o Verbo de Deus, conforme Paulo: "já que o mundo, com sua sabedoria, não chegou a conhecer a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem". Estando os homens desviados da contemplação divina e mergulhados em profundo abismo, com os olhos voltados para baixo, a procurarem Deus na criatura e nas coisas sensíveis, fabricando para si mesmos deuses, de homens mortais e de demônios, eis que o Verbo divino, “filantropo” e salvador, assume um corpo e vem viver como homem entre os homens, atrai a si a percepção dos sentidos - para que pudessem conhecer a verdade e chegar ao Pai os mesmos que situavam a Deus entre os seres corpóreos. Sendo homens e tudo pensando humanamente, eis que eles agora, onde quer que se deixassem levar pela percepção sensorial, encontravam o ensinamento da verdade.” (Santo Atanásio; Tratado Sobre a Encarnação do Verbo).

Fontes;

Santo Atanásio, coluna da Igreja / Plinio Maria Solimeo

As Heresias Trinitárias / D. ESTEVÃO BETTENCOURT, OSB.

Wikipédia, a enciclopédia livre / Santo Atanásio de Alexandria. http://pt.wikipedia.org/wiki/Atan%C3%A1sio_de_Alexandria

SANTO ATANÁSIO E A CRISE DA FÉ NO SÉCULO IV/ http://www.beneditinos.org.br/atualidades/documentos/atanasio.htm